31 julho 2014

Que estás a fazer neste momento, Pipoco?

Se os blogs fossem livros...

...e o "Palmier Encoberto" seria "Há Tesouros por toda a parte", de Bill Watterson
o Tempo Contado, de J. Rentes de Carvalho seria "A Cidade e as Serras" de Eça de Queiroz
o Duas ou Três Coisas, de Seixas da Costa seria "Paris é uma Festa", de Hemingway
Quadripolaridades, da minha querida Polo Norte seria ."Viagens na minha Terra", de Almeida Garrett
o Xilre seria "A Bíblia Sagrada"
o Stars and Mythical Creatures, da Cuca, seria "Alice no País das Maravilhas", de Lewis Carroll
o "A Voz à Solta", da Susana, seria "As Aventuras de Tom Sawyer", de Mark Twain
o "Fogo e o Ruído Surdo", do Ricardo, seria "O Livreiro de Cabul" de Asne Seierstad
o "Vendo-me", do Zé, seria "Dom Quixote", de Cervantes
a Arte da Preguiça, de Izzie seria "Toda a Mafalda" de Quino


(talvez me apeteça responder aos inevitáveis "Então e eu, Pipoco?")

30 julho 2014

Se os blogs fossem jogadores do Sporting

A Filipa seria o Maurício, às vezes parece que sim, que não é mau central e quando estamos quase a acreditar que desta vez é que é, leva um cartão vermelho sem jeito nenhum, uma entrada dura a destempo, uma mão na bola que não lembra a ninguém. E recomeça o processo, qual Sísifo a levar o pedregulho monte acima.

A Izzie seria o Rojo. Durinha, ninguém passa por ali. E quando alguém lhe passa a bola por entre as pernas, irrita-se muito. Apesar de tudo, gostamos dela. Na justa medida, é claro.

A Luna seria o Capel. Faz bem o corredor direito, não desiste de nenhum lance, corre para baixo e para cima, esforça-se e corre para cima e para baixo. E não acontece nada. O adepto ora gosta do estilo esforçado (quando estamos a ganhar), ora desespera com a inconsequência (quando estamos empatados). Mas não dá nenhuma bola por perdida, não sei se já tinha dito.

O Lourenço seria o Montero. Já marcou muitos golos, mas agora não. Estamos sempre à espera que volte aos dias de magia. E continuamos à espera.

A Cocó na Fralda seria o Rui Patrício. Gostamos dela sem sabe bem porquê. Está ali um ror de tempo num registo certinho, só a fazer a bola circular, sem comprometer, quase a adormecer-nos e, nas jogadas mais fáceis, dá frangos que não lembram a ninguém. Se quisesse, faria defesas de encher o olho, mas isto do conforto dos contratos de longo prazo desincentiva o hábito de arriscar.

A Pipoca Mais Doce seria o William Carvalho. Uma máquina bem oleada, um potencial de fazer dinheiro, assim faça as escolhas certas.

O Arrumadinho seria o Marcelo, por mais que trabalhe será sempre "o outro guarda-redes", o eterno número dois.

A Mãe Preocupada seria o Adrien. Nunca falha um passe, dá músculo ao jogo. Elegante, não parecendo.

A Dias de uma Princesa seria o Slimani: valorizou imenso no último ano.

A Pipoca mais Arrumadinha seria o Shikabala. Um nome giro. E é só.

A Sexo e a Idade seria o Carrillo. Sempre de férias.

A Palmier Encoberto seria o Carlos Mané. Boas pernas, mau cabelo.

Teaser

Em tendo tempo, sou bem capaz de aqui prantar um post que é capaz de andar à volta da interessante temática "Se os jogadores do Sporting fossem um blog", uma coisa mesmo em bom, original e bem dispostinho para nos divertirmos todos neste marasmo que é o Verão nisto dos blogs.

Não se aborrecem, não?

(se correr bem ficam já aqui prometidas as variantes "Se o meu blog fosse uma canção do José Cid", "Se o meu Blog fosse um livro de José Luís Peixoto" e o inevitável "Se o meu blog fosse um filme de Tarantino")

29 julho 2014

Pipoco continua a ir à fisioterapia

Ao fim de três semanas de fisioterapia, já todos os companheiros de infortúnio são velhos conhecidos, eles despedem-se de mim com um sentido "as melhoras", eu habituei-me a conter-me quando entro na sala e está diante de mim um quadro com um tipo a fazer gestos largos com os braços, outro a mexer o pescoço em gestos repetitivos em frente a um espelho quadriculado, outro ainda anda levanta os braços e olha para o céu como fazem os jogadores da bola quando marcam um golo. Partilhamos histórias que justificam estarmos ali, um caiu de um cavalo, outro sempre se sentou mal durante toda a vida, o terceiro foi de andar com malas de computador a tiracolo. 

O bom disto é que é uma hora e meia sem telemóvel. O que mais me inquieta é que já vamos na terceira fisioterapeuta e, da mesma maneira que todos os engenheiros têm mentes brilhantes, condição essencial para desempenhar os complexos trabalhos com que ganhamos a vida, começo a acreditar que há um atributo comum a todas as fisioterapeutas...

28 julho 2014

O céu pode esperar

Ainda me falta escalar nos Himalaias e mergulhar no Mar Vermelho, beber Chateau Lafite do meu ano e jantar no Noma, terminar o Ulisses de Joyce e O Pêndulo de Foucault de Eco, ir ao MOMA e ao Metropolitan, correr uma maratona e esquiar num glaciar, conduzir um "Boca de Sapo" e um Rolls Royce, ir a Havana e ao Kruger Park, ...

27 julho 2014

Pensar uma coisa e dizer outra...

...não é ironia. Ironia é outra coisa.

25 julho 2014

Microconto

Era uma vez uma sala fechada com nove homens com gravatas Hermès e botões de punho Dunhill, a média de idades era de setenta anos e era por eu lá estar, se eu não estivesse era de oitenta e dois, e liguei o Bluetooth e, entre os dispositivos detectados como "Burnay da Fonseca", "Athayde de Mendonça" e "Mathias Meyrelles", havia um "Coisa mais Fofinha".

Ruben Patrick revê-se parcialmente naquilo do anúncio do Paulo Futre

Sem a parte de tomar remédios.

20 julho 2014

Tudo está bem quando acaba bem

O Reininho sempre apareceu.

O Sporting vai ganhar ao Benfica.

Podemos acreditar no que vem escrito nos jornais?

Estive ontem em Porto Covo, no  Festival Músicas do Mundo. Li o Diário de Notícias de hoje, que falava do concerto. O jornal, logo no primeiro parágrafo,diz que "...o público do Festival Músicas do Mundo gritou "shalom Palestina". E diz outra vez no terceiro parágrafo que "...quando do seu grito Shalom, o público gritou de volta Shalom Palestina". O título da notícia era "Paz para a Palestina, gritou-se em Porto Covo".

Foi um tipo que gritou "Shalom Palestina". Uma única pessoa.

(a notícia também diz que "os músicos ignoraram esta provocação", mas todos eles assentiram, o tipo com cara de Kurt Cobain levantou o polegar e tudo)

18 julho 2014

Há uma coisa que é preciso que se saiba

A capa do Correio da Manhã de hoje é miserável e indigna.

Dói, não dói?...

Europeu: Portugal goleia Alemanha (13-3)

17 julho 2014

Coisas que eu aprendi sozinho

Que a melhor maneira de curvar no esqui é colocar todo o peso no dedo grande do pé, que as más raparigas não vão para todo o lado coisa nenhuma, que o problema é o terceiro gin, que hay que tener mano izquierda, que nunca se deve ser assertivo quando elas nos perguntam se o vestido lhes assenta bem, que sin prisa pero sin pausa, que os melhores vinhos são sempre os mais caros, que o essencial é exactamente o que é visível para os olhos, que não é necessária toda a pasta dentífrica que os anúncios colocam em cima da escova, que não há segunda oportunidade de causar uma primeira boa impressão.

16 julho 2014

Tiago Machado

Sou do tempo em que Joaquim Agostinho vinha nas primeiras páginas dos jornais da tarde (naquele tempo havia jornais da tarde), e os jornais contavam como Agostinho era duro e não desistia, ficou-me desse tempo o gosto pelo ciclismo. Por isso me bateu forte ver as imagens e escutar a história. Quase me emocionei. Fiquei aqui a pensar que o ciclismo, que tantos tiros nos pés deu nos últimos anos, afinal ainda é capaz de quase me comover e de ser um exemplo de coragem e que, no final de contas, levar o esforço até ao fim ainda compensa, de tal maneira que quem manda naquilo do Tour e tem poderes para abrir excepções nas regras teve discernimento para fazer a coisa certa.

A Loura das Bicicletas conta-vos a história muito melhor do que eu, afinal ela é que sabe o que terá custado aquele esforço.

Pipoco vai à fisioterapia

É um novo mundo isto da fisioterapia. Esperava ter à minha volta pessoas velhinhas, as senhoras velhinhas costumam simpatizar comigo e perguntar-me coisas e eu tenho tendência  para lhes responder e simpatizar também com elas e elas acabam sempre a desejar-me boa sorte e, se calhar, é por isso que as coisas são como são. Mas não, o mais velho aqui sou eu e ainda não passei dos setenta anos, as pessoas que cá estão são de poucas falas e estão sempre a olhar para telemóveis enquanto recebem tratamentos laser ou estão estendidos numa marquesa a receber descargas de não sei quê. Eu também estaria ligado ao telemóvel a responder a comentários no blog, pudesse eu, acontece que sou o único que não tem direito a ter sossego, a minha vida é andar de um lado para o outro em bicos de pés, igualzinho à vida real, já sei, pedalar como se não houvesse amanhã e equilibrar-me em cima de coisas esponjosas só com um pé, imitando uma espécie de flamingo. Ainda assim divirto-me, ainda ontem a fisioterapeuta, acredito que ela própria precise de fisioterapia, mais tarde ou mais cedo, tal é o desequilíbrio para a frente que ela tem, move-se num ângulo de quarenta e cinco graus com o chão, de tal forma o Criador a abençoou com o mais magnífico, grandioso e eloquente par de mamas que já me foi proporcionado observar, mas dizia eu, que ainda ontem a fisioterapeuta perguntava a alguém se o calorzinho já estava frio e eu fiquei a cismar naquela pergunta mais de um ror de tempo, relembrando o que aprendi na termodinâmica. E foi tudo muito bom.

Isto anda tudo ligado

Depois de ver o concerto dos Buena Vista Social Club, apeteceu-me rever Paris, Texas de Wim Wenders e depois de rever Paris, Texas, apeteceu-me ouvir Joshua Tree, dos U2 e depois de ouvir The Joshua Tree acabei a beber uma Guinness. Fresquinha.

15 julho 2014

Um mundo...

...em que Messi é eleito o melhor jogador do Mundial, em que aquilo do Reininho afinal era só cansaço, em que o BPI me manda para debaixo de uma árvore quando o tempo está de trovoada, em que as pessoas daquilo do Facebook se indignam com o Spielberg porque o malandro anda por aí a abater dinossauros como se não houvesse amanhã, em que o BES afinal parece que não sei quê e as coisas não são bem assim, é um mundo estranho.

Até ontem...

...eu acreditava que ter que fazer fisioterapia, jogar golfe e comprar um Porsche era coisa para maiores de sessenta anos.

Até ontem.

13 julho 2014

Raramente me acontece

Não ficar contente quando ganha o melhor.

Acabaram de me corrigir

O Patchouly, mítica música do Grupo de Baile, começa com os dizeres "Ah que bem cheiras, que bem cheiras dos sovacos".

(vinte anos a trautear "ah que peixeiras, que peixeiras dos sovacos" e a pensar que não fazia sentido nenhum...)

12 julho 2014

Isto anda tudo ligado

Não havia dinheiro na máquina multibanco do BES.

11 julho 2014

Em verdade te digo, Ruben Patrick

Faz mais pela libido de qualquer homem um bom sotaque do Porto do que um decote até à cintura.

Não sei como decidirá Deus no domingo

Aliás, nunca sei por que critérios decide Deus, a verdade é que quase nunca O percebo, mas, tendo Ele poderes e sabedoria, colocar argentinos e alemães a jogar a final do Mundial é uma irónica forma de testar as boas relações entre Bento XVI e Francisco, imagino-os tensos, por um lado tendo que aparentar bondade e compaixão entre si, por outro lado desejando que Deus decida pelas cores certas,  ambos implorando ao Divino superior protecção se a coisa for a penalties e Ele, lá em cima, cofiando a sua longa barba branca, decidindo enfim, decidindo que Pedro Proença não marcará faltas à entrada da área, daquelas que Messi não costuma falhar, divertindo-se a desviar miraculosamente bolas prestes a entrar em balizas desertas, testando os nervos dos Seus representantes na terra, certificando-se de que nenhum deles blasfemará (e, blasfemando, castigá-lo com um golo marcado em fora-de-jogo pela outra parte).

Deus podia ter escolhido uma final Suiça-Costa Rica ou Nigéria-Estados Unidos. Mas não, tal como nós, comuns mortais, optou por embrulhar coisas fáceis, tropeçar nos próprios pés e aposto que, por esta hora, Ele estará já arrependido por ter decidido esta final, uma daquelas coisas, tal como acontece nos blogues, que Lhe terá parecido uma boa ideia antes de publicar mas que depois, bem vistas as coisas, não fazem sentido nenhum e são um embaraço.

10 julho 2014

Os problemas das mulheres

Não dominar na plenitude o "timing" correcto para disparar o fatídico "Quero casar contigo".

Pipoco pergunta

Será mais respeitoso, para com quem se dá à maçada de comentar, não responder de todo ao gentil comentário ou responder com "dois pontos, fechar parêntesis", "Lol" ou mesmo "ahahahahahahah"?

09 julho 2014

Hoje comprei "A Bola" só por causa do título da capa

Mas nem era isso que eu queria vir aqui dizer. Eu gosto genuinamente de futebol. Do jogo, do ambiente, de ser por um dos lados, da cerveja no fim, aconteça o que acontecer. Nem sempre o futebol me mostra o seu lado luminoso. Sou do Sporting. Mas ontem sim. O respeito dos jogadores alemães, cumprimentando o treinador adversário, levantando o adversário do chão, talvez tentando dizer-lhes que foi só um jogo (não foi só um jogo, uns e outros sabiam-no, os brasileiros sabiam-no como ninguém. Nunca é só um jogo). O comedimento na celebração. Respeitoso, os que estavam ali de joelhos, mãos erguidas aos céus, não mereciam exuberância. O cumprimento de vencedores e vencidos, cada um ciente do que ia na alma do outro.

Ontem, aqueles minutos depois de terminado o jogo foram bons para o futebol.

Aqui, Professor Pipoco, estou aqui. Aqui...

Ela faz os impossíveis para que eu a note. Mal pressente que eu estou pelas redondezas, agita-se, hiperventila, faz de conta que estava só de passagem, que passava ali por puro acaso. Eu ali a assinar documentos daqueles que precisam mesmo da minha atenção indisputada, e ela a convocar as amiguinhas, crente que, fazendo todas uma grande algazarra, eu levantarei os olhos dos papéis, ajeitarei os óculos de ver ao perto, me servirei do meu whiskey e, finalmente, lhe notarei a presença. Quando lhe dou um pouco de atenção, apenas a suficiente para acalmar aquele estado permanente de taquicardia, logo ela começa com as suas tropelias, atabalhoa-se, convoca de novo as amiguinhas, todas muito segredinhos, tudo um embaraçoso teste à minha capacidade de querer ser prestável e, ao mesmo tempo, ter coisas cá da minha vida para tratar.

Em verdade vos digo, é uma peralta esta estagiária da secção de fotocópias.

08 julho 2014

Impressionante, mas...

... nunca ganharam uma guerra mundial...

Aos brasileiros que estão no estádio

Percebo perfeitamente...

Sempre o Diabo

Andava aqui atormentado por não conseguir arranjar um livro em condições, qualquer coisa que me levasse a esse tempo antigo em que lia um livro até ao fim e fazia horas extra para o ler depressa, um autor que me fizesse lembrar que há vida para além dos do costume e que os americanos continuam a escrever em condições depois de Roth.

Já está. Donald Ray Pollock.

(uma espécie de Magnólia, misturada com Assassinos Natos, mas com a história contada com a métrica de Dan Brown)

(eu disse "a métrica")

(depois passem por aqui a agradecer-me)

07 julho 2014

Sei precisar exactamente o momento em que me tornei um rural

Havia toupeiras no meu jardim e eu só queria que elas saíssem dali, mas sem as magoar, e fui pedir conselho à Cooperativa Agrícola e disse que queria resolver o problema e uns tipos de patilhas e mãos muito grandes disseram-me que havia um veneno e elas comiam aquilo faleciam e eu disse que não queria que elas falecessem, elas já ali moravam antes de mim, e os tipos de patilhas olharam uns para os outros e cofiaram os bigodes e um dos tipos de patilhas disse que nesse caso o melhor era eu colocar uns cartazes a pedir para as toupeiras se irem embora e os tipos das patilhas e das mãos grandes riram todos e eu ri também, só por simpatia, mas sei que foi nessa altura que passou a apetecer-me gostar das coisas da terra e dos saberes de alturas para escarificar a relva e de como se podam as árvores de fruto e nunca mais voltei à Cooperativa Agrícola e gostava de lá voltar só para lhes dizer que afinal há uma forma de acabar com as toupeiras, basta ter um cão.

06 julho 2014

Microconto

Era uma vez eu que estava a subir nas escadas rolantes e vinha um tipo a descer com uma mulher muito bonita e muito grávida atrás e o tipo virou-se para trás e beijou a barriga da mulher grávida e ela sorriu e fez-lhe uma festa na cabeça.

(E isto aconteceu mesmo tal como eu estou aqui a contar)

Talvez tenha chegado demasiado cedo

04 julho 2014

Naquilo do não sei quê Cool Jazz , o que me impressionou...

...não foi Ana Moura a murmurar Besame Mucho em dueto com a velha senhora dos Buena Vista Social Club, não foi saber que estava a assistir ao último concerto de uma banda lendária.

Foi o casal que, na plateia, indiferente a quem lhes pedia para sentar, indiferente aos olhares, teimou em dançar o tempo todo, com paixão, como se aqueles milhares de pessoas não estivessem ali, como se nada mais contasse senão eles.

(Não lhes pedi que saíssem da frente . E dancei também.)

02 julho 2014

Desconecto

Quando verbalizam no meu raio de acção frases que incluam as expressões "mudança de paradigma", "zona de conforto", "gap de competitividade".

Gostar de Sophia

Gosto de Sophia, não tanto como gosto de Eça ou Saramago, bem entendido, mas, ainda assim, gosto mais de Sophia do que de Florbela Espanca ou Cardoso Pires. Há alturas em que os meus gostos se alteram, pequenos nadas que me fazem afinal gostar mais de Sophia do que de Eça ou Saramago, mas são paixões passageiras, voltando a normalidade cada um regressa ao lugar a que pertence, Peixoto pelo meio da tabela, Gonçalo M Tavares aguentando-se para não descer, Rentes de Carvalho subindo e chegando-se aos cimeiros. Ainda assim é bom gostar de Sophia mais do que de todos os outros, nas alturas em que não há ninguém melhor que Sophia estou quase sempre à sombra do sobreiro grande.