31 agosto 2015
Logo no primeiro almoço do ano novo, senhores...
Mantive a compostura e disse-lhe que sim, que as minhas também tinham sido boas.
30 agosto 2015
Decisões de ano novo
29 agosto 2015
Fim do ano
Pode entrar o ano novo.
25 agosto 2015
23 agosto 2015
Quer-me parecer...
que os meus amigos benfiquistas vão custar-me um dinheirão em mensagens de consolo este ano.
Voltei a ler blogs
21 agosto 2015
Uma coisa nova por dia
Às sete da manhã ter as ruas de Santiago por minha conta para correr, fazer alongamentos no Obradoiro enquanto chegam os primeiros peregrinos, entrar na Catedral e ter verdadeiramente tempo de reflexão porque só lá estou eu.
20 agosto 2015
Santiago de Compostela
Santiago de Compostela foi a primeira cidade fora do meu país que visitei por minha conta. Cantámos Zeca nas escadas da catedral, já era madrugada, foi em Santiago que aprendi que Espanha não era una e indivisível, foi em Santiago que começou esta paixão pelas viagens com tempo, tempo para conhecer as manhas da cidade, para entender a história, para fazer parte da cidade, para conhecer os recantos que realmente importam.
Voltei uma meia dúzia de vezes, fosse para visitar amigos, pela Universidade ou só porque sim.
Desta vez Santiago deixou-me um amargo de boca, uma coisa chamada Cidade da Cultura, onde fui ver uma exposição alusiva às origens do Caminho. É um hino à megalomania, ao desperdício, a pedir meças aos estádios do Algarve e de Aveiro, mas em pior e em mais obsceno.
(É bem bonito, o edifício.)
19 agosto 2015
Coisas do Caminho
Se eu pudesse resumir a minha experiência do Caminho numa ideia, diria que o que mais me impressionou foi a energia, como que se a boa experiência dos muitos que fizeram o Caminho antes de mim pairasse no ar e me convidasse a confiar, a crer que no fim tudo estaria bem, nada de "coisa transcendental", apenas aquilo que os mais novos chamariam "boa onda". Tive uma sensação completamente oposta quando estive em Dachau, um sítio onde senti o mal e onde estive sempre em alerta e em silêncio.
Não regresso melhor pessoa nem tive uma experiência mítica, nem sequer tomei decisões para a vida. Mas aprendi que ainda sou capaz, que no Caminho nunca estamos sozinhos (olá Kurt, espero que a televisão da Noruega passe o teu documentário sobre o Camiño, olá Zé, no seu sétimo Caminho, sempre diferente, e que aprendeu da pior forma que as botas Timberland são tão impermeáveis que não deixam respirar os pés, olá Dirceu, brasileiro de Florianópolis, instrutor de surf no Brasil e estudante de cozinha em Santiago que me ensinou como se fazem seiscentos quilómetros de Caminho com setenta euros, olá casal de reformados da Bahia que me fizeram pensar "é isto que quero para a minha reforma", olá miúda italiana que foi a última a sair do albergue de Portomarin e que nunca saberá que apostei que nunca completaria o primeiro quilómetro, tão feridos ela tinha os pés, e que me cumprimentou com um sorriso largo enquanto eu bebia uma cerveja e só lhe voltei a desejar Buen Camino quase no fim da jornada) e que sou bem capaz de vir a fazer isto de novo.
18 agosto 2015
17 agosto 2015
Coisas do Caminho
Impermeável, tampões para os ouvidos, telemóvel, mochila com mais de vinte anos, casaco quente, calças de montanha, óculos para ler, escova e pasta de dentes, calções, duas t-shirt, um bloco Moleskine pequeno, caneta Montblanc, cantil, chapéu, livro, botas, chinelos, dois pares de meias, cartão de crédito, documentos, estojo de primeiros socorros, duas mudas de roupa interior, saco-cama, toalha, canivete suíço, barras de cereais, molas de roupa, creme para os pés.
É tudo o precisamos para nove dias.
Coisas do Caminho
Era uma passagem estreita, rodeada por carvalhos, algures pelo quilómetro trinta. Chovia, daquela chuva miudinha. Comecei por ouvir um som de saxofone, primeiro muito ao longe, depois cada vez mais nítido. Era um peregrino que tocava, atrás dos carvalhos, invisível, para que nos chegasse apenas a sua música. Às vezes não é preciso muito para nos desmoronarmos.
Não chorava há mais de doze anos.
Coisas do Camiño
Não quis saber muito sobre o Camiño mas os que por aqui passaram antes de mim deixaram spoilers suficientes. Que o Camiño me faria diferente. Que o importante era a caminhada e não a chegada. Que O Senhor me ajudaria se eu desfalecesse. Que o esforço é sempre recompensado. Que a dureza do Camiño seria atenuada pela bondade do meu coração.
Felizmente, Sam, the red, deixou uma mensagem escrita na parede do bar onde tomei a primeira refeição: "prefiro andar todo nu, besuntado de mel no meio de uma família de ursos, do que fazer o Camiño outra vez".
Não há nada como ter alguém a dizer as coisas tal e qual elas são.
16 agosto 2015
Coisas do Camiño
A rapariga italiana levantou-se da mesa e entrou no táxi que acabava de chegar. Vinte pares de olhos fixados na rapariga, ninguém chama um táxi para fazer os últimos três quilómetros de uma tirada de quase trinta. Silêncio total no bar, a rapariga italiana com os olhos no chão, derrotada. Olhei-lhe para os pés descalços, num relance. Eu também teria chamado um táxi. Dez quilómetros atrás.
14 agosto 2015
07 agosto 2015
A caminho de El Camiño
Talvez vá à procura de tempo para pensar. O meu ano novo começa sempre em Setembro.
06 agosto 2015
Dois posts ao mesmo tempo. Dois bons posts, admito.
Saberes empíricos
Ora Ruben Patrick, é uma velha técnica que a vida me ensinou, em se tratando de mulheres, seja qual for a idade delas, quanto mais fizermos de conta que não as notamos, que não pretendemos os seus favores, que não desejamos a sua atenção, mais elas se inquietam, se aproximam, imploram um segundo que seja do nosso tempo.
04 agosto 2015
Ajude o pobre Pipoco a tomar uma decisão
Francamente, não previ que quem lê sentisse tanto a mudança e manifestasse o seu desagrado nos comentários e, principalmente, fazendo-me saber por mail a má pessoa que sou por lhes ter destruído os comentários que tão carinhosamente teceram num determinado post. Há uma parte deste blog, a maior parte, que é minha mas há uma parte do blog que é de todos, dos que comentam, dos que me habituaram à sua presença, dos que me convidam a ver as coisas de outra forma. Quisesse eu que este blog fosse só meu (e não quero) e tornava-o privado. Não é o caso, gosto muito mais de ter a companhia de todos, até os anónimos mauzões têm um cantinho no meu pequeno coração.
Dito isto, qual será a fórmula ideal? Recuperar os posts mais do meu agrado e republicá-los? Deixar publicado o que escrevo a partir de agora? Republicar tudo? Republicar o que me pediram (é incrível a quantidade de posts de que as pessoas se lembram e me pediram para enviar, é quase enternecedor).
Ah, a doce incerteza do caminho a seguir...
Em verdade te digo, Ruben Patrick
É uma arte difícil. Mas elas valorizam tanto...
03 agosto 2015
Silly season
Imagino que o marido da blogger (elas gostam de se lhes referir como "maridão" ou Mister qualquer coisa, mas são coisas só lá da imaginação delas, de facto trata-se apenas do marido) terá feito uma travagem brusca, provavelmente com a blogger a dormitar, acontece muito isso das travagens bruscas quando elas dormitam. E isto, provavelmente resultado de uma mulher a conduzir um Fiat 500 que se lhe atravessou à frente, obrigando-o a ele, com os seus reflexos potentes e nervos de aço, a convocar todas as suas reservas de adrenalina para que a vida da blogger fosse salva, talvez mesmo a das quinze criancinhas que, cantando o "Indo eu a caminho de Viseu" atravessavam numa passadeira nesse preciso momento, após toda esta demonstração de sangue-frio e altruísmo, tem como paga ser rotulado de imaturo, carregando sobre as suas costas ter contribuído para que todo o género masculino passasse à mesma condição de imaturidade.
E é ela, a blogger que tira retratos a si própria dentro de um armário e que escolhe maus óculos como se não houvesse amanhã, que nos diz que somos todos uns imaturos. E isto, parecendo que não, diz muito sobre a situação.
(activação de marca é isto que eu vos estou a fazer, meus caros...)
Agora a sério, isto do empreendedorismo está a chegar aos limites da insanidade, não está?
02 agosto 2015
Quando Pipoco propõe um vídeo é porque é mesmo um bom vídeo
01 agosto 2015
As coisas são como são
Podíamos ter tido tudo isto. E tivemos.