... saber que a música do anúncio da Intimissimi é da banda sonora do "Nine".
28 fevereiro 2011
Dos pipoquianos saberes
Da coisas úteis que aprendi na vida, uma das que mais aplico foi ter aprendido, algures no mar entre o Mindelo e a Ilha de Santo Antão, foi que a melhor forma de não enjoar é fixar-me no objectivo final, na linha do horizonte.
Há dias em que escrever neste blog é assim, fixar-me no final para não enjoar.
Há dias em que escrever neste blog é assim, fixar-me no final para não enjoar.
27 fevereiro 2011
Espírito de Natal (Capítulo da Menina Limão)
Na categoria "blogs bonitos com ideias lá dentro", escolho a Menina Limão, dos poucos blogs que eu comentava no tempo em que se podia comentar a Menina Limão e em que, concomitantemente, eu comentava blogs, está lá tudo no sítio certo, caramba, se eu vos disser que até carrego no play dos youtubes de música que lá aparecem, ninguém acredita, eu sei, mas a verdade é que carrego em alguns e até disso eu gosto.
Menina Limão, escolhi para si João de Melo, "Gente feliz com lágrimas".
Menina Limão, escolhi para si João de Melo, "Gente feliz com lágrimas".
O Discurso do Rei
O que há para dizer sobre o filme é está tudo dito no título, o "Malucas no Reformatório" também era assim, era um filme sobre umas malucas que viviam num reformatório, what you see is what you get, aqui há um rei que quer fazer um discurso e há um tipo que o ajuda a preparar o tal discurso, e é isto.
(no entanto não poderei dizer que desci mais um nível no meu concuso interno de pior filme que vi na vida, digamos que subi dois degraus, o que, parecendo que não, é obra)
(adoro escrever estas coisas em letra pequena)
(dá um tom intimista ao blog, não dá?)
(tipo, assim, um segredo)
(um desabafo, vá)
(no entanto não poderei dizer que desci mais um nível no meu concuso interno de pior filme que vi na vida, digamos que subi dois degraus, o que, parecendo que não, é obra)
(adoro escrever estas coisas em letra pequena)
(dá um tom intimista ao blog, não dá?)
(tipo, assim, um segredo)
(um desabafo, vá)
26 fevereiro 2011
Vou explicar-te bem explicadinho...
... para que percebas bem e à primeira, gostava que soubesses que isso de as peles se tocarem não será por acaso, nada acontece por acaso nem eu quero que penses que alguma coisa acontece por acaso, mereces saber que acontece porque eu quero que aconteça, primeiro percorro-te, só o indicador e o polegar, eu a olhar-te nos olhos, tu a aguentares o olhar, primeiro, e a fechar os olhos, depois, focada no percurso dos meus dedos, a tua respiração pausada, os teus lábios a secar, as mãos que continuam a percorrer-te, espera, ainda não, contorno-te, temos tempo, temos sempre tempo, as tuas pernas que se afastam, encaixo-me, os meus dedos estão estão agora nos teus ombros, sinto-te o cheiro, passas a língua pelos lábios, declino o convite, levanto-te, ...
(continua, aborrecem-me os posts muito longos)
(continua, aborrecem-me os posts muito longos)
Espírito de Natal (Capítulo da Ana)
Do que eu gosto mesmo na Ana, na Anita, vá, é aquela capacidadede não se dispersar muito, one shot, posts curtos com tudo lá dentro, o leitor, se lhe apetecer que descodifique e transforme o concentrado em mais letras e ideias, ali no Caroço de Tangerina não há disso de nos ajudar a desembrulhar as ideias, por mim nem é preciso, as coisas estão bem assim.
Ana, reservei-lhe um livro grande, Garcia Marquez, "Vivir para contarla".
Ana, reservei-lhe um livro grande, Garcia Marquez, "Vivir para contarla".
25 fevereiro 2011
Pólo, há formas mais fáceis de me convidar para almoçar...
Lá naquilo do concurso da Pólo, a maioria das que me elege como Bilfável são anónimas.
Nos blogs, como na vida.
Nos blogs, como na vida.
Pipoco adopta pela primeira vez o tratamento por tu, mas é o Tolan, praticamente um amigo
Foda-se, Tolan, as coisas não são exactamente assim, repara, é bem verdade que o Sporting é a única equipa que não consegue ganhar em Alvalade, que é sim senhores, que dói ver o Grimi a encostar-se atrás das moitas e a ter ataques de pavor de cada vez que há um ressalto de bola e ele tem que lhe tocar, nota, Tolan, que não falo de passe de colegas de equipa, os colegas passam-lhe tanto a bola como eu passava ao Pancrácio, o badocha do décimo segundo éfe do D. Pedro Quinto nos idos de, deixa cá ver, finais dos anos oitenta, também é verdade que entras em Alvalade e aquilo, só por si, já é um mau karma danado, lembra-me uma secretária que tive, bastava eu entrar e dar os bons dias que ela entrava logo numa taquicardia que derruba o café, enganava-se nos telefonemas e até me tratava por doutor, vê lá tu o desplante, isto para além de ser a única equipa que conheço que desiste à primeira facilidade, é marcar um golinho e ficamos ali a saborear o momento, sem cuidar que a coisa ainda não acabou, isto para além daquilo do treinador, caramba, para termos um tipo que masca pastilha, já agora que saiba motivar a rapaziada e que, não sabendo o que dizer, esteja calado, e agora lembrei-me de outra secretária que tive, adiante, essa falava muito mas compensava e sempre tinha sobrancelhas.
Agora o que não é verdade, Tolan, é isso de na reuniões de conselho de administração nos darem palmadinhas nas costas, e tal, vê-se à légua que a tua experiência nisso de conselhos de administração é escassa e um gajo com o teu potencial, caramba, até se me dá os nervos, mas eu, não me perguntes como sei isto, em verdade te digo que a coisa não se dá assim, chegamos, a secretária segreda-nos o que está nos papéis, dizemos que todos se podem sentar e, na cabeceira da mesa de madeiras caras, exibimos os botões de punho com o nosso monograma e ninguém se atreve a indagar o nosso semblante taciturno e grave, aliás, até nos dá aquele je ne sais quoi que contribui para a lenda da nossa eficácia.
E aquilo das esposas perguntarem não sei quê e nós, e tal, a chorar resignados, também não se dá exactamente assim, para início de conversa nós não temos esposas, temos as nossas mulheres, que sabem exactamente o que se passa e não precisam de perguntar, é por isso que são nossas mulheres, passaram por um aturado crivo de selecção, afinado ao longo de gerações, não precisam de perguntar as coisas, intuem, e nós, Tolan, homens que somos, habituados à dureza da vida, isto de ser sportinguista é assim mesmo, que o digam os meus filhos, nós, dizia eu, não choramos, isso de chorar por causa da bola é um conceito com um tal coeficiente de abichanamento que nem disso temos nos nossos clubes-satélite.
Agora o que não é verdade, Tolan, é isso de na reuniões de conselho de administração nos darem palmadinhas nas costas, e tal, vê-se à légua que a tua experiência nisso de conselhos de administração é escassa e um gajo com o teu potencial, caramba, até se me dá os nervos, mas eu, não me perguntes como sei isto, em verdade te digo que a coisa não se dá assim, chegamos, a secretária segreda-nos o que está nos papéis, dizemos que todos se podem sentar e, na cabeceira da mesa de madeiras caras, exibimos os botões de punho com o nosso monograma e ninguém se atreve a indagar o nosso semblante taciturno e grave, aliás, até nos dá aquele je ne sais quoi que contribui para a lenda da nossa eficácia.
E aquilo das esposas perguntarem não sei quê e nós, e tal, a chorar resignados, também não se dá exactamente assim, para início de conversa nós não temos esposas, temos as nossas mulheres, que sabem exactamente o que se passa e não precisam de perguntar, é por isso que são nossas mulheres, passaram por um aturado crivo de selecção, afinado ao longo de gerações, não precisam de perguntar as coisas, intuem, e nós, Tolan, homens que somos, habituados à dureza da vida, isto de ser sportinguista é assim mesmo, que o digam os meus filhos, nós, dizia eu, não choramos, isso de chorar por causa da bola é um conceito com um tal coeficiente de abichanamento que nem disso temos nos nossos clubes-satélite.
24 fevereiro 2011
Teaser
Do manifesto da Sumol, aquilo de quando o dia chegasse não lhe falar, todos falaram, do manifesto dos Deolinda, aquilo da parvoíce, todos falaram, do manifesto da Triumph, aquilo de trocar os soutiens com elásticos estragados, serei que ser eu o primeiro a falar, isto se o Sporting ganhar logo ao Rangers.
23 fevereiro 2011
Tão pouco tempo para publicar os rascunhos (II)
Vou ensinar-te aquilo que devias saber, imagina um gráfico com duas rectas, a do tempo que eu tenho e a do interesse que me despertas, imagina a recta do tempo com a ordenada na origem alta, a recta com inclinação negativa, o tempo a esgotar-se, imagina o interesse que me despertas a iniciar-se com ordenada na origem menor que zero, interesse menos que nulo, a pressão de o meu tempo disponível para me tocares a esgotar-se, a tua recta, a do interesse que me despertas, com inclinação vertiginosa, ainda assim sem a certeza de interceptar a recta do meu tempo, a pressão de o tempo de atenção se esgotar, o alfa da tua recta a ser incrementado e, as coisas são como são, o tempo esgotado, a tocar o zero das abcissas e o interesse a continuar com ordenada na origem menor que zero.
Achei que devias saber isto, a matemática explica tanta coisa...
Achei que devias saber isto, a matemática explica tanta coisa...
Espírito de Natal (capítulo do Pedro)
Chega-se ao Pedro porque ele tem o segundo melhor título de blog da blogosfera, depois continua-se a ler o Pedro porque o Pedro escreve assim a meio caminho entre o introspectivo e o grande maluco, o que é meio caminho andado para alvoroçar os corações em geral e para me arrancar um sorriso de apreço pelo que o Pedro escreve, em particular, às vezes com algum desgosto por não ter sido eu a lembrar-me da temática primeiro.
Pedro, como não podia deixar de ser, reservo-lhe Francisco José Viegas. "O mar em Casablanca".
Pedro, como não podia deixar de ser, reservo-lhe Francisco José Viegas. "O mar em Casablanca".
22 fevereiro 2011
Coisas que sempre me apeteceu perguntar e que nunca tive oportunidade ou então não fazia sentido, mas agora pergunto mesmo
Alguém me sabe explicar o conceito "borboletas no estômago"?
Tão pouco tempo para publicar os rascunhos (I)
Que se guardem as garrafas de vinho francês bebidas em restaurantes que servem pratos com pouca comida, que se eliminem as rosas vermelhas oferecidas por um desconhecido e entregues por um rapaz das encomendas urgentes, que desapareçam os presentes caros comprados com cartões dourados, que se esqueçam as escapadelas românticas à cidade-luz, que se arrumem os carros vermelhos com um cavalo em cima do motor, que se desliguem os gira-discos que debitam o "Only You" em trinta e três rotações, dançado a dois, que se apaguem as lareiras que servem de fundo a champagne Dom Perignon bebido com braços entrelaçados, que não se voltem a acender velas perfumadas a bordejar banheiras com água borbulhante.
Porque não é nada disto que fascina uma mulher.
Porque não é nada disto que fascina uma mulher.
Espírito de Natal (capítulo da Provocação)
Iniciei-me nas leituras da Provocação nos tempos em que se acedia directamente ao blog sem passar pelo paternal aviso que nos informa que estamos a caminho da perdição se dissermos que compreendemos e pretendemos continuar, sempre me apeteceu ter uma antecâmara assim, as pessoas entravam no Pipoco, mas eram barradas, alto lá, para se entrar aqui tem que se compreender, mas, dizia eu, desde esses tempos que eu leio a Provocação, ela contava que fazia e acontecia e eu ficava ali a ler as entrelinhas e a pensar que aquilo estava muito bem escrito, que a Provocação tanto podia escrever sobre como tinha estraçalhado o coração do tipo das fotocópias que só tinha passado por ali para dizer que já estava tudo a funcionar, como podia escrever relação da queda da produção de batata no Turquemenistão e a sua relação com o degelo do Sahara, a coisa saía-lhe bem escrita e com a sintaxe muito bem arrumadinha.
Provocação, ofereço-lhe Sepúlveda. "Nome de Toureiro".
21 fevereiro 2011
Crónica de uma noite anunciada
Acabadinho de chegar a casa, depois de ter ido ver aquilo do jogo da bola, sento-me a ouvir Bach, o Requiem, claro, ligo a televisão num canal qualquer e está a dar um programa não sei quê Biggest Loser.
(Podia ser um documentário sobre o Paulo Sérgio, mas afinal não)
(Podia ser um documentário sobre o Paulo Sérgio, mas afinal não)
Espírito de Natal (Capítulo da Rachel)
Sempre que vou a tribunal, e agora tomei-lhe o gosto, viciei-me naquilo de entrar na sala de audiência e estar ali à conversa com os Senhores Doutores que daí a pouco me vão fazer perguntas completamente inesperadas, eles vestidos com umas coisas pretas, depois a Doutora Juíza entra e eu levanto-me, para ela me voltar a dizer para eu me sentar outra vez, penso sempre no que aconteceria se eu não me levantasse, não arrisco porque nunca se sabe, era coisa para parar o processo por uma temporada, mas sempre que vou a tribunal penso sempre que seria divertido se a Senhora Doutora que me faz perguntas fosse a Doutora Rachel, não é, sei que não é porque as Senhoras Doutoras que me fazem perguntas são sempre umas mal-arranjadas, se fosse a Rachel era outra coisa, começava a fazer-me perguntas e eu ali, fascinado, a balbuciar respostas, a hesitar, a prolongar a audiência só para a Doutora Rachel me perguntar mais coisas, "Engenheiro Pipoco, podemos então deduzir que coisa e tal, e assim e assado", eu pedia para consultar o processo só para me aproximar da Doutora Rachel, depois contradizia-me só para que a Doutora Juíza concluir que era capaz de ser preciso uma nova audiência.
Rachel, a si que me acompanha as escritas há tanto ano, sempre paciente, não podia oferecer-lhe senão o óbvio e previsível Kafka. "O processo".
Rachel, a si que me acompanha as escritas há tanto ano, sempre paciente, não podia oferecer-lhe senão o óbvio e previsível Kafka. "O processo".
Generation gap
Ela diz-me que se nota que eu sou de outra geração porque ainda uso relógio, gosto de relógios, ela diz que o relógio é um objecto inútil, monofuncional, ninguém precisa de um objecto que só dá as horas.
Ainda tentei dizer-lhe que o meu relógio também me informa da data, mas acho que ela já não me ouviu.
Ainda tentei dizer-lhe que o meu relógio também me informa da data, mas acho que ela já não me ouviu.
20 fevereiro 2011
Espírito do Natal (Capítulo do Pedro Mexia)
O Pedro Mexia é o Pedro Mexia, não precisa de grandes encómios, escreve aquilo que escreve e sabe aquilo que sabe e esta mescla de saberes tem um efeito agregador que resulta como resulta, principalmente no género feminino, gama média-alta.
Eu, que sou eu, gosto de ler o Pedro Mexia-versão-blog, apesar das musiquinhas, que eu perdoo as musiquinhas no Pedro Mexia porque neste caso em particular me soa sempre a coisas subliminares, que só amores antigos podem descodificar.
Pedro Mexia, Calvin & Hobbes, "É um mundo mágico".
Eu, que sou eu, gosto de ler o Pedro Mexia-versão-blog, apesar das musiquinhas, que eu perdoo as musiquinhas no Pedro Mexia porque neste caso em particular me soa sempre a coisas subliminares, que só amores antigos podem descodificar.
Pedro Mexia, Calvin & Hobbes, "É um mundo mágico".
19 fevereiro 2011
Das manhãs
Estas manhãs de chuva, a lareira a queimar o sobreiro que morreu no ano passado, a ar lá fora a cheirar a lenha queimada e a terra molhada, são a oportunidade perfeita para decidir se Julio Sosa sempre é melhor que Carlos Gardel.
(e para organizar os papéis para o IRS, naturalmente...)
(e para organizar os papéis para o IRS, naturalmente...)
18 fevereiro 2011
Pipoqueano legado para um processo evolutivo na blogosfera (Tomo 3)
Das coisas que eu aprendi nisto dos blogs, a mais paradoxal foi aceitar que ser copiado favorece a inovação, cada vez que vejo uma ideia ou expressão minha replicada, caricaturada ou pura e simplesmente copiada, eu, para além do natural orgulho em perceber que há quem siga a minha obra atentamente, vejo-me obrigado a procurar vias alternativas, forço-me a ser mais original, mais criativo.
(é ver o que acontece à rapaziada da alta costura, sempre a inventar novos cortes, tecidos mais sofisticados. Evolução, criatividade e maiores margens de lucro)
(é ver o que acontece à rapaziada da alta costura, sempre a inventar novos cortes, tecidos mais sofisticados. Evolução, criatividade e maiores margens de lucro)
Espírito do Natal (Capítulo da Rita Maria)
A Rita Maria, apesar de se encontrar no nicho de mercado designado "Blogs que não linkam o Pipoco", escreve coisas que, sob determinada perspectiva, aprecio, a começar pelos posts compridos, que a Rita Maria gosta de explicar as coisas bem explicadinhas e quase sempre consegue explicar bem, mas precisa de muitas letras, notem que eu não digo que sejam letras a mais, são as suficientes, isto para além de ilustrar com bonecada adequada, o que me apraz, não sendo determinante para a minha preferência, o que me dá mesmo gosto é saber que a Rita Maria explica bem explicadinho e, isso sim, agrada-me, não há assim tantas bloggers que saibam pegar no tema e escalpelizar a coisa como deve ser, isto para além de ser assertiva no que responde aos comentadores, em estes querendo aprofundar as temáticas e, finalmente, gosto que a Rita Maria nos vá dando umas pinceladas de Berlim, que, paraecendo que não, é a minha décima sétima cidade preferida.
Rita Maria, gosto muito de a ler. Ofereço-lhe Orhan Pamuk. "A Cidade Branca"
Rita Maria, gosto muito de a ler. Ofereço-lhe Orhan Pamuk. "A Cidade Branca"
17 fevereiro 2011
Don Draper,...
... calculo que acendendo um cigarro, lança-me o extraordinário desafio de analisar a problemática da leitora do Financial Times que, dizendo-se, cito, "maravilhosamente linda, bem articulada e tendo classe", fim de citação, pretendia orientação estratégica para casar com um homem que ganhasse pelo menos quinhentos mil dólares por ano.
A resposta do editor do jornal é um estudo de caso, considerando a troca da beleza física por dinheiro como um péssimo negócio, alegando que, numa análise de médio prazo, a beleza tenderá a diminuir e o dinheiro a aumentar, ou seja, o activo "beleza" sofrerá um depreciação, ainda para mais uma depreciação progressiva. Neste contexto, a mulher, no apogeu da sua beleza física, seria um activo "para vender" e jamais um "buy and hold", que era o que ela propunha com o casamento. O editor termina com uma proposta de namoro, sendo que teria que averiguar antes se ela encaixaria no seu conceito de "maravilhosamente linda, bem articulada e tendo classe", propondo um encontro.
Feita a longa contextualização, a minha perspectiva é que a mulher avaliou a sua cotação por um prisma errado. Os homens que ganham meio milhão de dólares por ano, não me perguntem como sei eu isto, tendem a valorizar outros activos que não a beleza, toda a gente sabe que a beleza feminina é o pão com manteiga de um homem deste campeonato.
Os meus saberes dizem-me que os homens que ganham meio milhão de dólares por ano tendem a fascinar-se com mulheres que ganham um milhão de dólares por ano. Do ponto de vista financeiro, trata-se de potenciar capital, de um ponto de vista social significa que, estatisticamente, estamos perante uma mulher segura, capaz de estabelecer uma parceria e que, numa análise SWOT, preencheria várias linhas no capítulo da Oportunidades e deixaria em branco o capítulo das Ameaças. Sendo este ensinamento o principal, outras mensagens deveriam ter sido consideradas, nomeadamente uma linha que sustentasse uma sólida confiança nas suas capacidades (o mercado destes homens valoriza a maturidade e o know-how), para além de uma nota final que informasse ser ela exímia jogadora de xadrez.
A resposta do editor do jornal é um estudo de caso, considerando a troca da beleza física por dinheiro como um péssimo negócio, alegando que, numa análise de médio prazo, a beleza tenderá a diminuir e o dinheiro a aumentar, ou seja, o activo "beleza" sofrerá um depreciação, ainda para mais uma depreciação progressiva. Neste contexto, a mulher, no apogeu da sua beleza física, seria um activo "para vender" e jamais um "buy and hold", que era o que ela propunha com o casamento. O editor termina com uma proposta de namoro, sendo que teria que averiguar antes se ela encaixaria no seu conceito de "maravilhosamente linda, bem articulada e tendo classe", propondo um encontro.
Feita a longa contextualização, a minha perspectiva é que a mulher avaliou a sua cotação por um prisma errado. Os homens que ganham meio milhão de dólares por ano, não me perguntem como sei eu isto, tendem a valorizar outros activos que não a beleza, toda a gente sabe que a beleza feminina é o pão com manteiga de um homem deste campeonato.
Os meus saberes dizem-me que os homens que ganham meio milhão de dólares por ano tendem a fascinar-se com mulheres que ganham um milhão de dólares por ano. Do ponto de vista financeiro, trata-se de potenciar capital, de um ponto de vista social significa que, estatisticamente, estamos perante uma mulher segura, capaz de estabelecer uma parceria e que, numa análise SWOT, preencheria várias linhas no capítulo da Oportunidades e deixaria em branco o capítulo das Ameaças. Sendo este ensinamento o principal, outras mensagens deveriam ter sido consideradas, nomeadamente uma linha que sustentasse uma sólida confiança nas suas capacidades (o mercado destes homens valoriza a maturidade e o know-how), para além de uma nota final que informasse ser ela exímia jogadora de xadrez.
Pipoqueano legado para um processo evolutivo na blogosfera (Tomo 2)
Se imaginarmos o tempo de vida de um blog como uma curva de Gauss, distribuição normal, isso, aquele gráfico que parece um sininho, a tendência será comentarmos os blogs mais visitados, aqueles que estão no topo da curva. Ora esta estratégia é completamente errada, o que devemos fazer é apontar para os blogs de início de curva, os newcomers, os que têm ideias realmente diferentes, os que, mais tarde ou mais cedo estarão no cimo da curva e, nessa altura, lembrar-se-ão dos que os liam quando mais ninguém os lia, criando-se assim um verdadeiro win-win.
Comentar os blogs que estão neste momento no topo da curva pode ser interessante se tivermos um blog de curta duração, como este, sempre com a certeza de que, estando no cimo da curva, o que vai acontecer a seguir é o ocaso.
Comentar os blogs que estão neste momento no topo da curva pode ser interessante se tivermos um blog de curta duração, como este, sempre com a certeza de que, estando no cimo da curva, o que vai acontecer a seguir é o ocaso.
(uma possibilidade alternativa é comentar os blogs que realmente gostamos)
16 fevereiro 2011
As coisas são como são
A Bíblia do futebol, estudou, e estudou e fez as contas aos melhores clubes da Europa na primeira década deste século.
O Barcelona aparece em primeiro, o JK Nömme Kalju aparece em último. Pelo meio dos números, há um clube do norte que aparece em décimo quarto, o Sporting Clube de Portugal aparece em vigésimo sexto e, entrincheirado entre o CSKA de Moscovo e o Auxerroise, em quadragésimo quarto, lá aparece o clube da segunda circular.
O Barcelona aparece em primeiro, o JK Nömme Kalju aparece em último. Pelo meio dos números, há um clube do norte que aparece em décimo quarto, o Sporting Clube de Portugal aparece em vigésimo sexto e, entrincheirado entre o CSKA de Moscovo e o Auxerroise, em quadragésimo quarto, lá aparece o clube da segunda circular.
Basicamente, é isto
Quando estiveres na presença de uma mulher, quer seja a tua mãe ou o grande amor da tua vida ou alguém que estás a entrevistar para um emprego, certifica-te que ela se está a sentir o centro do teu mundo.
14 fevereiro 2011
13 fevereiro 2011
Pipoqueano legado para um processo evolutivo na blogosfera (Tomo 1)
A um mês de terminar este blog, cumprindo-se assim as Escrituras, sinto a necessidade de transfomar em verbo o meu legado destes meses em que levei a Palavra até vós, sinto que devo deixar testemunho para os bloggers que estão para vir.
O primeiro ensinamento que vos quero legar é que tendes que ser parcimoniosos na palavra, não podereis partir do sacro princípio que, pelo facto de a irmandade blogger vos bafejar com palavras sarcásticas, vos será permitido retribuir de igual modo, ficai sabendo que aqueles que tendem a ter um notável sentido de humor na hora de comentar as vossas sagradas palavras, tendem de igual modo a abespinhar-se se vós, do alto da vossa perspectiva igualitária e democrática do uso da ironia, os brindares com a generosidade da vossa atenção.
Assim sendo, sede tolerantes com essas boas almas, aguentai-os saltitantes nas vossas caixas de coemntários e lá naquilo dos obsuros blogs onde eles escrevem e não partais do princípio que a generosa ironia com que vos brindam seja suficientemente consistente para suportar o efeito da vossa palavra sábia nas suas personalidades menos estruturadas.
O primeiro ensinamento que vos quero legar é que tendes que ser parcimoniosos na palavra, não podereis partir do sacro princípio que, pelo facto de a irmandade blogger vos bafejar com palavras sarcásticas, vos será permitido retribuir de igual modo, ficai sabendo que aqueles que tendem a ter um notável sentido de humor na hora de comentar as vossas sagradas palavras, tendem de igual modo a abespinhar-se se vós, do alto da vossa perspectiva igualitária e democrática do uso da ironia, os brindares com a generosidade da vossa atenção.
Assim sendo, sede tolerantes com essas boas almas, aguentai-os saltitantes nas vossas caixas de coemntários e lá naquilo dos obsuros blogs onde eles escrevem e não partais do princípio que a generosa ironia com que vos brindam seja suficientemente consistente para suportar o efeito da vossa palavra sábia nas suas personalidades menos estruturadas.
Um dia da caça, outro do caçador
Ainda ontem estava a tomar chá de menta, sentado à chinês e a tomar conhecimento das técnicas de execução da dança do ventre e hoje estou para aqui derreado com uma constipação e a doer-me os músculos todos.
12 fevereiro 2011
Momento baby-blog
E um homem vai de viagem e coloca Cohen, Hallelujah, e as crianças no banco de trás sabem a letra e cantam, um homem fica deliciado, imagina-as em casa, enquanto um homem anda na labuta diária, as crianças a escutar Cohen, se calhar, Aznavour e Brel, um homem manifesta o seu agrado por as crianças saberem Cohen de cor e, epílogo, as crianças respondem "Cohen? Isto é a música do Shrek, quando chega a Bué, Bué Longe"...
11 fevereiro 2011
Ruben Patrick, se não fosse eu...
Ruben Patrick, elas não te querem a fazer o papel do amiguinho, o que lhes diz "sei bem como te sentes", o que supira complacente quando elas estão à beira de um ataque de nervos, elas não te querem compreensivo com o antigo homem da vida delas, não querem que lhes compreendas o sofrimento nem que lhes ofereças o teu ombro por tudo e por nada, deixa-te disso Ruben Patrick, podes servir-lhes o vinho e segurar-lhes o casaco, podes ser delicado no trato, podes ficar à espera que ela entre na porta de casa e te acene do outro lado do vidro, mas, Ruben Patrick, segura-a com firmeza, olha-a nos olhos, protege-a, condu-la na dança, sê sereno e, sobretudo foca-te nos pormenores, Ruben Patrick, foca-te nos pormenores.
Teaser
Draper, Don Draper, esse contribuinte líquido para a recuperação do deficit, por via do imposto sobre tabaco, e só por isso é digno dos nossos encómios e respeitos, coloca-me um desafio e meio na caixa de correio electrónico, sendo que o mais aliciante é o meu comentário sobre a problemática daquela situação da jovem que colocava a pertinente questão no Financial Times sobre as melhores práticas para obter, e passo a citar, um marido rico, fim de citação, e o meio desafio, isto sou eu a forçar, versa também uma das várias áreas de conhecimento que domino, exactamente o grau de satisfação sexual experimentado pelo género feminino.
E eu, parvo que sou, com todo este manancial de discussão, estou prestes a editar uma coisa com o Ruben Patrick, uma temática absolutamente estafada...
E eu, parvo que sou, com todo este manancial de discussão, estou prestes a editar uma coisa com o Ruben Patrick, uma temática absolutamente estafada...
"But you don't really care for music, do you?"
Não. Foi por isso que foste à tua vida.
(ah, e também não gostavas de jogar xadrez...)
(ah, e também não gostavas de jogar xadrez...)
10 fevereiro 2011
Oitenta e oito por cento das Portuguesas estão satisfeitas com a sua vida sexual
Não sei o que dizer disto, a sério que não...
09 fevereiro 2011
Segundo post abichanado do dia, significa que, estatisticamente, a seguir vem uma coisa do Tabasco
Quando me apetece ser desagradável para alguém, imagino que aquelas poderão ser as minhas últimas palavras para aquela pessoa, imagino a pessoa a sair do meu campo de visão e um piano a cair-lhe em cima da cabeça, coisa fatal, quase nunca me apetece não ter retorno, a ideia de não poder mudar aquelas últimas palavras, não poder dizer à pessoa que afinal não era bem assim, não me é agradável
É por isso que sou sempre tão polido.
É por isso que sou sempre tão polido.
Se isto fosse um blog abichanado, colocava aqui este post
Há uma coisa de Yeats de que gosto muito e que, em tradução livre, é mais ou menos assim:
"Tivesse eu os tecidos bordados dos céus
Ornamentados com luz dourada e prateada
Os azuis e negros e pálidos tecidos
Da noite, da luz e da meia-luz
Eu os estenderia debaixo dos teus pés.
Mas eu, sendo pobre, tenho apenas os meus sonhos.
E estendi os meus sonhos debaixo dos teus pés
Caminha suavemente, pois caminhas sobre meus sonhos"
Era só isto, caminha suavemente, pois caminhas sobre os meus sonhos.
"Tivesse eu os tecidos bordados dos céus
Ornamentados com luz dourada e prateada
Os azuis e negros e pálidos tecidos
Da noite, da luz e da meia-luz
Eu os estenderia debaixo dos teus pés.
Mas eu, sendo pobre, tenho apenas os meus sonhos.
E estendi os meus sonhos debaixo dos teus pés
Caminha suavemente, pois caminhas sobre meus sonhos"
Era só isto, caminha suavemente, pois caminhas sobre os meus sonhos.
08 fevereiro 2011
(À atenção da Pólo)
O mundo divide-se entre as pessoas que dividem o mundo em dois tipos de pessoas e as que não.
Eu sei quem ganhava...
...aquilo do Biggest Loser se, em vez de perder peso, aquilo fosse um concurso de perder pessoas.
07 fevereiro 2011
Espírito do Natal (Capítulo da Wiwia)
Da Wiwia, do Quinto Esquerdo Trás, fico sempre intrigado com a especificidade do "Trás", a parte do Quinto Esquerdo eu percebo razoavelmente, só queria dizer que é quem está a escrever melhor no meu campeonato "Blogs de que eu seria seguidor se eu seguisse algum blog" deste ano .
Wiwia, ofereço-lhe Agustina. "A Sibila", claro.
Wiwia, ofereço-lhe Agustina. "A Sibila", claro.
De como Pipoco também fala sobre o anúncio, mas com uma piscadela de olho a Saramago, que não tem nada a ver com o assunto
Pior emprego que ser o cornaca que se encarregou da Viagem do Elefante Salomão a Valladolid, que ser o tipo da repartição do registo civil de Todos os Nomes, que ser o segurança do Centro de A Caverna, que ser agente funerário no tempo das Intermitências da Morte, é trabalhar no Pingo Doce e ter que levar com aquilo do anúncio a cada dois minutos.
Pipoco também sabe escrever hinos gloriosos
Se és da geração sem remuneração
E se não te incomoda essa condição
Que parvo que és!
Se achas que isto está mal
E assim vai continuar
Larga o facebook e tudo vai mudar
Que parvo que és!
E se ficas a pensar
Que o mundo é que é parvo
Que parvo que és!
És da geração "casinha dos pais"
Que pagam os shots e os copos a mais
Que parvo que és
Filhos, maridos, estás sempre a adiar
Porque nunca te apetece arriscar
E se ainda te falta o carro pagar
Tens a Carris para te transportar
E se ficas a pensar
Que o mundo é que é parvo
Não estudes tanto
E vai trabalhar
És da geração ‘vou queixar-me pra quê?’
Não vais votar, ficas alapado à têvê
Que parvo que és!
Se és da geração que já não pode mais
Ainda agora começou
Vais ter que te habituar a saber onde vais
E se a tua vidinha te soa a oco
Faz qualquer coisa de jeito
Em vez de ler o Pipoco
Não sejas parvo!
E se não te incomoda essa condição
Que parvo que és!
Se achas que isto está mal
E assim vai continuar
Larga o facebook e tudo vai mudar
Que parvo que és!
E se ficas a pensar
Que o mundo é que é parvo
Que parvo que és!
És da geração "casinha dos pais"
Que pagam os shots e os copos a mais
Que parvo que és
Filhos, maridos, estás sempre a adiar
Porque nunca te apetece arriscar
E se ainda te falta o carro pagar
Tens a Carris para te transportar
E se ficas a pensar
Que o mundo é que é parvo
Não estudes tanto
E vai trabalhar
És da geração ‘vou queixar-me pra quê?’
Não vais votar, ficas alapado à têvê
Que parvo que és!
Se és da geração que já não pode mais
Ainda agora começou
Vais ter que te habituar a saber onde vais
E se a tua vidinha te soa a oco
Faz qualquer coisa de jeito
Em vez de ler o Pipoco
Não sejas parvo!
06 fevereiro 2011
05 fevereiro 2011
Do filme
Vai ser engraçado ver as dos baby-blogs a anular a inscrição das princesas nas aulas de ballet...
04 fevereiro 2011
Daqui onde me encontro...
... a olhar para o horizonte com o meu olhar a meio caminho entre o taciturno e o impenetrável, penso, e isto não tem nada a ver com quem almocei, às vezes eu pranto aqui pensamentos (todos eles com a densidade que me é reconhecida) já fora de prazo e há sempre quem pense que aquilo é porque não gostei da companhia, e tal, mas, dizia eu, estou sempre a perder-me, dizia eu que as pessoas em geral e as mulheres em particular não sabem lidar com o elogio, é elogiá-las e ficar ali a observar o que fazem, se se desequilibram com a surpresa, se ficam a ruminar a possibilidade de existir uma quarta iteração no elogio ou se o recusam, não se achando merecedoras.
As pessoas são pouco elogiadas, é o que é. As mulheres, em particular.
As pessoas são pouco elogiadas, é o que é. As mulheres, em particular.
Da juventude
Desde aquela publicidade da Sumol, aquela de não falar aos momentos em que se está quase a dar o salto para deixar de ser jovem, que a juventude não tinha uma luz para a guiar, vai daí apareceu a música nova dos Deolinda.
03 fevereiro 2011
(a treinar para o blog de meados de Março)
Olhamos para um lado da revolução que não é jasmim, mas que é como se fosse e vemos homens montados em camelos e em cavalos mal alimentados, armados com paus, olhamos para o outro lado e vemos Muhammad al-Baradai com os seus óculos de aros redondos, mesmo a pedir que os transformem em objecto icónico, porte garboso e fatos de bom corte.
Sem sabermos nada daquela guerra, estávamos aqui distraídos, porque será que não temos dúvidas sobre qual dos lados vai sair vencedor?
Sem sabermos nada daquela guerra, estávamos aqui distraídos, porque será que não temos dúvidas sobre qual dos lados vai sair vencedor?
Tudo o que você quer saber sobre homens e nunca teve coragem de perguntar
Derivado da minha condição de pessoa de estudos e de gosto extremoso no que concerne a várias situações, ele há alturas em que as mulheres com mundo auscultam a minha opinião sobre o melhor modo de abordar com sucesso o género masculino, derivado em geral de não terem presença de espírito para os auscultarem directamente e derivado em particular de, em lhes perguntando, retirarem todo o valor acrescentado que uma abordagem sem perguntar sobre a melhor forma de abordar implicaria.
Maneiras que, derivado dessa situação, informo que a coisa mais importante que há a saber sobre os homens é que o que parece, é, se vos parecer que ele está ali com os amigalhaços de infância a beber uma Guinness, no beer comes near, e a falar sobre a problemática de jogar com o Saleiro ao centro e o Postiga e o Vuk como alas, não cuideis que eles estejam a utilizar uma linguagem codificada que, em se descodificando, significaria que eles estariam a planear uma saída nocturna com a vossa melhor amiga e, como se fosse pouco, ainda estão a trocar informações confidenciais sobre o verdadeiro tamanho da vossa copa, por isso é que estão a rir e a olhar para vós, em verdade vos digo que muito provavelmente estarã mesmo a falar sobre a problemática de jogar com o Saleiro ao centro e o Postiga e o Vuk como alas.
A segunda coisa que é importante que se saiba é que os homens não estão sempre a pensar naquilo cujo nome nós sabemos, aqui fica um apontamento sobre a transversalidade da minha cultura livresca, talvez assim tenha acontecido no tempo dos Fenícios, ou mesmo dos próprios Sarracenos, mas o homem de hoje pensa a várias dimensões, ocupa o cérebro com questões realmente essenciais a uma filosofia de vida equilibrada e sã, tudo com o nobre objectivo da obtenção de um equilíbrio dos seus múltiplos papéis, o de amante extremoso, o de potenciador da vossa líbido, o de sábio conhecedor de vos transformar em manteiga um determinado número de terminações nervosas, isto não olvidando a procura incessante do processo de vos convencer das vantagens competitivas ao nível de evolução da espécie que há em trazerdes, o que eu gosto de escrever trazerdes, em trazerdes, dizia eu, aquelas vossas primas escandinavas.
A terceira coisa que é importante ser do vosso conhecimento fica para depois, que isto ensinaram-me que posts muito compridos ninguém lê.
Adenda: Vinte e sete comentários "não publique isto, é auscultado e não ascultado", mais quinze mails a avisar-me do mesmo erro levam-me a pensar que, se calhar, é melhor alterar a palavra...
Maneiras que, derivado dessa situação, informo que a coisa mais importante que há a saber sobre os homens é que o que parece, é, se vos parecer que ele está ali com os amigalhaços de infância a beber uma Guinness, no beer comes near, e a falar sobre a problemática de jogar com o Saleiro ao centro e o Postiga e o Vuk como alas, não cuideis que eles estejam a utilizar uma linguagem codificada que, em se descodificando, significaria que eles estariam a planear uma saída nocturna com a vossa melhor amiga e, como se fosse pouco, ainda estão a trocar informações confidenciais sobre o verdadeiro tamanho da vossa copa, por isso é que estão a rir e a olhar para vós, em verdade vos digo que muito provavelmente estarã mesmo a falar sobre a problemática de jogar com o Saleiro ao centro e o Postiga e o Vuk como alas.
A segunda coisa que é importante que se saiba é que os homens não estão sempre a pensar naquilo cujo nome nós sabemos, aqui fica um apontamento sobre a transversalidade da minha cultura livresca, talvez assim tenha acontecido no tempo dos Fenícios, ou mesmo dos próprios Sarracenos, mas o homem de hoje pensa a várias dimensões, ocupa o cérebro com questões realmente essenciais a uma filosofia de vida equilibrada e sã, tudo com o nobre objectivo da obtenção de um equilíbrio dos seus múltiplos papéis, o de amante extremoso, o de potenciador da vossa líbido, o de sábio conhecedor de vos transformar em manteiga um determinado número de terminações nervosas, isto não olvidando a procura incessante do processo de vos convencer das vantagens competitivas ao nível de evolução da espécie que há em trazerdes, o que eu gosto de escrever trazerdes, em trazerdes, dizia eu, aquelas vossas primas escandinavas.
A terceira coisa que é importante ser do vosso conhecimento fica para depois, que isto ensinaram-me que posts muito compridos ninguém lê.
Adenda: Vinte e sete comentários "não publique isto, é auscultado e não ascultado", mais quinze mails a avisar-me do mesmo erro levam-me a pensar que, se calhar, é melhor alterar a palavra...
Das notícias que acompanharam o meu café
Temos então que a nossa Nigella, embora com desenvolvimento torácico inferior, a Mafalda Pinto Leite, foi dispensada de escrever as suas receitas na Visão, diz que aquilo era plágio, ora isto significa que há um lugar de "chef que escreve receitas" em aberto e eu queria aproveitar para lembrar essa boa gente do grupo Impresa que eu tenho uma receita de revueltos de farinheira de porco preto que é um mimo e também sei usar a flor de sal para apurar os cogumelos com camembert, que é coisa fina.
(Ah, e também diz que acabaram os The White Stripes, é uma maçada eu só saber das coisas quando elas acabam)
(Ah, e também diz que acabaram os The White Stripes, é uma maçada eu só saber das coisas quando elas acabam)
02 fevereiro 2011
Ele há coisas...
Eu, que ainda sei resolver integrais, que sei a parte teórica do proporcionamento de orgasmos múltiplos, que sei quando um vinho sabe a rolha ainda antes de o provar, que sei para que serve um Pitot, que sei que temperatura fazia hoje na Castellana na zona dos Nuevos Ministerios, que sei como se deve atacar a negra Áliga, que sei que os brancos da Casa da Ínsua vão dar que falar este Verão, pois foi preciso eu chegar a esta idade em que a aragem da manhã já me prejuduica ao nível das articulações para saber de viva voz de um homem que sabe das coisas que os mealheiros têm a forma de um porco porque os porcos antigamente eram alimentados com os restos que sobravam e, no fim do ano, ia-se a ver e estava ali um belo animal, carne da boa.
Que maçada...
...esqueci-me completamente do post das oito!
(a ver se compenso isto, tenho aqui um post que compara o que me pagam a mim e ao presidente da república, mas se calhar é aborrecido, as pessoas não gostam de conversas sobre o que se cada um aufere, é pena, o post estava engraçado, depois há qualquer coisa também sobre não gostarmos de muita gente a ler-nos, é por isso que escrevemos em blogs, lá está, finalmente uma coisa sobre o Ruben Patrick, uns conselhos sobre não perguntar se para ela também foi bom, é escolher, ele haver farturinha, há, não havia necessidade de me esquecer do post das oito...)
(a ver se compenso isto, tenho aqui um post que compara o que me pagam a mim e ao presidente da república, mas se calhar é aborrecido, as pessoas não gostam de conversas sobre o que se cada um aufere, é pena, o post estava engraçado, depois há qualquer coisa também sobre não gostarmos de muita gente a ler-nos, é por isso que escrevemos em blogs, lá está, finalmente uma coisa sobre o Ruben Patrick, uns conselhos sobre não perguntar se para ela também foi bom, é escolher, ele haver farturinha, há, não havia necessidade de me esquecer do post das oito...)
01 fevereiro 2011
(intervalo)
Isto do Espírito do Natal é das coisas que mais gosto me está a dar escrever, com o tempo vamos formando uma imagem de quem escreve nos blogs ali ao lado, não interessa se a imagem corresponde à realidade, isso não é importante, muitas vezes a própria imagem real não corresponde à realidade, isto era discussão para nos levar algum tempo e este blog é um circo, show must go on, a verdade é que, como quase sempre, interessa-me apenas a minha perspectiva, dá-me igual que as pessoas não sejam como as idealizo, tanto faz, não tenciono conhecê-las e validar, depois essas imagens que vou construindo aderem a personagens ou a ideias de livros que li e eu achei que era bonito dizer às pessoas que escrevem coisas que gosto de ler como as imagino, a coisa podia ficar assim, "está bem então, Pipoco, obrigado e mande sempre", acontece que as pesoas que escrevem nos blogs ali do lado afinal tiveram curiosidade e estão a (re)ler os "seus" livros, as minhas sugestões, há quem não encontre os "seus" livros e arranja-se uma solução, um livro abandonado num certo jardim ou deixado num certo supermercado, a pessoa certa há-de levá-lo, há quem jogue este jogo e me sugira também a mim o "meu" livro, eu leio e depois comentamos se sim senhores ou nem por isso.
Está a ser muito bonito. Obrigado.
(a linha editorial será retomada imediatamente)
Espírito do natal (capítulo da Kiss Me)
A Kiss Me, salvo seja, era uma das raras leitoras do que eu escrevia numa anterior vida bloguística e, mesmo assim, assume ler-me neste registo, ora eu admiro sempre estas pessoas que, conhecendo a craveira intelectual da minha obra passada, condescendem em ler-me aqui, fosse isto coisa de pouca monta, a Kiss Me, salvo seja, ainda escreve coisas que eu gosto de ler, com aquele toque de charme lá naquelas linhas que parece que falam de coisas simples, e notem que eu gosto pouco de blogs de mulheres, lá pelos lados do Beijo na Boca, um clássico.
Kiss Me, salvo seja, guardei-lhe Hemingway, um dos livros que mais gostei do autor e que lhe encaixa a si na perfeição. "O Jardim do Éden".
Kiss Me, salvo seja, guardei-lhe Hemingway, um dos livros que mais gostei do autor e que lhe encaixa a si na perfeição. "O Jardim do Éden".
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