07 julho 2014
Sei precisar exactamente o momento em que me tornei um rural
Havia toupeiras no meu jardim e eu só queria que elas saíssem dali, mas sem as magoar, e fui pedir conselho à Cooperativa Agrícola e disse que queria resolver o problema e uns tipos de patilhas e mãos muito grandes disseram-me que havia um veneno e elas comiam aquilo faleciam e eu disse que não queria que elas falecessem, elas já ali moravam antes de mim, e os tipos de patilhas olharam uns para os outros e cofiaram os bigodes e um dos tipos de patilhas disse que nesse caso o melhor era eu colocar uns cartazes a pedir para as toupeiras se irem embora e os tipos das patilhas e das mãos grandes riram todos e eu ri também, só por simpatia, mas sei que foi nessa altura que passou a apetecer-me gostar das coisas da terra e dos saberes de alturas para escarificar a relva e de como se podam as árvores de fruto e nunca mais voltei à Cooperativa Agrícola e gostava de lá voltar só para lhes dizer que afinal há uma forma de acabar com as toupeiras, basta ter um cão.
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ResponderEliminar(e não diga que vai daqui)
O problema dos tipos das patilhas é que serão sempre assim, mesmo que lhes mostres o caminho, é um processo evolutivo que irá demorar anos...
ResponderEliminarVerdade verdadinha. Nunca ninguém sem patilhas lhes há de conseguir ensinar nada, ainda que sejam coisas simples comprovadamente eficazes noutro lado qualquer. Se tal mensagem vier de uma mulher então...
Eliminar(ou dois ;)
ResponderEliminarGostei, Sr. Milho frito com sal (que cá no campo não há modernices!)
O que me intriga é saber como o cão o livrou delas.
ResponderEliminarSe as mata não vejo diferença apreciável entre uns caninos eficientes e um veneno letal. Ambos lhes asseguram o falecimento precoce.
Se corre com elas daí para fora, aí já a questão se complica mais um bocado, pelo menos em termos morais, dado saber-se que já eram moradoras antes do cão asilar.
Quereria com certeza uma resposta do dono da casa, mas como até agora nada, eu que sou uma boa rapariga e portanto generosa, respondo-lhe à primeira questão, é a mesma coisa que acontece quando temos gatos, garanto-lhe que nunca verá um rato e não precisa de haver matança nenhuma, é que rato prevenido vale por dois, o mesmo se passará com as toupeiras, até porque os cães tendem a dar cabo das casas das toupeiras, por adorarem um bom esburacanço. Quanto à segunda questão, de facto procedeu-se a um desalojamento das toupeiras, mas tudo é melhor que falecer. :)
EliminarAi é, Cláudia?
EliminarSe a presença do cão, ou gato os intimida de molde as desamparadas toupeirinhas voluntariamente se enclausurarem sob pena de perseguição infernal até rebentarem a vomitar os bofes, não é uma maneira de lhes proporcionar o falecimento, substancialmente agravado depois de padecerem as torturas de fome implacável e impiedosa?
Ao menos o veneno não as torturava e dava-lhes um decesso limpinho limpinho.
E tive resposta do dono da casa sim senhor!
EliminarCalou...aprovou e consentiu.
Ou não e?
:)
Adoro toupeiras. As minhas vivem na horta do meu pai, que já era do meu avô, há muitos anos. Fazem uns buraquinhos muito bem feitos e acho que a minha mãe as alimenta às escondidas. Somo todos felizes, lá na horta do meu pai. Nós também temos um cão e as toupeiras sabem disso. E os homens das patarras, desses que se riem muito, também sabem... Às vezes o que basta não basta. Mas isso pouca gente sabe.
ResponderEliminarEstá a acontecer-nos isso...mas com coelhos. Não os queremos lá, mas também não os queremos matar...e não encontramos solução! Em conversa com os vizinhos de "patilhas e mãos grandes" estes olham para nós com ar estranho (e pensam "não sei qual o problema de os matar")...enfim somos uns "aliens" no meio do monte.
ResponderEliminarBjnhs, CL ou VW
o mundo está cheio de gajos de patilhas e mãos grandes
ResponderEliminarE de aliens no meio dos montes e das planícies.
EliminarUma solução muito simples!
ResponderEliminarEntão e se se chegasse a um consenso entre todos os interessados, toupeiras, cão e dono, de molde a evitar conflitos de interesses desnecessários.
ResponderEliminarUns cartazes persuasivos implantados lá pelo meio eram capazes de atenuar as tensões, assim do tip...género.
SÓ TOUPEIRAS OBEDIENTES SERÃO MORADORAS RESIDENTES, AS TOUPEIRAS SEM EDUCAÇÃO TÊM DE SE HAVER COM O CÃO, PARA AS TOUPEIRAS QUE VÃO AO POMAR O CÃO MORDE SEM LADRAR, SE NÃO SE PORTAREM A PRECEITO TÊM A PERNA O CÃO DE PEITO FEITO, SE NÃO PARAREM DE ESBURACAR TENDES O CÃO A FERRAR,
E por último e para as convencer de vez.
SE NÃO PENSAREM SÓ NAS CALORIAS VIVEREMOS TODOS NA MELHOR DAS HARMONIAS.
Acho que era capaz de resultar.
Não sei se esse cartaz produziria algum efeito nos visados, a mim fez-me rir mais um bocado hoje e por isso, desde já lhe agradeço.
Eliminar(Bem e hoje que me deu para comentar,
Vou agora parar
Se não, ao Senhor Pipoco
vou acabar por chatear.)
Nem pensar em parar e muito ao invés
EliminarNão se cale e mostre-se como agora criativa
Não chateia e tão-pouco lhe advirá revés
Porque apadrinhada pela musa produtiva
De fininho emergida da toca da toupeirinha
Quem diria que num ápice lhe despertaria
A divinal inspiração de poetisa
De divinal minha poesia nada tem
EliminarPode o cunhado constatar muito bem
Se fosse outro, talvez levasse a mal, ter assim ironizado
Com minha poesia sem importância
Mas, ao cunhado, que já tanto me tem feito sorrir
Perdoo-lhe a acutilância
O único tipo com patilhas grandes a quem reconheço mérito, é aquele do Bordalo que nos mostra como lidar com as coisas da maneira mais simples.
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