31 março 2010

Seguidores. Done.

A pedido, o vosso Pipoco activou aquilo dos seguidores.

Diz que facilita a vida das pessoas e o Pipoco aprecia que toda a gente em geral e as pessoas em particular tenham uma vida mais simples.

(mas o argumento final, o que me fez accionar a coisa foi saber que, em accionando, me vão dar prémios, e isso)

(pssst, senhores da Jameson, accionei a coisa dos seguidores)

(e se a Dica da Semana também detectar que accionei a coisa dos seguidores e me convidar a escrever uma crónica? Isso é que era!)

Ao fim de dezassete dias...

...noto que não tive um único comentador do género masculino.

E, parecendo que não, isso é deveras aborrecido.

Pipoco, em modo sentimental

Às vezes esqueço-me dos nomes, e é péssimo quando nos esquecemos dos nomes, também me acontece esquecer-me onde nos cruzámos, muitas vezes me esqueço do que me disseram, do que apreciavam que eu cozinhasse, dos livros favoritos, das músicas preferidas.

Nunca me esqueci dos cheiros.

30 março 2010

Ah, e tal, o Pipoco é muito espertinho, mas nem sabe como é que se activam seguidores. LOL!

Tenho recebido centenas de pedidos (ok, dois...) para qualquer coisa parecida com "activar os seguidores". Alguma alma caridosa pode explicar ao vosso Pipoco o que é isso? Em que consiste, como se faz e como isso de "activar os seguidores" pode melhorar a minha vida para melhor?

Eternamente grato.

E agora, algo completamente diferente

A verdade é que me fascina que aqui cheguem. Depois, fascina-me que tenham a gentileza de ler. Mas o que me fascina mesmo é que se dêem ao trabalho de partilhar uma opinião, dizer o que quer que seja, entrar na brincadeira só porque sim, comentar. É uma satisfação grande saber que, por momentos, se riram, se divertiram, que esboçaram um sorriso (ok, ok, é poderosíssimo quando conseguimos fazer rir uma mulher).

Eu gostava de responder a todos os comentários, de agradecer, de dizer que estou absolutamente espantado como facto de ter um número de visitas diárias com quatro dígitos ao fim de uma semana de blog. Ainda pensei responder só aos comentários absolutamente magníficos, mas não resultou, são mais de noventa por cento.

Também sei que, passado o efeito "olha-me este gajo!", a coisa acalma. De acordo com as escrituras, isso deverá acontecer daqui a uma semana ou duas, se tanto. Nessa altura, espero poder responder a cada comentário, como é merecido. Depois desse tempo, acaba-se o material de inspiração, escrever aqui será mais do mesmo e voltarei ao meu blog a sério.

E, naturalmente, perco a aposta.

Terça-feira, dia de escolher um comentário extremamente inteligente #2

E já vos imagino (sim falo de vós, queridas e queridos três leitores), ansiosos, quase nove da manhã e o vosso Pipoco ainda não escolheu o comentário extremamente inteligente da semana. Mas, hossana, o Pipoco é amigo e vai alterar a hora do post para as sete da manhã e assim não terão que esperar tanto tempo.

E, sem mais delongas, o vosso Pipoco (vamos ver até onde é que aguento falar na terceira pessoa) escolhei um comentário de uma leitora fiel desde a primeira hora, a Not a Lady, que partilha connosco o seguinte comentário:


"isto continua muito bom..."

É um comentário que quase me comoveu, aliás, é um cometário que quase comoveu o vosso Pipoco (eu não disse que mais tarde ou mais cedo o vosso Pipoco não se lembraria de falar na terceira pessoa?), é um comentário pleno de energia, de bons karmas, uma ode aos strokes positivos. Reparem, começa por dizer "isto", sem especificar realmente a que se refere. Numa abordagem minimalista, o vosso Pipoco poderia pensar que "isto" é este blog, mas acontece que o vosso Pipoco é humilde e sabe que isto não anda assim tão bom como isso, até porque é o blog mais fácil que já fiz, basta ir enchendo chouriços. Neste contexto, "isto" pode ser qualquer coisa que a Not a Lady estivesse a fazer quando comentou, e aqui abre-se uma panóplia de possibilidades, podemos imaginar que a Not a Lady estava a almoçar umas iscas à Portuguesa, a ler o último do Philip Roth (nada mal, embora prefira a "Mancha Humana"), a ouvir os Muxima ou até mesmo com os pés no Tejo, a saborear um Haagen Dazs de limão.

Depois a Not a Lady diz que "continua muito bom". Reparem, há uma ideia de continuidade, o que quer que seja a que a "Not a Lady" se refira não está muito bom (e isso já seria excelente, estar apenas muito bom), a verdade é que há um histórico de "muito bom" que não posso deixar de salientar, a maioria das pessoas recusa-se a dizer que alguma coisa está, digamos, aceitável. Conheço ainda menos pessoas que digam que alguma coisa, num determinado momento, se possa considerar bom. "Not a Lady" supera todas as expectativas, ultrapassa os limites do nossos melhores sonhos e atreve-se a dizer que alguma coisa, o que quer que seja, "continua muito bom", e aqui espero que notem que não está apenas bonzinho, ou, vá lá, bom. Está muito bom, aliás continua muito bom.

E a mim, ao vosso Pipoco, resta-me agradecer à Not a Lady. Foi um excelente comentário.

29 março 2010

Wishlist Pipoco #1

O menino quer! Cinquenta e duas edições por ano, temas de indesmentível interesse, um ror de informação excelente. O menino quer uma assinatura anual do Jornal do Sporting! Mas quer mesmo!





O Pipoco está indeciso

Não sei se faça um post sobre a exposição de Dara Birnbaum que acabei de apreciar em Serralves ou se inauguro a rubrica "Wishlist do Pipoco".

Que esta dúvida existencial seja decidida pelo primeiro que comente este post (se alguém estiver para isso, claro...)

28 março 2010

Os nossos avós...

... ensinaram-nos a não colocar os cotovelos em cima da mesa, a segurar-lhes a porta, a não beber com a boca cheia de comida, a não começar a comer antes de as servirem a elas, a pagar a conta do restaurante, a ouvi-las com atenção, a responder "Claro que não!" quando elas perguntam se as achamos mais gordas ou mais velhas, a olhá-las nos olhos, a não dar erros de ortografia nem de sintaxe.

Os nossos avós eram sábios.

Os nossos pais...

... ensinaram-nos que não é uma vantagem um homem a sério saber cozinhar, que os homens a sério não se emocionam, que os homens a sério nunca perguntam, que os homens a sério são do Benfica, que os homens a sério não lêem Paul Auster.

Os nossos pais não estavam certos.

Mind the gap...

Eu bem aviso, mas acabam sempre por tropeçar nelas próprias.

27 março 2010

Curtas

Nos dias em que joga o Benfica, eu, o vosso Pipoco, sinto que devia escrever aqui qualquer coisinha sobre o tema, só para dar alguma aderência à coisa.

Mas acontece que estou em pleno período de aconselhamento espiritual a um amigo de sempre e resolvemos dar um saltinho ao Chelsea-Aston Villa, só para espairecer, entre um pint e outro. E foi bonita, a festa.

26 março 2010

Flashes da vida do Pipoco (onde se narra como Pipoco salva o dia de uma senhora de idade)

"Dê-me o bolo que está entre o babá e o jesuíta", pedia a senhora de idade.

"Esse aqui?", perguntava o empregado brasileiro.

"Não, o que está por detrás do mil folhas"

"Esse aqui?" perguntava o empregado brasileiro


"Não, no tabuleiro de cima, dois tabuleiros ao lado do brigadeiro"


"Esse aqui?", perguntava o empregado brasileiro


"A senhora deseja um pastel de nata", informei eu, enquanto levantava os olhos do El Pais.



(fico sempre a pensar porque é que as mulheres nunca pedem exactamente aquilo que querem)

Agora a sério...

... não me estava nada a apetecer escrever um post sério aqui no Pipoco, mas a verdade é que quase me aborreci com os comentários de ontem e com os mails de hoje, maneiras que o melhor é entendermo-nos já de início para eu não ter que quase me aborrecer duas vezes no mesmo ano.

i) Ao terceiro dia tive que moderar os comentários, o que é desagradável para todos em geral e para mim em particular, impossibilita uma sã troca de palavras, todos unidos, a discutir umas ideias inteligentes, e tal. Acontece que a minha mulher e, principalmente, os meus filhos gostam de ler o que escrevo e, toda a gente sabe isto, as mulheres extremamente bonitas e as crianças extremamente lindas ficam incomodadas, como almas sensíveis que são, quando lêem impropérios e palavras feias no blog do seu sofrido pai e devotado marido.

ii) Sei que é difícil acreditar nisto, mas eu não me chamo realmente Pipoco. Sei, sei, é quase impossível crer nisto, mas acontece que o Pipoco é só um boneco, serve para eu me divertir (gosto mesmo de escrever) e também podia servir para nos divertirmos todos em conjunto, vocês aí e eu aqui. Zangarem-se com o Pipoco é como zangarem-se com o Rato Mickey ou com aquela que faz de má na telenovela da tarde (digam-me que há uma telenovela da tarde, para este paralelismo fazer sentido). Como trabalho muito, com muitos problemas complicadíssimos para resolver, mandar em pessoas e decidir coisas, faz-me bem ter um blog onde me divirta e sempre me evita ter que tomar comprimidos para me alegrar, e assim.

iii) Nem tudo o que aqui se lê é para levar a sério. Por exemplo, sim, estive à conversa com a Carla Matadinho sempre a pensar que a conhecia de qualquer lado e não, não havia concurso Dimple nenhum, como, de resto, perceberam todos os que por aqui passaram (caramba, nem um mandou um mail para o concurso...). Sim, este blog nasceu de uma aposta que fiz com um grupo de amigos depois de um jantar em que bebemos demasiado e não, não tenciono convidar a menina da Tezenis para jantar (ver ponto i), onde se fala de mulheres bonitas). Sim, tudo o que lerem sobre sítios onde fui, livros que li, discos que ouvi é verdade, não, tudo o que aqui estiver escrito para um rapagão esbelto, que faz as meninas virar as cabeças não deverá ser levado a sério.

iv) Posto isto, a coisa é simples. É darmos as mãos, cantarmos todos o Hino da Alegria e aproveitar enquanto a coisa me divertir. Se não apreciarem a coisa, a solução é tão é simples que até assusta, é sair defronte desse monitor que é o único obstáculo entre vós e um bom livro ou um passeio no jardim ou falar com os vossos amigos a sério.

Vá, o dia está lindo e o vosso Pipoco tem um avião para apanhar para Londres para passar um fim de semana em bom.

25 março 2010

...

E, antes do terceiro dia, o meu primeiro hate-mail.

E, naturalmente, mais de mil visitas.

Estou a começar a gostar disto, da blogosfera.

Concursinhos do Pipoco #1

Como sempre, o vosso Pipoco está atento às vossas necessidades e quer que todos sejam felizes e, para ser feliz, nada melhor que um passatempo. Mas um passatempo em bom, dos que são mesmo a sério e todos ficam a ganhar, logo, mais felizes, e o vosso Pipoco só pensa na vossa felicidade.

O passatempo que o vosso Pipoco propõe, e notem que é o primeiro passatempo que o vosso Pipoco propõe, logo, teria que ser fantástico, é o passatempo do whisky Dimple, esse mesmo, o da garrafa esquisita, que não dá jeito nenhum arrumar na garrafeira, porém, 15 anos de envelhecimento em cascos de carvalho irlandês, entremeado em ripado americano, de antes da primeira guerra mundial, tudo isto misturado com o blend perfeito de turfa e malte alemão e, finalmente, a cristalina água que corre nas montanhas da Escócia.

E o passatempo consiste em beber uma garrafa desta preciosidade, sem gelo, devidamente acompanhado por uma audição do Bolero de Ravel, em crescendo, tal como a agitação que as vossas moléculas dos vossos corpinhos perfeitos. Quando chegarem ao fim da garrafinha, não se esqueçam de ir acompanhando com um caju, o vosso Pipoco é amigo e deixa que acompanhem com um caju ou, isto como é o primeiro passatempo deixa-me o coração mole, umas batatas fritas de uma marca que o vosso Pipoco vos dirá no quarto passatempo.

E é só isto, Pipoco? Não, falta a parte de enviar a mensagem para o correio electrónico do costume, ali ao lado. Aconselho que deixem o computador ligado antes de iniciarem o passatempo, porque isto dos efeitos colaterais dos passatempos é coisa ruim e podem não conseguir ligá-lo depois. Também é melhor deixarem um saquinho de plástico por perto do computador, porque, em caso de urgência extrema, a regorgitação entranha-se no meio das teclas e depois o líquido biliar entope tudo e não conseguireis ver o blog do vosso Pipoco até trocarem o teclado e desentupir aquilo tudo.

O prémio para a melhor frase, não interessa o tema, é uma sorte se conseguirem escrever uma frase qualquer, é uma embalagem de Gurosan, inteirinha. Estou um mãos largas, eu sei. Vá, toca a concorrer.

23 março 2010

Terça feira, dia de escolher um comentário extremamente inteligente #1

Ora o vosso Pipoco designou a terça feira como o dia de seleccionar um dos vários milhares de comentários extremamente inteligentes e perspicazes que as pessoas, de boa fé, com sentido construtivo e com vontade de contribuir para um mundo melhor, aqui vão deixando.

Revelando-se extremamente difícil escolher um comentário, temos que o vosso Pipoco se dedicará a analisar o comentário imaginário, escolhido ao acaso entre os comentários imaginários que poderiam ocorrer a pessoas de bem, caso estivessem para se dar a essa maçada.

E o cometário escolhido é

"Pipoco, teve alguma fonte de inspiração para o seu extraordinário nickname?".

Sim senhores, aqui temos uma boa pergunta. repleta de genuíno interesse e capaz de captar a minha atenção, efectivamente é um comentário excelente, pleno de actualidade e cujo desenvolvimento permitirá elaborar uma novel construção sobre o edifício blogosferístico. Na verdade, os comentários poderiam versar sobre situações menores, ilustrando o elevado padrão moral de quem visita o Pipoco, eis que se vislumbra uma linha de genuíno interesse na temática que esteve na génese do Pipoco. É um excelente comentário, digno, elevado, que só me resta agradecer, comovido.

18 março 2010

Flashes da vida do Pipoco #2

Era uma rapariga bonita, não mais de vinte anos, e tinha a saia levantada atrás, só de um lado, via-se que tinha ficado presa, talvez a sair do carro. E via-se a nádega direita, uma bonita nádega direita.

E estava a cambada a rir-se da rapariga ter a saia levantada, a cambada ria-se enquanto comia os gelados do Mc Donalds, a cambada apontava e ria-se, se continuam a comer daqueles gelados é certo que nunca terão a nádega igual à da rapariga que tinha a saia levantada.

E eu, discretamente, aproximei-me da rapariga e disse-lhe que tinha a saia levantada. E a rapariga, depois de se ajeitar, agradeceu-me e sorriu para mim.

E não sorriu para a cambada.

17 março 2010

Perceber as mulheres

É madrugada, quase dia, e aqui estou eu, charuto na mão e a olhar para o mar, a tentar perceber onde falhei. Jantar no Gambrinus, noite em modo calmo, com Miles Davis, boa conversa, lareira acesa, um bom champanhe.

Terá sido por causa dos meus boxers padrão Popeye?

16 março 2010

Flashes da vida do Pipoco

Hoje, por razões profissionais, fiquei à conversa com uma pessoa durante uns minutos, sempre com uma sensação desconfortável de já a ter visto antes, de a conhecer em profundidade.

Era a Carla Matadinho, disseram-me depois.

15 março 2010

Não acredites em tudo o que a tua mãe te disse sobre mim

Esquece tudo o que a tua mãe te disse sobre mim, eu não sou só o que sabe que um bloody mary pela manhã apazigua os maus vapores do absinto da noite passada, o que tem na ponta dos dedos o segredo para te levar aos céus, o que não sabe vestir outra coisa que não sejam as velhas 501 e uma camisa branca, o que tem um corte de cabelo cuidadosamente descuidado e a pele a saber sempre a mar, também sou o que te rapta depois de saíres do emprego certo, certinho, te leva a jantar ao East Side, regressamos na low-cost das quatro da manhã, dirás que tiveste que trabalhar até mais tarde, um projecto, ou assim, sou o que sabe que nem sempre deves usar o açafrão, sou o que te sabe dizer que Bach estás a ouvir, se o pai ou o filho, sou o que te sabe servir um vinho à temperatura certa, sou o que sabe cozinhar para ti o melhor risotto de espargos e parmeggiano, sou o que te sei explicar as piscadelas de olho de Umberto Eco a Jorge Luis Borges.

14 março 2010

Missão da semana

Descobrir quem é a jovem da campanha da Tezenis e convidá-la para jantar um dia destes.

13 março 2010

A aposta

Temos então que eu, o vosso Pipoco, perdi uma aposta. Aliás, nem sei se realmente perdi a aposta, os efeitos colaterais de um bom vinho são assim mesmo, mas sou um homem que acredita nos seus amigos e, se me disseram que perdi a aposta é porque, efectivamente, perdi a aposta.

Agora tenho mesmo que abrir um blog e esquecer o que sempre disse, que isto dos blogs não é coisa para mim. Perder uma aposta é mesmo assim, não há volta a dar e lá terei que aguentar este blog por um ano, garanto-vos que nem mais um dia. Mas, se vou ter que escrever num blog (um ano, senhores...), que seja coisa que me dê gosto.

Afinal perdi uma aposta, essa é que é essa...