28 fevereiro 2013

Como impactar a irmandade blogosférica - (Re)Post que remete para psicologia invertida

 Como o admirável público imagina o notável blogger.

Como é realmente o notável blogger.

27 fevereiro 2013

Como impactar a irmandade blogosférica - Post que remete para blogger fofinho

Enquanto vagueio sem rumo pelo bosque de acácias frondosas e procuro um lugar que me abrigue da chuva miudinha que teima em cair e me permita ler em paz o Principezinho que trago debaixo do braço, é um  livro fantástico e intrigante, uma hino à amizade nas suas várias cambiantes, penso em qual terá sido o melhor tempo tempo da minha vida, se aquele da infância, o tempo das férias grandes e das braçadas na água fria na ribeira que passava por debaixo das velhas carvalhas, o tempo em que a minha mãe sorria embevecida enquanto me olhava de longe, só para se certificar que tudo estava bem, às vezes deixava-me scones acabados de fazer e eu, tão distraído, a ler o Principezinho, já nessa altura lia muito o Principezinho, só mais tarde é que mudei para o Ulysses, nem notava, tão leves eram os seus passos, sentia ao longe o meu velho cão Poppy, um São Bernardo que recolhi à beira da estrada, tinha sido abandonado e atropelado por um camião TIR de dezessesis rodados, carregado de aço inoxidável, ele ali com os olhitos a pedir-me ajuda e eu, desmontando da minha bicicleta, aconcheguei-o e dei-lhe de comer, penso se o melhor tempo da minha vida terá sido esse, ou, por outro lado, se este tempo de agora, em que troquei os calções axadrezados por um blaser de bombazina com cotoveleiras em tons pastel, em que dirijo o clube de leitura da Universidade Sénior da pequena vila onde vivo, em que, rodeado pelos meus cães, um cocker spaniel que recolhi do canil, não resisti àqueles olhitos meigos que me pediam, num murmúrio, para o tirar dali, chama-se Puppy e é velho amigo do meu outro cão, o velho Pippy, um dálmata brincalhão que pertenceu a um gangue da Brandoa e era espancado por não conseguir assustar as pessoas, em que, dizia eu, serão melhores estes dias tranquilos, bebendo o meu chá na esplanada com vista para o rio largo, cumprimentando a Dona Jacinta, uma senhora de idade que mora numa velha mansarda num quarto andar sem elevador, costumo levar-lhe a garrafa de leite fresco pela manhã e o jornal, o Diário de Notícias, depois preparo-me para mais um dia na cidade áspera e pouco amiga, as chaminés deita fumo negro e as pessoas movem-se como autómatos, só eu sorrio, cumprimentando aqui e ali, às vezes olho para trás de repente e vejo que as pessoas também sorriem com o meu sorriso, um sorriso a medo, é certo, mas ainda assim um sorriso, e eu sigo o meu caminho na cidade fria e tonitruante, sorrindo sempre e levando um raio de luz a todos com quem me cruzo.

26 fevereiro 2013

Como impactar a irmandade blogosférica

Nós, os que andamos há mais de cinquenta anos nisto dos blogs, sabemos exactamente como reagem ao que publicamos. Para além dos temas sazonais, onde descrevemos como detestamos o Natal só para provocar os que gostam muito do Natal, sabemos que nos virão contar como eram felizes os natais em família, com crepitantes lareiras e a família unida em volta do perú recheado, as crianças entoando natalícias melodias e como era saudável apanhar o fresco da noite a caminho da Missa do Galo, da noite dos Óscares, onde falamos dos vestidos de que não gostámos só para testar o público, que nos dirá que aquilo era um Versace da nova tendência da casa, com uma evidente influência de Mugler e YSL, onde falamos do tempo que está tão frio e com tanta chuva que não se aguenta só para que nos venham dizer que a chuva faz bem a tudo e que uma bênção dos céus e que sem água o Homem não sobreviveria, para além disto tudo, incluíndo o dia dos namorados e o carnaval e as decisões de ano novo e o calor que fazia nas férias de praia e de como era branquinha a neve na semana branca, para além dsto, dizia eu, há toda uma técnica para criar posts fofinhos que fazem com que o notável público nos ache uns queridos, tão sensíveis, há toda uma técnica para que o notável público nos ache uns arrogantes do piorio, não se percebe como ainda há pessoas assim, caramba, nos tempos que correm com tanta gente a precisar de apoio e de mimos, há toda uma técnica para criar empatia, vê-se logo que é um tipo às direitas, gostava que fosse meu amigo, identifico-me tanto, mas tanto, com o que ele diz.

É divertido isto dos blogs, em me apetecendo conto-vos como se faz.

25 fevereiro 2013

Os problemas das mulheres

Acreditar que o "sexto sentido" (seja lá isso o que for...) existe mesmo e, existindo, que lhes dá poderes sensoriais.

Pipoco também quer dizer coisas sobre os Oscares

Por mim, fosse eu a escolher, e escolhia todos os anos para melhor filme o "Vertigo" (ou o Casablanca se estivesse mal de amores), para melhor realizador o Tarantino, para melhor actor alternava entre o Anthony Hopkins e o Marlon Brando, para melhor actriz a Ingrid Bergman.

E estava a coisa feita.

24 fevereiro 2013

O que realmente conquista uma mulher

Não é uma lareira crepitante e o "Stand by me" a ouvir-se em fundo, não são as rosas vermelhas mandadas entregar no sítio onde ela é executiva, não é Perrier Jouet borbulhante a acompanhar o Millefeuille  no Fouquet's, não é um Omega De Ville oferecido por impulso, não é uma massagem no melhor Spa da cidade só porque ela teve um dia complicado.

O que realmente conquista uma mulher é dizer-lhe, a propóstito de nada, "Já marquei as férias em Megève".

23 fevereiro 2013

Blogs, isto são só blogs...

Se for ela, Ruben Patrick, perceberás imediatamente que é ela, não te afrontes por se te afigurar que ela passou ao largo ou, pior, ela ter estado defronte de ti e tu não teres dado conta que era ela, quando ela se perfilar diante de ti não há como não o perceber, a tua respiração ficará suspensa e, ao mesmo tempo, ainda que te pareça impossível, os teus níveis de adrenalina dispararão, a dimensão-tempo ganhará uma forma que desconhecias até então e todos os movimentos se congelarão, mostrarás inadvertidamente a mão com o full-house que te preparavas para, gloriosamente, colocar em cima da mesa, o sabor a Paddy's que tens no palato incomodar-te-á, o cheiro a Cohiba Lanceros dissipar-se-á e um aroma a limão e âmbar, misturado com sândalo, invadirá o teu cérebro, não reagirás aos que te querem apressar a dizer se tencionas ir a jogo, só ela contará, deixarás de controlar os sentidos, todos os sentidos, baixarás a guarda, todas as tuas defesas te abandonarão, não há como não saber que é ela, Ruben Patrick.

(O problema é depois, Ruben Patrick. O problema é depois...)

Strokes, se eu sei de strokes...

Jesualdo, em ganhando: "Mais velhos tiveram exemplo dos mais novos".

Jesualdo, em perdendo: "Pagámos pela juventude e inexperiência".

22 fevereiro 2013

Tal como hoje elas se perguntam como foi possível terem um dia alinhado na moda dos "cupcakes"...

...chegará o dia em que elas olharão para os instagrams que publicaram e suspirarão, perguntando-se como foi possível um dia terem achado que as unhas de gel eram uma boa ideia.

21 fevereiro 2013

Voltei a sonhar com Lamborghini's roxos

Ele há alturas, como a tarde de hoje, em que sinto que é meu dever reflectir sobre os desígnios da vida em sociedade e em que apago o Partagas nº2, desvio os olhos do Ulysses, afasto o copo de Hennessy e reflicto longa e demoradamente, uma reflexão profunda, onde não fica pedra sobre pedra sobre os pensamentos vigentes, onde não deixo ao acaso as idiossincrasias que são genuinamente determinantes para que o mundo avance, são, próspero, tudo em prol de que as dúvidas de hoje sejam dissipadas e nos tornem a todos melhores pessoas e ao mundo um melhor lugar.

Hoje, sentado na minha poltrona favorita e com aquele olhar pensativo, perscrutando o horizonte, semblante carregado, reflecti sobre o motivo que levará as pessoas dos blogs a desculpar-se publicamente pelo facto de não terem actualizado os seus escritos, lamentando o facto, invocando razões pertinentes para a ausência, seja porque o trabalho é muito, seja porque não lhes tem apetecido, tudo razões ponderosas. Cuidarão as pessoas dos blogs que lhes notámos a ausência?, estarão convictas que lhes acedemos aos blogs manhã cedo, carregando nas teclas de actualização, regressando a casa cabisbaixos porque o blogger não actualizou os seu pensamentos, nem um "keep calm", nem uma musiquinha, nem uma fotografia com o bacalhau com grão que vai almoçar, que chegaremos a nossas casas e quem nos abre a porta nos pergunta "então, nada?" e nós, com ar grave e sério, apenas abanaremos a cabeça, que não, não escreveu nada hoje, e seguimos directos para a cama, nem a novela nos apetece ver? Cuidarão as pessoas dos blogs que o nosso dia se iluminará quando, finalmente, nos brindam com um post promissor, a confirmar os nossos piores temores, que, efectivamente, não têm escrito, falta de vontade e de tempo, mas, oh alegria, prometem voltar em breve, com notícias fresquinhas, pressentem que a vontade que lhes faltou jorrará enfim, como um rio de leite e mel, jactante, profícua, capaz de nos apaziguar a nossa vontade de o ler?

Em tudo isto eu reflecti durante a tarde de hoje. E foi uma boa relexão.

18 fevereiro 2013

E é isto

Cinco posts no mesmo dia.

Facílimo.

Tenho ali um Porto Vintage

Que vai acompanhar na perfeição os Contos Nocturnos de Hoffmann.

Está a dar na Têvê um programa sobre o José Cid

E também aparece a Lili Caneças a dizer coisas bonitas sobre o José Cid.

(a parte engraçada é que quando a Lili Caneças sorri, levanta o pé inadvertidamente)

Dos posts de encher chouriços

(nada para dizer, estava só com vontade de escrever um post com o título a iniciar-se com um glorioso "Dos")

Resumo da semana blogosférica

Chego das férias e a grande notícia é que a blogosfera resolveu engravidar massivamente.

Mas foram só uns três ou quatro, não foram?...

17 fevereiro 2013

Eu mando sempre o Ruben Patrick aos encontros com bloggers, e vocês?

Parece estranho, que parece, mas ele há quem deseje conhecer pessoas que escrevem nos blogues, conhecer mesmo a sério, há quem nos coloque em alto gabarito, quem leia o que escrevemos e estabeleça uma relação directa entre a profundidade e grandiosidade do que escrevemos com o nosso bom aspecto. Eu aposto na imagem "homem que sai de Daimler com fato Ermenegildo Zegna e telefone encostado ao ouvido, dando ordens em tom suave", mas há quem prefira apostar em "homem bronzeado que, em pleno inverno, atira paus ao seu cão pastor alemão na praia do Guincho, avistando-se ao fundo a sua prancha de surf em cima da sua Renault 4L". Públicos distintos, portanto, a coisa não é justa para os dos que postam coisas do "keep calm", os que colocam as musiquinhas que lhes tocam a alma ou que insistam em escrever sobre a última gracinha dos seus ricos filhinhos, a esses ninguém quer conhecer, e é pena, talvez alguns sejam pessoas boazinhas, muito melhores que nós, os dos blogs geniais e extremamente interessantes.

A melhor forma de marcar pontos é baixar as expectativas e não há nada mais impactante que chegar atrasado ao encontro com quem nos quer conhecer, a pessoa ali em tensão, finalmente vai conhecer o grande blogger, deve ser ainda mais alto do que parece, há-de segurar-lhes a porta e escolher o vinho, já passaram cinco minutos, talvez tenha o trânsito o tenha demorado, talvez seja um executivo, caramba, vinte minutos de atraso não é nada, bebe-se mais um café, finalmente ele chega, fazia-o mais magro, ele coloca as chaves do Opel Corsa em cima da mesa, bem, sempre disse que era um carro alemão, o tipo mastiga com a boca aberta, caramba, que erro, quem diria?, um blog que fala de música clássica e tudo e afinal...

Facto

Ele há um padrão, de cada vez que estou fora do país o Sporting perde. Em estando eu em casa, o Sporting ganha.

(Estive a ver a agenda até Junho e somos bem capazes de descer de divisão, largueiro...)

16 fevereiro 2013

Pipoco viaja em low-cost e sobrevive

Um homem chega e estende o casaco para que a assistente de bordo o pendure cuidadosamente e um homem possa chegar à sua cidade sem um vinco, a assistente olha para um homem e diz "Nice jacket" e segue o seu caminho, fica um homem ali no corredor especado, a turba a empurrar um homem, um homem senta-se e repara que os bancos são parecidos com os bancos de pau do Jardim da Estrela, em pior, depois um homem repara que é hora de jantar e pergunta pelos vinhos e pelo carpaccio de salmão, a assistente com pronúncia dos arredores de Edimburgo informa um homem que pode escolher entre batatas fritas e sopa instantânea e, quanto a vinhos, recomenda um vinho servido em garrafa de plástico e tampa de rodar, um homem faz sinal que afinal pode esperar para ir jantar à Casa XXI em chegando à sua cidade, pede o Financial Times, que não há, o Le Monde, que também não há, um homem procura no braço da sua cadeira os canais de música clássica, que também não existem, e ali fica um homem, espantando-se a cada vez que a assistente passa com o saco do lixo para que cada passageiro lá coloque o entulho que entender, uma turma de miúdos de escola de Ermesinde, que é assim uma espécie de Massamá Norte do norte, está por detrás de um homem, há uma moçoila com a voz mais esganiçada que todas as outras que não se cala toda a santa viagem, a turma recorda os dias que passou em Londres, um homem fica a saber os pormenores todos de quem se apaixonou por quem, o olhar complacente das professoras de Inglês, duas matronas que um homem imagina perfeitamente a viajar em low-cost com gosto, a miudagem aplaude quando aterra em Lisboa, uma das matronas faz anos e a turma canta os parabéns à Stôrilizabete, a voz da miúda da voz esganiçada a sobressair nas notas altas, um homem a temer pelo rebentamento dos tímpanos, um homem chega à sua cidade, veste o casaco, respira fundo, entra no carro, selecciona Bach, baixinho, abre a janela, respira e pensa que é capaz de ser um homem feliz.

15 fevereiro 2013

Que vês da tua janela, Pipoco?


(algum dia havia de acontecer...)

13 fevereiro 2013

Sim, mas...

A verdade? Ora, a verdade é apenas aquilo em que a maioria das pessoas acreditam... (o Feiticeiro, em "Wicked")

12 fevereiro 2013

Mais logo vou ver o Wicked

Sento-me no banco de madeira que a vila de Marlow colocou junto ao Tamisa, era ali, precisamente ali, que gostava de se sentar Clifford Lovell, falecido nos idos de 1964, é isso que diz a placa incrustada no banco, olho o rio, abro o meu livro e fico ali a deixar que aquela tranquilidade tome conta de mim, enquanto a neve cai nas pedras tumulares à minha volta.

10 fevereiro 2013

07 fevereiro 2013

06 fevereiro 2013

Malas, batons e t-shirts com logotipos grandes, ele há aqui um padrão

Temos então a das t-shirts a posicionar-se para ser e estraçalhada da semana, uma entrada a pés juntos, com tudo para correr mal, ele é ser amiguinha dos dos blogs do Clix, ele é explicar que aquilo não são bem logótipos, há diferenças, caramba, então não se percebe logo que ali há grandes diferenças?, ele é que de facto aquilo não tem ponta por onde se pegue, a mim maça-me a situação, tenho um bom fundo e custa-me ver sangue, mas, em verdade vos digo, sempre me aborreceu servirem-me Gordon's numa garrafa de Bombay Sapphire e dizerem-me que não faz mal, gin é gin.

Estou a ler...

04 fevereiro 2013

Os problemas das mulheres

Nunca questionarem se aquilo de as mulheres conseguirem fazer várias coisas ao mesmo tempo é efectivamente verdade ou não passa de uma lenda passada de geração em geração.

03 fevereiro 2013

Ele há alturas que me pergunto...

...se as pessoas que nos informam nos blogs que estão a ler o livro não sei quê, com fotografia e tudo, acham que realmente é relevante para o mundo que estejam a ler aquele livro em particular ou outro livro qualquer.

Voltei a beber gin

Ninguém repara nestas coisas, mas é para estar atento aos pormenores que eu cá estou, ninguém nota que não há diferença nenhuma entre o Casablanca e o teledisco do Porque é que vens?, as semelhanças são tantas que eu quase hiperventilo, o dramalhão de fundo do teledisco dá-se num bar que podia muito bem ser o Rick´s Café, a rapariga bem parecida do teledisco entra por ali dentro, altaneira e jactante, tal e qual a Ilsa Lund a entrar no bar do Rick, o Tony Carreira canta, ou lá o que é aquilo que ele faz, durante o teledisco todo, igualzinho ao Sam, que também ataca uma só música durante todo o filme,  o Tony pergunta porque raio é que a moça aparece só para lhe atazanar as memórias, e o Rick, não o dizendo, não pensa outra coisa da Ilsa durante o filme inteiro, a rapariga troca papelinhos com o rapazola do teledisco, tal e qual como o Rick faz com a Ilsa com aquilo dos salvo-condutos, o tipo do teledisco, apaixonadíssimo pela rapariga, chuta-a para canto, igualzinho ao que faz o Rick com a Ilsa, tudo a bem da sanidade mental. A única diferença é que no Casablanca eles terão sempre Paris e no teledisco, se não me falha a memória visual da parte da parte em que o casalinho recorda os bons velhos tempos, quer-me parecer que terão sempre Massamá Norte.