Caramba, Mais Salgado, nem posso acreditar que acabas assim com isto. E eu? Vou escrever onde?...
Isto não se faz, pá...
12 março 2011
Pipoco Mais Salgado famous last words
Era uma noite de Março e os amigos de uma vida jantavam no Museu do Arroz e, depois da terceira garrafa de vinho, falávamos de blogs e eu expliquei-lhes que até o Rato Mickey conseguia ter dez mil visitas por dia em menos de um ano, desde que falasse dos temas certos, adoptasse o tom certo e mantivesse a postura certa. E surgiu a aposta, uma espécie de desafio. E eu gosto de desafios, e escolhi o nome certo para o blog e arranjei umas rubricas certas para o blog e investiguei o que era isso dos cup-cakes e das leggins e quase não acredito que consegui escrever sobre isso. Percebi cedo que os temas se esgotavam em menos de um mês e que me faltava tempo para interagir, para responder aos comentários que gentilmente me deixavam e que é essa interacção e o facto de as pessoas sentirem que têm retorno que gera visitas, também percebi que só comentando outros blogs e tornando-me seguidor de outros tantos, chegaria a essa meta e também percebi que ajudaria se comprasse uma boa troca de insultos com alguém. Infelizmente não tenho tempo livre para responder a todos os generosos comentários, nem conseguir arranjar tempo para plantar comentários nos blogs certos e não me motiva especialmente perder tempo com guerras blogosféricas.
A partir do segundo mês o Pipoco já era, a espaços, o "meu blog" e tive que me esforçar para que se mantivesse o registo que quis que tivesse. E no segundo mês já os amigos de uma vida me diziam que estava bem assim, que já chegava, que já tinham entendido o que eu lhes tinha querido dizer.
E mimaram-me com livros em formato pdf na caixa de correio electrónico e deixaram-me queijo de azeitão na bilheteira de uma casa de espectáculos e deixaram-me cêdês com o cheiro da casa das pessoas que os ofereciam e deixaram-me livros na recepção de um banco e deixaram-me mensagens a dizer que gostavam do que liam e também me deixaram mensagens a dizer que não gostavam e porquê, e desejaram-me um bom ano, só porque sim. Não deixei uma única mensagem de correio electrónico por responder, mesmo as que surgiam nas segundas-feiras-a-seguir-ao-Sporting-perder. E valeu a pena.
Muito obrigado aos que por aqui passaram, foi um privilégio saber que alguns se divertiam com isto do Pipoco.
A partir do segundo mês o Pipoco já era, a espaços, o "meu blog" e tive que me esforçar para que se mantivesse o registo que quis que tivesse. E no segundo mês já os amigos de uma vida me diziam que estava bem assim, que já chegava, que já tinham entendido o que eu lhes tinha querido dizer.
E mimaram-me com livros em formato pdf na caixa de correio electrónico e deixaram-me queijo de azeitão na bilheteira de uma casa de espectáculos e deixaram-me cêdês com o cheiro da casa das pessoas que os ofereciam e deixaram-me livros na recepção de um banco e deixaram-me mensagens a dizer que gostavam do que liam e também me deixaram mensagens a dizer que não gostavam e porquê, e desejaram-me um bom ano, só porque sim. Não deixei uma única mensagem de correio electrónico por responder, mesmo as que surgiam nas segundas-feiras-a-seguir-ao-Sporting-perder. E valeu a pena.
Muito obrigado aos que por aqui passaram, foi um privilégio saber que alguns se divertiam com isto do Pipoco.
Ruben Patrick famous last words
Sabes, Tio Mais Salgado, sempre me pareceram estranhos os teus fatos Zegna e as tuas gravatas Prada, sempre achei que umas calças Levi Strauss e uma t-shirt branca te ficariam melhor, combinam melhor com esse cabelo grisalho e com a barba de três dias, com esse sorriso sempre rasgado e com isso de achares que o mundo está por tua conta.
E, Tio Mais Salgado, devias experimentar deixar os teus Requiem descansar por uns tempos, empresto-te Mayra Andrade e Stacey Kent, escuta-as com atenção. E deixa-te disso do restaurante do Sheraton e do Eleven e do Porto de Santa Maria, dos Barca Velha e Pêra Manca, foca-te na companhia e verás que as bifanas das roulottes a acompanhar uma imperial Super Bock em copo de plástico te saberão pela vida.
Não te exasperes com os cotovelos em cima da mesa nem repares se ela adoça ou não o café, olha-a nos olhos e deixa-te ir, guia-te pelo toque da pele e pelos cheiros, sê instintivo. Os dias agora estão melhores, Tio Mais Salgado, aproveita para trocar o xadrez e o poker e o bridge por um barco a remos ou por um dia de praia na Comporta.
E finalmente, Tio Mais Salgado, tem paciência com a nossa equipa, habitua-te à ideia da travessia do deserto.
De resto, Tio Mais Salgado, está tudo certo.
E, Tio Mais Salgado, devias experimentar deixar os teus Requiem descansar por uns tempos, empresto-te Mayra Andrade e Stacey Kent, escuta-as com atenção. E deixa-te disso do restaurante do Sheraton e do Eleven e do Porto de Santa Maria, dos Barca Velha e Pêra Manca, foca-te na companhia e verás que as bifanas das roulottes a acompanhar uma imperial Super Bock em copo de plástico te saberão pela vida.
Não te exasperes com os cotovelos em cima da mesa nem repares se ela adoça ou não o café, olha-a nos olhos e deixa-te ir, guia-te pelo toque da pele e pelos cheiros, sê instintivo. Os dias agora estão melhores, Tio Mais Salgado, aproveita para trocar o xadrez e o poker e o bridge por um barco a remos ou por um dia de praia na Comporta.
E finalmente, Tio Mais Salgado, tem paciência com a nossa equipa, habitua-te à ideia da travessia do deserto.
De resto, Tio Mais Salgado, está tudo certo.
11 março 2011
Caramba, quase me esquecia...
Estava aqui distraído a olhar para os meus apontamentos e acabo de tomar consciência que, de acordo com as escrituras, este blog acaba amanhã (não posso contar com ninguém, está aqui um homem na sua vida e não há ninguém que avise que amanhã é o último dia).
Alguém tem uma boa ideia para o último post do Pipoco?
Alguém tem uma boa ideia para o último post do Pipoco?
Espírito de Natal (Capítulo da Bad Girl)
Guardei o livro da Bad Girl para o fim, questão de estatuto, afinal cruzamo-nos há vários blogs, a Bad a fazer de conta que quase suporta o Pipoqueano registo, eu a achar que a Bad diz cada vez melhor o que tem para dizer, mais solidária, mais deliciosamente corrosiva, com aquele sentido de humor que quase já não existe porque dá uma trabalheira.
A Bad podia vir cá a casa e escolher o livro que quisesse, desde que não levasse o Saramago autografado, seria um prazer. Sim, gosto verdadeiramente da Bad, não sei se se nota muito, aliás, gosto mesmo é da mulher que faz de conta que é a Bad, tirando aquilo do fêquêpê está tudo muito a meu gosto.
Bad Girl, aceite o meu Saint-Exupery. "O Príncipezinho", como é evidente.
A Bad podia vir cá a casa e escolher o livro que quisesse, desde que não levasse o Saramago autografado, seria um prazer. Sim, gosto verdadeiramente da Bad, não sei se se nota muito, aliás, gosto mesmo é da mulher que faz de conta que é a Bad, tirando aquilo do fêquêpê está tudo muito a meu gosto.
Bad Girl, aceite o meu Saint-Exupery. "O Príncipezinho", como é evidente.
Pipoco em modo magnânimo
Vá lá, Pólo Norte, não fique tristinha. Eu vou na mesma almoçar consigo um destes dias...
10 março 2011
Dos pipoqueanos saberes
De todas as verdades que eu sei, a maior de todas é que um homem só precisa de dois pares de sapatos. Uns pretos e outros castanhos.
(no meu caso, mas eu sou eu, acrescem uma botas de mergulho, outras botas para esquiar, uns pés de gato para escalada, umas botas de montanha e uns ténis para correr)
(no meu caso, mas eu sou eu, acrescem uma botas de mergulho, outras botas para esquiar, uns pés de gato para escalada, umas botas de montanha e uns ténis para correr)
09 março 2011
Pipoco em modo indeciso
E agora? Escolho a exposição das Heroínas no Thyssen ou a de Chardin no Prado?...
Talvez
Quando se te afigurar que nada tens de verdadeiramente novo para me mostrar, pensa nisso de ser certo que ocasiões houve em que andei à chuva, boca aberta para o céu e pés encharcados, roupa colada ao corpo, feliz, gosto de andar à chuva, mas nunca o fiz contigo, talvez a tua forma de andar à chuva seja melhor que a minha, talvez não andes de boca aberta para o céu, como eu, talvez a boca possa ter outros usos quando se anda à chuva acompanhado, quem sabe?, talvez me possas ensinar outra forma de assistir aos jogos da televisão sem ser desligar o som e colocar música, uma sonata se estivermos a ganhar, um requiem se estivermos a perder, talvez o teu "olá" matinal, meio interrogativo, meio supreendido por eu ainda estar ali me soe ainda melhor se for dito junto ao ouvido, com voz ensonada. Talvez.
Espírito de Natal (capítulo da Asinhas de frango)
Lá por eu não ser um fundamentalista nisto de os blogs serem a nossa cara, a prova é este blog, uma coisa sem rumo de pensamento nem ideias coerentes, a verdade é que gosto de ler quem me conte histórias da vida, com tempo de exposição moderada, uma espécie de vislumbre da pessoa a sério que está lá do outro lado. É por isso que está ali ao lado o Asinhas de Frango, da R.L. (já agora, que quererá dizer R.L.?).
R.L. ofereço-lhe Isabel Allende. "A casa dos Espíritos".
R.L. ofereço-lhe Isabel Allende. "A casa dos Espíritos".
08 março 2011
Espírito do Natal (capítulo da Lady Oh My Dog)
Se nos meus dias bons eu leio livros grossos, preferencialmente de autores russos, com nomes acabados em "vitch", que , como todos sabemos, significa "filho de", nos meus dias maus eu abro os vidros do carro, aliás, da carrinha, ainda não me habituei à ideia da carrinha, coloco o potentíssimo sistema de som, no volume vinte e quatro, introduzo um cêdê da Florence, infelizmente com os The Machine, abro o blog da Lady Oh My Dog, às vezes fico-me só pelo título do blog e vão-se metade dos aborrecimentos, outras vezes penetro a fundo naquela dinâmica de universos paralelos, incrivelmente bem escrtitos e, quando dou por mim , já estou na fila da segunda circular a pensar que sim senhores, aquilo é que é um blog que se pode lamber.
Lady Oh My Dog, ofereço-lhe Tostoi. "Anna Karenina".
Lady Oh My Dog, ofereço-lhe Tostoi. "Anna Karenina".
Palavra do Senhor
Ao contrário da corrente vigente, que se foca no mito urbano que é as mulheres terem o seu apogeu de beleza ali por volta dos vinte e cinco-trinta anos, a minha perspectiva sobre essa interessante temática é, como de costume, contrária à moral comum, defendendo eu, com o suporte de matéria vária de estudo, que a beleza de uma mulher, pelo menos aquele tipo de beleza capaz de me interessar, tem um nível zero ali por alturas dos vinte e cinco anos e se desenvolve em crescendo, como o Bolero de Ravel, até cerca de uma idade que não vou aqui quantificar, por respeito ao meu target de leitoras mais sénior, acrescentando-se a essa idade mais dois anos no caso de ela ser boa jogadora de xadrez.
O que acontece é que, se algumas mulheres perseguem este desiderato do nirvana da beleza, sem atropelos à verdade dos factos, mantendo um equilíbrio no desenvolvimento psicomotor que as conduzirá a uma beleza fulminante ali por volta da idade da Isabelle Adjani, outras investem no cavalo errado, cuidando que lhes é mais favorável manterem-se numa adolescência tardia e eterna, mascando pastilha elástica de forma a que o próprio Jorge Jesus se sentiria incomodado, adoptando um comportamento a que a própria miudagem da EB+S da Rinchoa chamaria de desviado ou ainda sendo desagradáveis com as pessoas, ameaçando mostrar o decote por tudo e por nada, o que não pode deixar de nos encher a todos de comiseração pela desgraça alheia.
Dito isto, e para que prossigamos todos numa harmonia que a todos nos conforta e é desejável, prossigamos então com os ensinamentos a que este blog habituou os seus fiéis.
O que acontece é que, se algumas mulheres perseguem este desiderato do nirvana da beleza, sem atropelos à verdade dos factos, mantendo um equilíbrio no desenvolvimento psicomotor que as conduzirá a uma beleza fulminante ali por volta da idade da Isabelle Adjani, outras investem no cavalo errado, cuidando que lhes é mais favorável manterem-se numa adolescência tardia e eterna, mascando pastilha elástica de forma a que o próprio Jorge Jesus se sentiria incomodado, adoptando um comportamento a que a própria miudagem da EB+S da Rinchoa chamaria de desviado ou ainda sendo desagradáveis com as pessoas, ameaçando mostrar o decote por tudo e por nada, o que não pode deixar de nos encher a todos de comiseração pela desgraça alheia.
Dito isto, e para que prossigamos todos numa harmonia que a todos nos conforta e é desejável, prossigamos então com os ensinamentos a que este blog habituou os seus fiéis.
07 março 2011
De as coisas serem como são
Esta problemática do Falâncio ganhar o Festival da Canção, coisa que tive que visualizar com os meus próprios olhos, acedendo às maravilhas da tecnologia que me permitem ver em diferido aquilo que nem sequer sei que está a acontecer em directo, é dolorosa para os Nunos Norte desta vida, um homem ali a trabalhar na dureza nos arranjos, a escolher o acorde certo e a musicar a letra perfeitinha e depois chegam uns tipos que se vê a léguas que nem ensaiaram em condições, a música logo se vê como é que sai, podiam estar ali como noutro lado qualquer e acabam mesmo por limpar a coisa, nem lhes apetecia muito, mas já agora cá vai disto, olha, já está.
(como nos blogs, certo?...)
(piscando o olho)
(ah, e enrolando um cigarro, claro, temos que alimentar o mito urbano)
(como nos blogs, certo?...)
(piscando o olho)
(ah, e enrolando um cigarro, claro, temos que alimentar o mito urbano)
Espírito de Natal (Capítulo da Miss Complicações)
Das coisas que me fazem espécie, das quais o estandarte-mor é perceber porque é que o Grimi não é despachado de vez para o Estrela da Amadora, a segunda maior é perceber onde estão as complicações da Miss Complicações, aquilo é uma delícia de escrita, um homem tem que procurar bem procuradinho para encontrar coisas disso dos nervos e de azedumes vários, das complicações, vá, aquilo é escorreito, até eu, que sou eu, percebo as coisas que a Miss Complicações escreve, logo à primeira.
Miss Complicações , reservei-lhe Garcia Marquez. "Amor em tempo de cólera"
Miss Complicações , reservei-lhe Garcia Marquez. "Amor em tempo de cólera"
06 março 2011
05 março 2011
Espírito de Natal (capítulo da Rosa Negra)
A Rosa Negra? É o meu blog doce, ora essa...
Rosa Negra, ofereço-lhe o meu Soeiro Pereira Gomes. "Esteiros".
Rosa Negra, ofereço-lhe o meu Soeiro Pereira Gomes. "Esteiros".
Em vinte e quatro horas
Escutei com atenção a conferência de um antigo Presidente da República do meu País que exortava os presentes à união e à acção, a não desistir, num discurso refrescante, escutei a seguir os industriais do meu País e contaram-me o que estão a fazer para não definhar, como estão a procurar alternativas para não estagnar, depois jantei com uma Presidente de Câmara que me mostrou ao vivo como se muda o destino traçado de um concelho, vi com os meus olhos os munícipes a saudá-la à passagem e ela a não se furtar a arranjar soluções para os pequenos-grandes problemas de cada um.
Foi por isto que me aborreceu ouvir há pouco os Deolinda no rádio.
(a M80 não passa os Deolinda. Nem a Antena 2...)
Foi por isto que me aborreceu ouvir há pouco os Deolinda no rádio.
(a M80 não passa os Deolinda. Nem a Antena 2...)
04 março 2011
Palavra do Senhor
No princípio foi a aposta e estava tudo muito bem, a aposta parecia fácil de ganhar. Mandou Pipoco que se colocassem uns Sebago ali ao lado e que se inventasse o nome certo para o blog. E foi o dia primeiro.
E disse Pipoco: "Que haja quem me dê um prémio". E surgiu a Isilda, que deu a Pipoco o prémio de pior blog e assim se cumpriu a palavra de Pipoco. E foi o dia segundo.
E disse Pipoco: "Que surja das trevas quem seja dono deste blog por um dia"; e assim foi, a Pólo Norte exorcizou os seus fantasmas e foi enviada para que se cumprisse a palavra de Pipoco e ficou com uma história para contar às gerações seguintes, que a ouvirão de olhos esbugalhados contar que um dia escreveu no Pipoco. E foi o dia terceiro.
E disse Pipoco: "Que todos saibam onde está Pipoco"; e assim foi, criou-se a lendária rubrica "Que estás a fazer neste momento, Pipoco?". E foi o dia quarto.
E disse Pipoco: "Apetece-me dizer uns palavrões e mostrar ao mundo um pouco de vulgaridade". E das costelas de Pipoco surgiu Pipoco Tabasco, para que se cumprisse a Palavra. E foi o dia quinto.
E disse Pipoco: “Que os meus conselhos sábios sejam passados às gerações vindouras”; e assim foi, do final dos tempos surgiu Ruben Patrick, ouvinte atento e executante excelente dos ensinamentos Pipoquianos. E foi o dia sexto.
E viu Pipoco tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom. E havendo Pipoco acabado a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra. E abençoou Pipoco o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que criara e fizera.
E disse Pipoco: "Que haja quem me dê um prémio". E surgiu a Isilda, que deu a Pipoco o prémio de pior blog e assim se cumpriu a palavra de Pipoco. E foi o dia segundo.
E disse Pipoco: "Que surja das trevas quem seja dono deste blog por um dia"; e assim foi, a Pólo Norte exorcizou os seus fantasmas e foi enviada para que se cumprisse a palavra de Pipoco e ficou com uma história para contar às gerações seguintes, que a ouvirão de olhos esbugalhados contar que um dia escreveu no Pipoco. E foi o dia terceiro.
E disse Pipoco: "Que todos saibam onde está Pipoco"; e assim foi, criou-se a lendária rubrica "Que estás a fazer neste momento, Pipoco?". E foi o dia quarto.
E disse Pipoco: "Apetece-me dizer uns palavrões e mostrar ao mundo um pouco de vulgaridade". E das costelas de Pipoco surgiu Pipoco Tabasco, para que se cumprisse a Palavra. E foi o dia quinto.
E disse Pipoco: “Que os meus conselhos sábios sejam passados às gerações vindouras”; e assim foi, do final dos tempos surgiu Ruben Patrick, ouvinte atento e executante excelente dos ensinamentos Pipoquianos. E foi o dia sexto.
E viu Pipoco tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom. E havendo Pipoco acabado a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra. E abençoou Pipoco o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que criara e fizera.
Pipoco observa os acontecimentos da mesa do lado enquanto toma o seu pequeno-almoço e tenta focar-se na leitura do "Financial Times"
Há poucas coisas tão constrangedoras como ver duas mulheres a disputar a atenção do tipo que manda.
03 março 2011
Ruben Patrick
Podes entrar, Ruben Patrick, senta-te na poltrona que está junto à lareira enquanto preparo uma bebida para nós, um Royal Salute 38 anos sem gelo para mim, um Cutty Sark novo com duas pedras de gelo para ti, distende-te Ruben Patrick, talvez Brahms te descontraia, não, Mika não tenho, que ideia a tua, Ruben Patrick, escuta, temos que falar, o Tio Pipoco vai ter que deixar de te aconselhar, a vida é mesmo assim, algum dia havíamos de nos separar, atenta nisto, Ruben Patrick, tivesse eu que te dar uma última orientação espiritual e dir-te-ia para rodares um Cohiba Lanceros por entre os dedos, escolhe uma esplanada com sol e pede um café duplo sem açucar e sorri, Ruben Patrick, porque, em verdade te digo, por mais que procures, nada encontrarás de mais estimulante que uma mulher inteligente.
Espírito do Natal (capítulo do Pedro Vieira)
De cada vez que o vejo ali a piscar na barra de blogs do lado direito, sinal que o Pedro Vieira prantou coisas novas no Irmão Lúcia, ainda outro dia estive nos Valinhos em casa da Irmã Lúcia, aquela dos óculos, e lembrei-me do Pedro Vieira, isto, em calhando, é pecado, mas, dizia eu que até se me dá os nervos a carregar no link do Pedro Vieira, com o sentido de visualizar a picardia nova que ele desencantou, quase sempre é uma coisa em bom, até havia de ser obrigatório na escola ensinarem as pessoas a apreender o humor fino, isto cá na minha maneira de ver as coisas, está bem de ver.
Pedro Vieira, tenho aqui para lhe ofertar Boris Vian. "Escritos Pornográficos", está claro.
Pedro Vieira, tenho aqui para lhe ofertar Boris Vian. "Escritos Pornográficos", está claro.
02 março 2011
Pipoco está contente
Daqui onde me encontro, perscrutando o horizonte com o meu olhar taciturno, ainda na posse de todas as minhas faculdades sensoriais, o que não poderei garantir que aconteça por volta das nove e trinta e cinco da noite, hora a que, com o sistema nervoso feito num molho de brócolos, abandonarei o estádio da luz, pelo meu próprio pé, aparentemente sereno e com porte digno, mas com o coração destroçado com a expulsão do Vukcevic e do João Pereira por se terem agredido um ao outro, vos informo que ali para os Oitavos, depois da cortada para o campo de golfe, isto do ponto de vista de quem vai para lá, em subindo e cortando à direita, encontrareis o The Oitavos, uma coisinha em bom, isto se não vos esticardes encomendando um Chateau Lafite, pode acontecer que vos esturriquem a dourada au meunier, mas logo o maitre, solícito, vos facultará um foie gras servido em fino pão tostado, para que sejam atenuados os vapores figadais do vinho a trabalhar em seco, de maneiras que tudo acaba bem quando está bem, as coisas são como são e isto é só um blog, de acordo com as escrituras, agora ide em paz.
(Não sei se será dos meus olhos, mas estão a passar o anúncio da Irina para a marca dos soutiens a seguir ao do Cristiano Ronaldo para o BES)
Há poucas coisas que tenham feito tão mal ao bom ar do Mourinho como este anúncio para o BCP.
01 março 2011
Dos pipoquianos saberes
Mais do que perguntar-lhe se está grávida e ela está só, digamos, cheiinha, mais do que gabar as mamas da melhor amiga, mais do que dividir a conta do jantar, mais do que não lhes reconhecermos as competências mínimas para nos motivar nisso das sexuais artes, o que realmente transforma uma mulher numa inimiga para a vida é retirar-lhe o link para o seu blog.
(diz que desamigá-la no Facebook também é desagradável, mas isso eu não sei)
(diz que desamigá-la no Facebook também é desagradável, mas isso eu não sei)
Espírito de Natal (Capítulo da Rititi)
A Rititi é a mãe de todas as bloggers, parecendo que não, está cá há mais tempo do que eu, sempre em grande estilo, a contar-nos histórias do outro lado da fronteira, eu ali a ficar suspenso das histórias da Rititi e do Mr. Pinheiro, naquele tempo eu próprio a ponderar as possibilidades de aceitar ir viver para madrid, eu a imaginar-me Mr. Pipoco e a pensar que um dia podia ir tomar um cortado na Castellana e lá estaria a Rititi a explicar-me como são as coisas ao mesmo tempo que escrevia o post genial do dia, sempre com um sentido de humor ao meu gosto.
Rititi, tenho aqui Camilo Jose Cela. "Vabagundo ao serviço de Espanha".
Rititi, tenho aqui Camilo Jose Cela. "Vabagundo ao serviço de Espanha".
Ontem...
...agradeci (Vieux Farka) Touré a quem me ofereceu (Gabriel) Fauré, troquei o nome ao estagiário novo, marquei reunião de trabalho em Madrid no dia de Carnaval, quis abrir a porta de casa com o cartão da empresa, entrei na reunião do Brent alto a pensar que estava na reunião do plano de marketing, fiz esperar uma hora o meu melhor amigo à hora do almoço.
Hoje estou melhorzinho, benza-me Deus Nosso Senhor.
Hoje estou melhorzinho, benza-me Deus Nosso Senhor.
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