30 junho 2013
29 junho 2013
28 junho 2013
Acabou de acontecer
Afinal andamos todos ao mesmo
Obrigado pela boa sugestão, meu caro Tolan.
27 junho 2013
Em verdade te digo, Ruben Patrick
Não te iludas Ruben Patrick, não te entristeças, não há amores para sempre, nem sequer nos livros, lembra-te da Luísa que não descansou enquanto não experimentou a que sabia o Primo Basílio, lembra-te de Florentino e Fermina , tanto tempo perdido, nos filmes é igual, vê tu que até o Rick e a Ilsa não tiveram senão Paris, em verdade te digo, Ruben Patrick, os únicos amores que são para sempre são os que nunca chegaram a acontecer.
Paradoxalmente
Os indivíduos que mandam naquilo os das centrais sindicais deviam dar o exemplo. Mas qual quê? nos dias de greve trabalham que nem desalmados...
26 junho 2013
Ruben Patrick escreve como Brad Pitt
Foi então que decidi tomar algumas medidas. Afinal, eu tenho a mulher que sabe fazer os melhores torresmos do mundo. Ela é a mulher ideal para metade dos homens e mulheres do planeta e eu era o único a ter o privilégio de adormecer ao seu lado ao fim de dois minutos da coisa. Comecei a mimá-la, imitava tudo o que ela fazia, até que ela desesperava e eu dava-lhe beijos e muitos elogios.
Surpreendia-a e tentava agradá-la em todos os momentos, passei a dobrar o pijama e aprendi a colocar a loiça suja mais perto do lava-loiças. Enchi-a de perfume Rexona e comecei a viver apenas com ela. Se bebia demasiado, só falava em público a seu respeito, das preferências cambalhotísticas dela e relacionava todos os assuntos com ela, de alguma forma, se passava junto do Trancão lembra-me dela, se ouvia "A minha sogra é um boi" dos Mata-Ratos, lembrava-me a mãe dela, e assim sucessivamente. Elogiei-lhe a competência na oralidade, a sós e em frente a toda a rapaziada do snack-bar da Gertrudes.
Podem não acreditar, mas ela começou a mudar. Tornou-se ainda melhor do que era antes. Fez uma plástica, unhas de gel, deixou de aparecer cá por casa, dizia que as coisas lá na repartição estavam atrasadas. Eu nem sabia que ela podia ficar até tão tarde, até porque a repartição fechas às seis, que eu bem vejo as luzes apagadas e tudo fechado. E então percebi: "Ela é capaz de andar metida com o Cajó".
Pipoco escreve como Brad Pitt
Foi então que decidi que era tempo que ela voltasse às antigas medidas. Afinal, eu tenho a amiga de decote generoso e medidas perfeitas mais bonita do mundo. Ela é a mulher ideal para os homens e mulheres do planeta e eu era o único a ter o privilégio de lhe dizer ao ouvido que não há coisa melhor que a quinta de Mahler. Comecei a mimá-la com viagens a Paris, esqui na Argentina e muitos elogios.
Surpreendia-a e tentava agradá-la em todos os momentos. Comecei a viver apenas para ela, a satisfazer todos as pequenas excentricidades, a satisfazer todas as pequenas exigências, o vestido Thierry Mugler, os sapatos Loubotain, o fim de semana em Veneza, o Aston Martin para os dias de calor. Só falava em público a seu respeito e relacionava todos os assuntos com ela, como seria a suite do Ritz sem ela, como seria o Vila Joya sem a sua presença. Elogiei-a a sós e em frente a todos os membros lá do Clube de Golfe, de que me fiz sócio para lhe agradar.
Podem não acreditar, mas ela começou a desabrochar. Tornou-se ainda melhor do que era antes, se é que percebem o que eu quero dizer. Ganhou peso, cortesia do Chef Adrià, deixou de andar nervosa e ama-me ainda mais do que antes. Eu nem sabia que ela podia amar tão intensamente. E então percebi: ‘Estou falido”.
(talvez apeteça ao Ruben Patrick passar por cá e dizer o que pensa desta interessante temática)
Olá, sou o Pipoco mais Salgado e estou aqui para ficar limpo
(nada de Madness nem Uprising nem Undisclosed desires, a situação é assim tão dramática. Mas Resistance, Knights of Cydonia e Supermassive Black Hole já disputam tempo de escuta com a Antena Dois)
23 junho 2013
21 junho 2013
Notas do Sul
Prokofiev acompanha muito bem uma segunda leitura de "Casei com um comunista", de Roth.
20 junho 2013
Siesta
Um dia, Pipoco decidiu rumar a sul no mês de Junho. E olhou Pipoco em redor e estava tudo muito bem.
19 junho 2013
Mau tempo
Mas as senhoras velhinhas, dizia eu, valem-se deste mau tempo para meter conversa, para me lembrar que só eu e senhoras velhinhas é que aguentamos estar na praia com uma ventosga destas, elas a falar de como os netinhos são formosos, eu a tentar aproveitar ser o dono da praia, a regressar do mar a escorrer água e sal e a sentir o respeito dos que ainda não tiraram os polares e as calças compridas, elas a perguntar se recomendo o livro, se sou de cá, credo, se não tenho frio. Eu vou respondendo, respondo sempre a senhoras velhinhas, resisto a ser monossilábico, que não tenho frio, que não, o livro não é nada por aí além, pensando de mim para comigo que, ainda assim, compara bem com a Hola e a Caras que estão a ler, que não, não sou de cá, sou de todo o lado, fecho os olhos, finjo dormir, as senhoras velhinhas dão-me algumas tréguas, imagino-as a olhar-me pelo canto do olho, esperando um sinal de vida, um movimento meu para voltarem ao massacre, eu a pensar que numa praia tão grande todas as senhoras velhinhas estão num raio de vinte metros, epicentro em mim.
18 junho 2013
17 junho 2013
Do Sul
(parece que os professores e os alunos e não sei quê...)
14 junho 2013
Mandasse eu nisto tudo,...
...que não mando, havia de inverter a lógica dos salários, a profissão melhor paga havia de ser a dos designers, os designers transformam o mundo num lugar melhor, as coisas têm mais classe, mais gosto, cabem melhor na mão, num mundo dominado pelos designers todos nos sentiríamos melhores pessoas e as pessoas, em se sentindo melhor, são mais felizes e, lá está, produzem mais.
Os segundos melhor pagos haviam de ser os que soubessem tirar café em condições, um especialista em equilibrar a nobre arte da pressão e da temperatura da máquina, cuidadoso com a escolha da mistura arábica versus robusta. Imediatamente a seguir, quase ao mesmo nível dos tiradores de café, no topo da pirâmide das pessoas que realmente importam, teríamos os barman que sabem fazer um bom gin tónico, a par com os que sabem tirar uma imperial em condições.
Finalmente, os que sabem assar peixe fresco como manda a lei, nada de escalar, uma coisa à antiga, os escritores, os músicos e os jogadores de xadrez.
E não havia mais profissões, estava feita a coisa.
Agora ide e anunciai
(agora, atenção, se referir que o sketch é da fase em que o John Cleese já não estava lá, a coisa muda de figura, não há que enganar, é um pormenor mesmo de quem conhece a obra)
13 junho 2013
As coisas são como são
Eu olhei para o carro, aliás, a carrinha de conceituada marca alemã que ali tinha entrado com um vidro partido, para os bilhetes dos Muse ainda no banco da frente, em cima do livro do Le Clézio, dei conta que estava com o meu fato às riscas e concluí que se calhar a rapariga tinha razão.
12 junho 2013
É só isto?
What happens in Alfama stays in Alfama
11 junho 2013
Depois dos Muse
Acontece, à razão de uma ocasião por semestre, chegar à viatura de conceituada marca alemã e deparar com um dos vidros estraçalhado e o interior da viatura de conceituada marca alemã razoavelmente revolvido. Olhando em redor, dotado da minha elevada capacidade de analisar situações e, melhor, de saber trabalhar os dados disponíveis, constato que todas as viaturas em redor da viatura de conceituada marca alemã se mantém incólumes, isto é, sem vidros estraçalhados. Sendo eu um indivíduo com atenção quase doentia aos pormenores e sendo dotado de um elevado sentido de propriedade, jamais deixo objectos ou documentos dentro da viatura de conceituada marca alemã, sendo, aliás, reconhecida a minha determinação em manter o interior da viatura de conceituada marca alemã num espartano regime de clean desk.
Neste contexto, o facínora não poderá alegar que foi atraído por algum objecto de valor, ainda que sentimental, que o tivesse fascinado de tal forma que justificasse o acto de estraçalhar o vidro, último obstáculo a ultrapassar até alcançar o almejado objecto de desejo. O facínora move-se então pela presunção, certamente baseada em lendas antigas, que, no interior de viaturas de conceituada marca alemã, há sempre algo que justifique o estraçalhamento de um vidro. Nem mesmo a evidência de um imenso vazio no interior da viatura de conceituada marca alemã o demove, o facínora, pura e simplesmente não crê no que os seus olhos lhe mostram e continua a preferir estraçalhar o vidro da viatura de conceituada marca alemã ao invés de tentar outros caminhos e, num assomo de empreendedorismo, tentar valorizar as viaturas de marcas italianas de fundo de catálogo.
Resumindo, o que eu gostava mesmo de partilhar com o vasto auditório, é que estava fresquinha ontem a autoestrada número um, entre as quatro e as seis da madrugada, no troço compreendido entre o Porto e a cortada para os meus domínios, mas não me fez diferença nenhuma porque eu estava a precisar de apanhar ar fresco, parecendo que não, ajuda.
Pouco passa das sete...
(*) Isso não existe, pá...
10 junho 2013
09 junho 2013
Olá blogosfera
07 junho 2013
Pipoco fala sobre leggings, ou lá como se escreve a coisa.
Sonhei com Lamborghinis roxos, está bom de ver
(mas não, apresentaram-no a Ortigão e deu no que deu, uma pasmaceira)
06 junho 2013
Oito da noite e tudo vai bem
05 junho 2013
Vou ensinar-te o segundo nível do jogo, Ruben Patrick
O que agora te queria dizer é que as coisas não são exactamente assim, fazer de conta que elas não são assim tão importantes só serve para elas se interessarem por nós, é só a primeira parte, se teimares em continuar o jogo dessa maneira a coisa perde o sentido. Na segunda fase, Ruben Patrick, não há nada que uma mulher aprecie mais que a atenção indisputada, nesta fase não te podes desfocar, Ruben Patrick, olvida de vez os bisontes, só conta ela, foca-te, faz de conta que só podes perder, que nada conquistaste, apruma-te, faz de conta que não há outra mulher no mundo igual a esta, e não há, Ruben Patrick, na verdade ela é única e, nota bem, dá-se o caso de te preferir a ti em vez de outro qualquer, logo a ti que ainda ontem andavas a fazer de conta que bisontes é que era, preserva-a como única e irrepetível porque, Ruben Patrick, se a perderes, não encontras outra igual.
Não tarda nada e isto é um blog cor-de-rosa
04 junho 2013
Acabou de acontecer
Acho que isto é a história da minha vida.