31 outubro 2010
Da cidade
Da genética
30 outubro 2010
Do acreditar nas coisas
Das coisas serem como são
As mulheres, para eu acreditar em tudo o que me dizem, haviam de trabalhar melhor a expressão corporal.
29 outubro 2010
Eu, se fosse a vocês, começava sempre pela sobremesa. É que há sempre qualquer coisa que pode fazer o mundo acabar a qualquer momento.
Das descobertas de Pipoco
Minhas senhoras, dizendo isto de uma forma diplomática, é por estes pormenores que o meu esforço no sentido do entendimento dos meandros das motivações femininas é uma causa perdida.
28 outubro 2010
Post das oito is back
Acho que isto é capaz de ser um sinal. Como de costume, não sei que sinal será.
Das apostas
(era isto ou então escrevia sobre como estou confortável a ver episódios antigos do "Allo, Allo", chinelinhos nos pés, cobertor por cima das pernas, musiquinha de Toto Cotugno em fundo, se calhar não era tão snob-chic como aquilo do apostar)
26 outubro 2010
Os problemas das mulheres
Sentai-vos aqui em redor do Tio Pipoco, vou explicar-vos como se faz um hate-blog em condições
i) A problemática da Isildação dos hate-blogs.
Figurinhas fofas e muitas imagens sacadas da net prejudicam a credibilização da coisa, hate-blog que é hate-blog quer-se com escrita incisiva, fundo preto, eventualmente com umas nuances a vermelho. O (eventual) leitor, quando vê muitas figurinhas, peluches e tal, tende a não se focar no processo de detestar com força o blogger focado e, bocejando, muda de canal e sintoniza um blog dos bons.
ii) A problemática da falta de adesão do público
Hate-blog sem público ululante que se revolte em massa contra o visado no hatebloggeriano post do dia, é coisa que me dilacera o coração. É certo que existe um esforço notório dos autores de hate-blog no sentido de promover a sua criação, na forma de comentários anónimos elaborados pelos próprios no fantástico blog dos visados, quase sempre com a fórmula "olha o que dizem de ti". Este esforço é inglório, o visado remete estes comentários para a profundeza da rejeição e a coisa não se dá. Resta a animação da caixa de comentários , promovida pelo próprio hate-blogger, respondendo a si mesmo e a coisa acaba por resultar num processo em que os leitores ocasionais acabam por ter pena do hate-blogger, o que é manifestamente contrário ao objectivo inicial.
iii) A problemática do conteúdo
Quando se deseja trucidar determinado blog, há que fazer o trabalho de casa. Um post que diga "O Pipoco é careca" esvazia-se em si mesmo, a revelação bombástica perde actualidade no preciso momento em que é publicada. Um hate-blog em condições não afirma, antes insinua, cozinhando o blogger objecto do post em lume brando. Por exemplo, insinua-se que "não há registos de Pipoco ter utilizado o barbeiro da sua rua nos últimos dois anos", criando-se assim no espírito do (eventual) leitor que temos caso, obriga-se o (eventual) leitor a pensar, a tratar a informação que lhe é fornecida e a tirar a conclusão final "Pipoco é careca", não sem antes se especular longamente, consultando vizinhos de Pipoco (que confirmam que Pipoco está em fase de tratamento capilar), bloggers que conhecem pessoalmente Pipoco (que insinuarão que é estranho Pipoco apresentar-se sempre de gorro).
iv) A problemática das ideias claras
Meus caros, um post, uma ideia-chave. Nada de misturar duas ideias num post, um hate-blog quer-se assertivo, demolidor, com um soundbite forte e inequívoco. E, por quem sois, escrevei sem erros de ortografia.
25 outubro 2010
Breve iniciação à temática hatebloggeriana
(estou capaz de fazer aqui uma formação subordinada à temática "como fazer um hate-blog em condições", uma coisa que as pessoas efectivamente leiam e acenem com a cabeça, o que será sinal de que as pessoas estão a pensar "sim senhores, aqui está um hate-blog em condições")
22 outubro 2010
Generation gap
O meu pai disse-me que eu hoje estava vestido com muita elegância.
Ambos tinham razão.
(A verdade é que a música que me veio à cabeça ontem foi aquela da rapariga que se veste com bifes, "Roberto", ou lá o que é)
21 outubro 2010
Quase-pedante
Quase pedante. Um homem anda aqui há sete meses a trabalhar os conteúdos editoriais, a falar de charutos cubanos e de whiskeys irlandeses, de vinhos do novo mundo e restaurantes com listas de espera de três meses e, no fim deste esforço titânico de pedantismo, ainda há quem me ofenda e me diga que não passo de um quase-pedante.
(Não me sinto tão humilhado desde aquele dia em que, ao sair do Alla Scala, lembro-me que eu vestia um adequado sobretudo Prada, fui jantar ao Sadler e não havia carpaccio de lagosta).
20 outubro 2010
Quase, eu disse quase...
Post das oito da manhã
(ah, Pipoco, isso não é para as pessoas verem, é para o dono do blog ouvir a musiquinha)
(bem, talvez fosse mais fácil ouvir no iPod, sempre escusavam de ligar o portátil, abrir o blog, procurar o post e, por fim, embevecidos, escutar a musiquinha)
(ah, Pipoco, cada um é livre de postar o que quer!)
(está bem, ficamos assim...)
19 outubro 2010
Disso, da autoridade moral
Já na ilha, Ruben Patrick corre ao encontro de Cátia Vanessa e encontra-a a festejar na rua, a erupção tinha parado. Ruben Patrick conta a Cátia Vanessa toda a sua saga para chegar ali, sacrificando até a sua dignidade. Cátia Vanessa fica horrorizada e diz-lhe que nunca mais o quer ver.
(se eu fosse disso das psicologias, perguntaria "Quem teve a postura moral mais elevada"?)
Que isto não são tudo flores
E isto, parecendo que não, é aborrecido.
18 outubro 2010
Meu bom rapaz, perguntasses ao Tio Pipoco como se fazem essas coisas...
O pormenor, e sabeis como eu acho que os pormenores são mandatórios, é que há borboletas cor-de-rosa a sair da cabeça dela, e acho que foi aqui que ele deitou tudo a perder, em minha opinião foi aqui que tudo se esboroou, as borboletas estão na pessoa errada, reparem, é ele que está a pedi-la em casamento, mas é ela quem tem borboletas a sair da cabeça, nem eu, que sou eu, teria este excesso de confiança, as borboletas haviam de sair do estômago dele, toda a gente sabe isto, ninguém me tira que não foi por este pormenor que ela lhe disse que se calhar era melhor não.
A cada um o blog que merece
Mas não, tenho o Pipoco.
Sexo
17 outubro 2010
Grandes inícios
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram"
Luis Vaz de Camões, in "Os Lusíadas"
"No princípio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. E disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã,o dia primeiro."
Moisés, in "Livro do Genesis"
"Temos então que eu, o vosso Pipoco, perdi uma aposta. Aliás, nem sei se realmente perdi a aposta, os efeitos colaterais de um bom vinho são assim mesmo, mas sou um homem que acredita nos seus amigos e. se me disseram que perdi a aposta é porque, efectivamente, perdi a aposta"
Pipoco Mais Salgado, in "Pipoco Mais Salgado"
16 outubro 2010
Das aditivações
Agora, livre desse vício nauseabundo que quase me fez perder tudo o que de bonito alcancei na vida, quase têm que me segurar quando, no campo alcançavel pela minha visão periférica, deparo com pessoas a ingerir pastéis de nata, eu vocifero, eu tento chamá-las à razão para o espiral destrutiva em que se encontram, eu ofereço o meu ombro amigo para as livrar dessa aditivação que quase me desgraçou.
E por isso irmãos, em verdade vos digo, percebo perfeitamente as que já foram aditivadas em blogs e que agora sorriem, beatíficas, enfim livres desta tremenda aditivação que é escrever e, mais ainda, entendo as que perseguem agora os comentadores anónimos como os caçadores de nazis perseguiam vocês sabem quem, as aditivações são mesmo assim, digo-vos eu que agora fiquei aqui com o sabor do cheiro de um pastel de nata quentinho, quentinho.
15 outubro 2010
(se isto não for um post capaz de aborrecer toda a gente, então não percebo nada de posts que aborrecem toda a gente)
Acabo a sessão com quarenta e sete papelinhos com coisas bonitas escritas, verifico que o segundo com mais strokes positivos teve uns míseros oito papelinhos.
Concluo que estes tipos são bons a gerir a progressão na carreira.
Dez segundos
Eu a entregar os bilhetes e a pedir à secretária que mude a reserva para outra pessoa, que me apececeu que fosse em meu lugar.
Eu a não falhar a promessa que fiz ao filho, de assistir ao treino de atletismo, à mesma hora do jogo lá em Istambul.
14 outubro 2010
Breve teorização sobre o facto de me ter vagamente apercebido da existência de umas pessoas que não têm pudor em exibir a sua falta de gosto
Uma forma de validarmos o nosso sucesso enquanto fazedores de opinião é sermos citados em blogs que se destinam a interpretar a nossa palavra sábia e a dar o passo seguinte, que é teorizar sobre as nossas orientações sexuais, a nossa vida afeciva e demais pormenores das nossas vidas pessoais. Esta atenção que sobre nós recai aumenta-nos a responsabilidade e coloca as luzes ainda mais em cima das nossas singelas personas, dá-nos tempo de atenção e, em última análise, engrossa o número dos que já não podem viver sem uma palavra nossa, os que bebem do nosso verbo fácil.
Neste contexto, é inquestionavelmente relevante o papel destes blogs interpretativos da nossa mensagem, para além da já referenciada validação do nosso papel na educação da sociedade, uma vez que, é bom de ver, os bloggers com menor protagonismo no avanço civilizacional não rendem tanto enquanto objecto de citação.
O nosso papel é sorrir, magnânimos, sempre sem retorquir, esperando que a ausência da nossa reacção potencie o efeito de lenda e que seja transformado em mito urbano esse tema tão determinante para a evolução do género que é discussão sobre a quantidade e a qualidade das nossas parceiras sexuais.
(e, já agora, esperar que as nossas amigas blogosféricas, sempre prontas a defender-nos com todas as suas forças, sempre esforçadas em que o mundo dê por elas, sempre sedentas de se alinharem na defesa de causas justas, não estraguem a coisa indo comentar em nosso nome...)
Pipoco em modo parco de ideias (é aproveitar...)
Até hoje.
13 outubro 2010
A tristeza não é uma coisa com glamour, meninas.
Pipoco também sabe criar vagas de fundo
(e agora o respeitável público deixa uns comentários subjacentes à ideia de lhes ser dolorosa a ideia de um mundo sem Pipoco, alternativamente questionam a razão de viver sem o post das oito da manhã)
12 outubro 2010
Sou eu quem te diz, Ruben Patrick...
11 outubro 2010
A fama que me precede, da minha excentricidade, também ajuda, é claro...
Pipoco em modo magnânimo
E agora, falo de quê?
10 outubro 2010
Das noites de chuva
08 outubro 2010
Os problemas das mulheres
Problemas, a minha vida é só problemas.
Mas eis que outra problemática se coloca perante mim, decidirei ficar o fim de semana no Porto e aproveito para ver a exposição da Grazia Toderi em Serralves, ou faço a viagem de regresso para Lisboa e vou ao S. Carlos ouvir Mendelssohn?
Pipoco em modo indeciso
07 outubro 2010
Da literatura
A minha vida é isto, falhar.
A minha memória diz-me que tenho seis amigos com quem não pode passar desta semana ir almoçar.
Uma espécie de Isilda, mas em gajo, by Pipoco Tabasco
06 outubro 2010
E pronto, descansai, voltamos ao registo snob-chic
(talvez ela tenha melhor jogo que eu, mas eu posso sempre escolher não ir a jogo. e ela não)
Pipoco fala (outra vez) de anónimos - segunda entrega
Mas, Pipoco, você não se chama realmente Pipoco, pois não? Logo, também é anónimo.
É certo, não me chamo realmente Pipoco, nem me vou preocupar a investigar como terão chegado a esta conclusão. Pipoco é um pseudónimo, podia ter sido uma escolha mais feliz, é certo, mas a verdade é que me deu muito jeito para aquilo da aposta. Acontece que, quando comento, utilizo este pseudónimo, quem quiser pode seguir o perfil e chegar aqui ao blog, pode ler o que escrevo, pode concluir que sou um tipo genial ou uma perfeita nulidade, pode avaliar o que escrevo e pode comentar, pode fazer um link chamando a atenção do público em geral para uma qualquer barbaridade que eu tenha escrito. Exponho-me e respondo pelo que escrevo, há uma caixa de mail para onde podem enviar a sua crítica e podem ter a certeza que quem responde ao correio sou mesmo eu, o tipo que se diverte com a fazer de Pipoco (eu sei, eu sei, não sou nada sexy a responder a correio electrónico...).
Mas, Pipoco, há comentários anónimos que você publica. Qual é o critério?
Já aqui expliquei que este blog não é uma democracia. Publico o que me apetece e selecciono os comentários que entendo. Mas a verdade é que, mesmo não publicando, não deixo de ler comentários ofensivos, desagradáveis e que implicam com a minha vida pessoal. Os anónimos que desprezo são estes, pensei que não era preciso explicar que comentários anónimos construtivos, ainda que manifestando discordância com o que escrevo são sempre publicados. Aliás, é normal publicar comentários acintosos de bloggers identificados e rejeitar comentários anónimos que ofendem o blogger que escreve o comentário acintoso.
Mas, Pipoco, há uma opção que é não aceitar comentários anónimos
Sim, existe essa opção. Acontece que não desejo utilizá-la, tão só isso.
Mas, Pipoco, você não é superior a essas coisas?
Não se trata de ser superior ou não. Trata-se de tolerância zero para com a cobardia, hoje serei eu, um dia destes poderá ser um de vós a ser alvo de um ser abjecto (normalmente alguém que nos/vos conhece bem) a tratar de fazer assassinatos de carácter, na sombra. E, caramba, a blogosfera é tão pequena, qualquer um é capaz de reunir meia dúzia de informações pessoais sobre pessoas que não conhece e infernizar-lhe a vida, qualquer um com tempo livre consegue a confiança de alguém que conhece alguém que me conhece a mim ou a vós, é facílimo. Trata-se de vincar bem o desprezo, de deixar claro quer esta gente que faz pela calada, não tem cabimento na blogosfera, trata-se de deixar claro que eu, o tipo que escreve o Pipoco, acha que a cobardia e a incapacidade de se dizer sem rodeios o que nos vai na alma, é deplorável, acho que é coisa capaz de matar os blogs, já vi blogs acabaram por causa disto.
Ajude o Pipoco
Pipoco também fala dos anónimos
Como não poderia deixar de ser, a minha visão sobre os anónimos (vá lá, todos sabemos que na verdade são quase sempre anónimas...) é bastante espectacular e merece ser partilhada, na verdade não é o teor do comentário que me agasta, o que me deixa incomodado é o que está por detrás do anonimato, quase sempre é gente que amocha na vida real, que não consegue dizer olhos nos olhos o que lhe vai na alma, é gente que não reclama quando lhe passam à frente na caixa do supermercado mas depois fica ali a remoer e em vez de um natural "desculpe, não se importa de ir para o fim da fila?" fica ali a engendrar planos e acaba por esvaziar o pneu do carro do tipo que passou à frente que, se calhar até estava distraído, é gente que é servil para o chefe merdoso, mas que depois põe a circular que "disseram-me, eu não sei de nada, mas parece que viram o chefe a fazer de drag queen ontem à noite, de facto ele hoje está cá com uma olheiras...". É isto que me agasta, esta cobardia, esta opção por ser rasteiro, por ficar escondido atrás das moitas, estes seres, nas suas vidas reais, são viscosos, moem o sistema.
Percebo perfeitamente que haja quem não se identifique com aquilo que escrevo ou que me cole um determinado rótulo de personalidade, afinal quem anda à chuva molha-se, percebo perfeitamente que as pessoas se sintam tão agastadas com o que aqui lêem, que sintam necessidade de o verbalizar, seja na forma de mail, na caixa de comentários ou ainda no seu próprio blog. A estes respondo quase sempre, explico o contexto se achar que o devo fazer e sinto que no final ganhámos todos.
E por hoje é tudo, não penso voltar à temática. A não ser que me volte a apetecer, lá está.
05 outubro 2010
Acentuado arrefecimento nocturno
04 outubro 2010
Não se preocupem, eu estou bem, sou o Pipoco
Da previsibilidade
Do concerto de ontem
03 outubro 2010
02 outubro 2010
Das longas noites de amigos
E é por esta ordem de factores que escapam ao meu domínio que os meus amigos quase nunca podem dizer "este gajo bebeu demais, pá".
(Se não fosse aquele "quase" este blog era capaz de nunca ter visto a luz)