09 março 2011
Talvez
Quando se te afigurar que nada tens de verdadeiramente novo para me mostrar, pensa nisso de ser certo que ocasiões houve em que andei à chuva, boca aberta para o céu e pés encharcados, roupa colada ao corpo, feliz, gosto de andar à chuva, mas nunca o fiz contigo, talvez a tua forma de andar à chuva seja melhor que a minha, talvez não andes de boca aberta para o céu, como eu, talvez a boca possa ter outros usos quando se anda à chuva acompanhado, quem sabe?, talvez me possas ensinar outra forma de assistir aos jogos da televisão sem ser desligar o som e colocar música, uma sonata se estivermos a ganhar, um requiem se estivermos a perder, talvez o teu "olá" matinal, meio interrogativo, meio supreendido por eu ainda estar ali me soe ainda melhor se for dito junto ao ouvido, com voz ensonada. Talvez.
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Anda docinho, o mais salgado. Muito bom.
ResponderEliminarTalvez me possas dizer quantos farão do próximo 12 um número suficiente para dizer que estamnos cansados.
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