06 janeiro 2014
Homens que se esforçavam quando o meu país não estava a ganhar
De todos os jogadores do Benfica, para além de Roberto e de Yannick Djaló, sempre gostei de Eusébio, um símbolo como já não há e um daqueles nomes que, dito para além de Badajoz, despertava simpatia, uma boa conversa sobre os seus feitos e, no meu caso pessoal, lençóis limpos e uma palmada de amizade nas costas numa carruagem-cama de um comboio búlgaro. Nunca vi jogar Eusébio ao vivo e sempre evitei assistir aos filmes dos seus melhores golos, sou um homem prudente e sei bem que num qualquer condensado de golos de Eusébio haverá sempre alguém com camisola às listas horizontais (naquele tempo eram riscas brancas e cinzentas) a levar um nó cego de Eusébio e um guarda-redes de leão ao peito, desalentado, a ir buscar a bola ao fundo da baliza. Eusébio era grande e cultivava alguns valores que me são simpáticos, era homem apreciador do que de bom a vida nos dá e daqueles homens capazes das amizades mais improváveis, sempre com aquele estilo de quem sabe que é quem é, mas faz de conta que não, que é só mais um. E era isto.
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Um eco na eternidade.
ResponderEliminar"sempre com aquele estilo de quem sabe que é quem é, mas faz de conta que não, que é só mais um".
ResponderEliminarPalmas para si caro Pipoco. E era só isto.
Salazar e a guerra colonial acabaram-lhe com a carreira internacional e o futebol salvou-o da miséria. Uma vez encontrei-o, copo na mão, ele e eu também. Ele era já velho, mas continuava com um físico espantoso. Tinha um porte de senhor. Não é para todos.
ResponderEliminarMaria Helena
Grande EUsebio
ResponderEliminarPubliquei no meu blog nesse di. Dizia mais ou menos isto :
ResponderEliminarhttp://m.youtube.com/watch?v=2Sv78ETx4jw
É do mundo inteiro.
Respect.
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