09 outubro 2012
É a economia, estúpido!
O que importa é manter o dinheiro a correr, meu caro Gaspar, em correndo o dinheiro a coisa dá-se e todos ficamos felizes, ele há uma história que se conta aos do primeiro anos de Economia que ilustra a coisa, é um tipo que chega a um hotel e o quarto custa cem euros, o tipo deixa a nota de cem euros em cima do balcão da recepção e pede para ver o quarto, se não gostar recolhe a nota, e ali está a nota de cem euros e o tipo do hotel diz à recepcionista para pegar nos cem euros e ir a correr pagar ao tipo do talho que não entregará os bifes se o tipo do hotel não pagar a dívida de cem euros que lá tem e a recepcionista sai a correr e paga ao tipo do talho que por sua vez usa aqueles cem euros para pagar ao tipo que lhe estava a arranjar o sistema de frio que, com os cem euros na mão, se lembra de que ficou a dever cem euros ontem no hotel, uma coisa com uma loura que agora não vem ao caso, e segue para o hotel para pagar a dívida e, no preciso momento em que entrega os cem euros, chega o tipo que foi ver o quarto, afinal não gostou e o gerente, sorriso nos lábios devolve-lhe a nota dos cem euros e é assim que a coisa se dá, meu caro Gaspar.
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E a Economia é isto. Isto e confiança. Se não há confiança, não há dinheiro.
ResponderEliminarhistoria engraçada que já me tinha sido contada mas com nomes cá da terrinha, o que tornou a coisa mais realista...mas a economia é isso mesmo, é preciso incentivar a gastar e não a poupar, fazer mecher o dinheiro...
ResponderEliminarEu estou tentada a lançar um vinho da marca Keynes... pode ser que, depois, paguem a alguém para enterrar e desenterrar as garrafas...
ResponderEliminarE o tipo do hotel que tinha de inicio uma divida para receber de 100 euros, ficou no fim da historia com a divida saldada mas sem ver a nota de 100 euros na caixa.
ResponderEliminarEnquanto houver gerentes de hotel que não sabendo fazer contas "esqueçam" dividas de sorrisos nos lábios, é assim que a coisa se dá, meu caro Pipoco :)
Caro JF quem é que não sabe fazer contas?
EliminarO gerente do hotel tinha uma divida de 100€ para receber e outra para pagar, nesta troca de notas ele recebeu os 100€ que lhe estavam a dever e ainda pagou a sua própria divida...
Sorte a dele que não teve o Estado pelo meio que tão lesto é a receber e que se esquece facilmente de pagar...
EliminarBom post tio.
ResponderEliminarTal e qual a minha "ginástica" de há uns bons anos a esta parte. Mas parece que temos cada vez mais "pesos" colados às pernas e aos braços, para nos dificultar a ginástica que tão bem faz à economia. Isto nos meus tempos de estudante tinha um nome: Estado predatório. Afinal não existem só em África...
ResponderEliminarCaro Pipoco, é um prazer tê-lo de volta.
ResponderEliminarÉ assim, tão linear como 1+1= 2, sem projecções em Excel nem apresentações em PowerPoint !
ResponderEliminarAndámos a ler a crónica do Miguel Sousa Tavares? Mas não leve a mal, Pipoco, se lhe disser que esse exemplo, além de antigo, está mal conseguido, ilustra o maravilhoso mundo financeiro, onde o dinheiro circula sem gerar qualquer valor. E toda a gente sabe que uma economia sustentável terá de gerar valor. Como se disse em Yale, é a economia estúpido!
ResponderEliminar(e assim cai um mito, o problema de "as coisas serem como são" é ninguém perceber muito das coisas embora todos achemos que sim e isso, parecendo que não, entristece-me)
Stiletto, o Sousa Tavares fez-me recordar esse exemplo clássico.
Eliminar(e, fosse este um blog sério, podíamos ficar aqui a discutir o conceito de geração de valor)
Stiletto, absolutamente de acordo em género e numero: lembra em muito o último MST; o facto de não se gerar valor, estamos a pagá-lo bem; e o exemplo serve só o mito da maravilhosa especulação financeira... enfim...
EliminarBoa noite
(não levará a mal se lhe disser que tenho saudades desse seu blog mais sério, o Pipoco é engraçado mas na verdade gosto mais quando "ele" se esquece que é o Pipoco)
EliminarStilleto permita-me que discorde do seu comentário.
EliminarPipoco desculpe insistir no assunto apesar de concordar que não será com certeza o espaço indicado para este tipo de réplicas, mas não resisto.
Há duas fases num negócio. O negócio em si e o pagamento (caso do exemplo). Ora o valor não se gera nesta fase, como bem deve saber, mas sim na fase da transacção (de bens ou serviços). (a velha confusão entre o financeiro e o económico)
Partindo do princípio que as transacções não foram a margem 0% o valor já foi gerado anteriormente. Mas onde é que é fulcral o lado do pagamento para a economia? Na circulação do dinheiro, evidentemente!
Por isso eu acho que este é um belo exemplo clássico e que será válido aqui, em Yale ou noutro lado qualquer.
( e esperemos que a maioria dos nossos gestores saiba a diferença, ou será por isso que as empresas não pagam: porque acham que isso não gera valor? A ser o caso isso sim é que me entristece)
Maria Teresa
Essa da geração de valor é de facto relativa.
ResponderEliminarMas gostei da imagem.
Acho que o problema é que o dono do hotel, vendo-se com uma nota de 100 euros na mão, que ainda não sabia que era sua, em vez de pagar a sua dívida, ia sei lá, comprar um sofá novo para o hall do hotel ou, pior, ia comprar uma prenda para a mulher. O que estragava aqui a teoria toda do dinheiro a circular, mas a mulher tinha a sua prenda que, no fundo, é o que interessa.
ResponderEliminarque bela maneira de explicar!
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