10 outubro 2012
Post das oito
Nas semanas em que me ocorre que é urgente sair daqui, que o mundo é a minha casa e que do outro lado do mundo a vida podia ser igual, só que em muito melhor, nessas semanas meto uma muda de roupa na mala que está sempre pronta e tem Eça e Saramago lá dentro, faço-me à nacional cento e catorze, páro em Vendas Novas para uma bifana e uma cerveja que me aguentem por mais duas horas de bons caminhos e só volto a parar em Vila Viçosa, mesmo a tempo dos concertos na Igreja do Paço nas últimas sexta feira de cada mês, depois são umas migas com carne do alguidar e uns enchidos de porco preto que estão capazes de acompanhar meia garrafa de tinto do Redondo, depois há a pousada, o quarto com mesas cá fora, ler ao sol, a visita ao Paço à primeira hora da manhã, deliciar-me com os frescos no tecto, voltar aos livros e à sopa de cação, voltar para a cidade grande e pensar que afinal é capaz de ser melhor ficar por cá e ajudar a levantar isto de uma vez por todas.
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Vai ser difícil levantar isto, mas daqui não saio, daqui ninguém me tira.
ResponderEliminarque liberdade invejavel... ei quando tenho esses acessos tenho de me trancar na casa de banho, de olhos cerrados e phones nos ouvidos! :P
ResponderEliminarVila Viçosa é sempre um excelente destino. Já perdi a conta às vezes que visitei o Palácio. Importa não esquecer também a admirável colecção de armas.
ResponderEliminarConfiando no seu bom gosto, não posso deixar de recomendar o restaurante "A Maria" no Alandroal, a tão poucos minutos de Vila Viçosa, ou mesmo "A Chaminé", também no Alandroal, onde tenho a certeza que será muito bem servido.
Recarregar baterias,lavar a alma na paz e na tranquilidade boçal, com música na capela do Paço Ducal e boa e tradicional gastronomia alentejana, voltar rejuvenescido e pronto para continuar a "luta"... que bom..
ResponderEliminarConfirma-se o encanto de Vila Viçosa. Evitar a pousada em Agosto, demasiado cheia. Restaurante é a "Taverna dos Conjurados". Sempre que passo por lá não resisto.
ResponderEliminarO restaurante "A Maria" no Alandroal, faz os melhores secretos de porco preto que já comi.
O mundo continua lá fora.
Meu caro Troll, Vila Viçosa nunca em Agosto. E sim, a Taverna dos Conjurados (agora só abre ao fim de semana) é dos poucos sítios onde aceito sem reserva o vinho da casa (creio que é de uma propriedade da família). E "A Maria", desde que se reserve com antecedência e não se chegue depois do meio dia e meia, é sempre uma aposta certa.
EliminarOs secretos estufados do restaurante "A Maria", para além de diferentes de todos os outros, são deliciosos. E a carne de porco com ameijoas (não daquelas congeladas compradas no supermercado mais próximo) da "Chaminé"? A massa de pimentão caseira é de chorar por mais.
EliminarPois sim, toca a arregaçar as mangas, levantar os pés (no sofá), ajeitar o pescocinho (numa almofada de penas) e ter sempre à mão uns amendoinzitos e um dedito de Chivas que isto, bem, isto vai mesmo muito mal. :)
ResponderEliminarTenho saudades dessa liberdade e como continuo a gostar de te ler. :-)
ResponderEliminarSporting a Campeão!
ResponderEliminarI <3 Pipoco!
(Como? Referia-se ao país? Ok, também pode ser.)
AnaB
Pegando na sua sugestão, também eu colocaria meia dúzia de coisas numa qualquer mala, entraria ali em Alcácer do Sal, pararia num restaurante logo à entrada de Alcácer (talvez "o Nene"), onde somos atendidos como se fizéssemos parte da família. O peixe grelhado é daqueles que nos fica na memória, mas o dono recusa-se terminantemente a servi-lo com batatas fritas (episódio que tive oportunidade de assistir ao vivo e a cores, entre um nosso conhecido actor e o próprio do dono do restaurante, que depois de várias altercações, termina no pedido do livro de reclamações por parte do actor e com o dono a teimar que naquele restaurante o peixe é servido com batata cozida e nunca frita, o que faz toda a diferença).
ResponderEliminarMais tarde ficaria um pouco em Évora, se possível numa quinta-feira, para coincidir com as noites de fado ao vivo e petiscos alentejanos ali no Café Alentejo. Que de café não tem nada, e é mais uma antiga taberna, mas em bom (convém não visitar em noites de verão, quando existem desfiles de moda na praça do giraldo e o Café Alentejo enche-se de todo o jet7 e meio, que inclui Lisboa e arredores e mais arredores existissem que estariam lá de certeza). Sabe bem beber um bom vinho alentejano, comer migas e outras petiscos que não incluem migas,e ficar por ali até às tantas a ouvir fados, a conversar e petiscar. Sei eu, por experiência própria que o Café Alentejo não fecha enquanto o último cliente não sai, isto nos fins-de-semana e os empregados são assim do mais simpático e atencioso que se possa imaginar.
Confesso que com isto tudo, não tenho qualquer vontade, de voltar à cidade grande, para levantar o que quer que seja.
Pipoco e Estremoz não? Conhece? Faço lhe um roteiro se quiser.
ResponderEliminarE é por um pouco disso tudo mais umas particularidades (transmontanas) que não parto...
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