01 outubro 2018

O cavalheiro que agora se levanta da mesa ao lado da minha

Não foi o Thomas Mann que lia pausadamente nem o chapéu de feltro azul que tinha pousado na cadeira ao lado, não foram os modos de velho cavalheiro com que encomendou o café à empregada que o olhava com deslumbre, não foi o cabelo branco farto e bem penteado, não foi o casaco de corte irrepreensível que manteve sempre vestido, não foi a forma gentil com que se referiu ao Joyce que eu tinha em cima da mesa, sem o abrir, o que verdadeiramente me impressionou, pelo que destoava, foi o desalinhado e nostálgico cheiro a Old Spice.

11 comentários:

  1. O maestro Vitorino de Almeida começou a usar bengala ainda adolescente, sem necessidade, porque entendia lhe dava um ar distinto. Nunca mais a largou. Cada vez mais me convenço que Joyce é a sua bengala.

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  2. Victorino d'Almeida*

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  3. Anónimo1.10.18

    Se é para localizar mirone, é consultar blog de Pipoco. Mais eficaz que um mero gps.

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    1. Essa é que é essa!

      (eu bem gostava de ter o dom da ubiquidade, como os anónimos que estão sempre em todo o lado, mas na distribuição de "talentos" calhou-me este, o de me achar sempre neste blog, triste fado o meu)

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    2. Mirone, não podia escolher melhor blog para comentadora residente...

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    3. E o Pipoco não podia ter melhor comentadora residente, n'est pas?

      :DDDD

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    4. Faltou o -ce, o que reforça o meu ponto de vista.

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    5. Nem nos meus melhores sonhos, Mirone...

      (enfim, talvez a ..., ora, não falemos nisso agora...)

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    6. (aliás, só por isso vou fazer um daqueles postas que a Mirone aprecia deveras. Quer?...)

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    7. E isso pergunta-se? Claro que quero!

      (O Pipoco adivinha-me os pensamentos, estava aqui a ver umas fotografias em que nada está bem, assim como nos seus posts meus favoritos)

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    8. Ok, dê-me cinco minutos para alinhavar aqui umas palavras...

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