04 julho 2018

Hoje sonhei com Lamborghinis roxos

O homem que escreve material sagrado de um quilate como: "Prévot chora. Dou-lhe uma palmada no ombro. Digo-lhe, para o consolar: se estamos tramados, estamos tramados. E ele responde-me: se pensa que é por mim que estou a chorar..." é o mesmo que escreve menoridades como “O essencial é invisível aos olhos, e só se vê bem com o coração.”

11 comentários:

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    1. “Terra dos Homens”, meu caro. Quando Saint-Ex e Prévot se despenham no deserto e estão à beira de morrer à sede.

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  2. Agora fiquei baralhada, Dom Pipoco. Não sei se se refere a Saint-Exupéry, ao Impontual, ao Manel Mau-Tempo ou a si próprio...
    Quer ser mais explícito? :)

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    1. Ehehehehe...olha, eu a pensar nele...
      ...Para completar o ramalhete só faltava aparecer o Cigano Maltês. :)))

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  3. Anónimo6.7.18

    solicita-se a comparência do Antoine...

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    1. O Antoine já está presente, em duplicado, até...

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  4. e o que me diz desta passagem, tio Pipoco?

    «Encarei Bury, engoli a saliva, e, por fim, ousei perguntar-lhe se o voo fora difícil. Bury, de testa franzida, não me ouvia, curvado sobre o prato. A bordo dos aviões descobertos, quando o tempo era mau, inclinávamo-nos para fora do pára-brisas, para ver melhor, e as rajadas do vento assobiavam-nos longamente aos ouvidos. Por fim, Bury levantou a cabeça, pareceu ouvir-me e recordar-se, e bruscamente soltou uma límpida risada. E, porque Bury ria pouco, esse riso, esse riso breve que lhe iluminava a fadiga, maravilhou-me. Nenhuma outra explicação deu da sua vitória, descaiu a cabeça e continuou a mastigar silenciosamente. Mas, na penumbra do restaurante, entre os modestos funcionários que aí se refazem das obscuras fadigas do dia, esse camarada de ombros fortes pareceu-me de uma nobreza estranha: deixava transparecer, debaixo do seu aspecto rude, o anjo que vencera o dragão.»

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  5. Anónimo7.7.18

    Então?! Entre a valia do 1 quilate e um coração cheio de boas intenções não há espaço para chegar ao lago das plácidas águas da banalidade.

    Imaginemos a redação segundo José (Rodrigues dos Santos)
    "Prevot! Se estamos fucked então estamos mesmo fucked. Prevot, atónito, chora como o menino invisível do quadro da Paula Rego que emocionou Jesus, pobre criança"...

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    1. Anónimo7.7.18

      o José não tem capacidade para esse nível de surreal...

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  6. Cláudia Filipa9.7.18

    Está a parecer-me mesmo irresistível, esse livro.

    Mas, Pipoco, permite que O Principezinho tente cativá-lo? Então vou deixar-lhe aqui "a versão dele" (sim, claro, assumo a responsabilidade pela interpretação e pelo paralelismo que se segue):

    "Era o oitavo dia da minha avaria no deserto e, enquanto escutava a história do negociante, bebi a última gota da minha provisão de água:
    - Ah! disse eu ao principezinho, são bem lindas as tuas recordações, mas ainda não consertei o meu avião, não tenho mais nada que beber e também me sentiria feliz se pudesse dirigir-me, devagarinho, para uma fonte!
    - A minha raposa..., disse-me ele.
    - Meu rapazinho, a raposa já não interessa!
    - Porquê?
    - Porque vamos morrer de sede...
    - Não compreendeu o meu raciocínio e respondeu:
    - É muito bom ter um amigo, mesmo quando se está para morrer."

    "Corre-se o risco de chorar um pouco, se a gente se deixa cativar..."

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  7. Cláudia Filipa12.7.18

    (Venho contar-lhe que, hoje, fui buscar "Terra dos Homens" e juntei, no mesmo saco, "Cebola crua com sal e broa", que lhe parece a conjugação? (sorriso))

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