Vinho cor do dia vinho cor da noite vinho com pés púrpura o sangue de topázio vinho, estrelado filho da terra vinho, liso como uma espada de ouro, suave como um desordenado veludo vinho encaracolado e suspenso, amoroso, marinho nunca coubeste num copo, num canto, num homem, coral, gregário és, e quando menos mútuo. O vinho move a primavera cresce como uma planta de alegria caem muros, penhascos, fecham-se os abismos, nasce o canto. Oh tú, jarra de vinho, no deserto com a saborosa que amo, disse o velho poeta. Que o cântaro do vinho ao peso do amor some seu beijo. Amo sobre uma mesa, quando se fala, à luz de uma garrafa de inteligente vinho. Que o bebam, que recordem em cada gota de ouro ou copo de topázio ou colher de púrpura que trabalhou no outono até encher de vinho as vasilhas e aprenda o homem obscuro, no cerimonial do seu negócio, a recordar a terra e seus deveres, a propagar o cântico do fruto. Vinho.
( Dão...acrescento eu, e espero que Pablo Neruda não dê voltas na sepultura )
PS-Também achei a toalha um mimo de bom gosto. Coisa de valor, mesmo.
Que linda toalha de mesa!
ResponderEliminarHá artistas em todas as casas, caríssima...
Eliminar(e nada a dizer sobre o meu amor quase exclusivo ao Dão?)
Ah, fiquei tão encantada com a toalha que nem tinha reparado nas garrafas...
Eliminar(Sabe como é, nós, as dos blogs de obras e decoração, gostamos muito destes detalhes)
Palmier, faz muito bem em focar-se nos pormenores, é disso que a sociedade carece.
Eliminar(mais do que um blog de obras e decoração, o que a menina aí tem é um blogs de variedades...)
(é muito mais grave que isso, Pipoco!, a minha própria vida é um espectáculo de variedades!)
EliminarOde ao Vinho
ResponderEliminarVinho cor do dia
vinho cor da noite
vinho com pés púrpura
o sangue de topázio
vinho,
estrelado filho
da terra
vinho,
liso
como uma espada de ouro,
suave
como um desordenado veludo
vinho encaracolado
e suspenso,
amoroso, marinho
nunca coubeste num copo,
num canto, num homem,
coral, gregário és,
e quando menos mútuo.
O vinho
move a primavera
cresce como uma planta de alegria
caem muros,
penhascos,
fecham-se os abismos,
nasce o canto.
Oh tú, jarra de vinho, no deserto
com a saborosa que amo,
disse o velho poeta.
Que o cântaro do vinho
ao peso do amor some seu beijo.
Amo sobre uma mesa,
quando se fala,
à luz de uma garrafa
de inteligente vinho.
Que o bebam,
que recordem em cada
gota de ouro
ou copo de topázio
ou colher de púrpura
que trabalhou no outono
até encher de vinho as vasilhas
e aprenda o homem obscuro,
no cerimonial do seu negócio,
a recordar a terra e seus deveres,
a propagar o cântico do fruto.
Vinho.
( Dão...acrescento eu, e espero que Pablo Neruda não dê voltas na sepultura )
PS-Também achei a toalha um mimo de bom gosto. Coisa de valor, mesmo.
Então Tio?...O meu comentário foi aprovado ou não?
ResponderEliminarDiga lá, porque aquilo era coisa de valor e amanhã já não me lembro...
Esse Tricot é fantástico; pena a linha ser tão cara.
ResponderEliminarDo melhor que bebi este ano. E tenho uma garrafa de Crochet, espero que não seja inferior...
EliminarTricot é sem dúvida muito bom.
ResponderEliminarMas, garanto, Crochet é Top!!!
Excelente escolha.