Não se regressa igual depois de pisar Auschwitz. Mesmo que se vá preparado, que se tenham lido os livros e visto os documentários, sente-se o mal na sua plenitude, fechamos os olhos para melhor apreender tamanha maldade discricionária, há empatia incondicional pelos que aqui morreram.
(E percebemos, quase a desculpando, a cobardia dos que não viram, não sabiam. E é essa a pior parte)
Não sou assim tão corajosa. Duvido que alguma vez conseguisse visitar Auschwitz (a palavra visitar neste contexto foi escrita com muito cuidado), o último documentário que vi foi na RTP2 e deixou marcas, isto tendo um écran ali em frente em modo protecção, mesmo assim deixa marcas bem profundas. Estar lá, no mesmo local onde seres humanos foram reduzidos a nada, como se nada tivessem sido, deve ser aterrador. Deve destruir uma pessoa por dentro.
ResponderEliminarAcredito que não se regresse igual.
Não se fica igual, não. Identifico exacta e claramente dois momentos de ruptura na minha vida. Um deles foi quando fui lá.
ResponderEliminarAuschwitz devia ser obrigatório.
ResponderEliminarJá viajei muito, nenhum outro sítio me marcou tanto como Auschwitz.
(Machu Pichu, pela positiva).