Lembro-me bem de ver jogar Ricardo Carvalho nas suas últimas épocas de jogador da bola e fascinar-me com a pouca energia que punha nas jogadas e, mesmo assim, a bola ir parar quase sempre ao local onde estava o Ricardo Carvalho, toda a gente a correr para o sítio onde achavam que o bola iria parar e ele a dar meia dúzia de passos para o lado certo e a bola a ir parar ali e não a outro sítio qualquer, ele a resolver as situações com dois toques simples, a descomplicar, e a bola, senhores, a bola a ir para sempre ao sítio onde ele já estava.
Sinto que estou a ficar uma espécie de Ricardo Carvalho e ainda estou a decidir se estou a gostar.
(dando continuidade a este post da Susana Rodrigues)
O Ricardo Carvalho é das melhores coisas do futebol nacional e mundial. Ao nível de um Gerard, uma das minhas grandes paixões futebolísticas que, por ser britânico e ter sempre aquele ar cool, me encanta ainda mais.
ResponderEliminarCaro Pipoco, regozije-se por ao invés de se sentir um Ricardo Carvalho, não se sentir um Thomas, que estava sempre no sítio mais equidistante da bola.
ResponderEliminarO problema nem será tanto envelhecer dentro de campo, como Ricardo Carvalho soube ir fazendo com mestria, indo buscar em inteligência o que já não conseguia em capacidade física.
ResponderEliminarO problema, para quem seja ídolo dentro de determinadas quatro linhas é saber como viver quando estas se tornarem ténues e desaparecerem. Lembrei-me, a propósito disto, do temerário guarda-redes Chilavert, marcador de livres e penalties, único na sua posição a ter alcançado um hattrick e por aí em diante. Temperamental e desafiante durante toda a carreira, tive curiosidade em saber como desafiaria o status quo depois da sua carreira ter acabado.
Fui procurá-lo e descobri que, ao invés de desafiar o status quo fora dos campos, optou por comer o status quo. E, certamente, com acompanhamentos pouco saudáveis.
E as escolhas, tão boas, esta continuidade e o Ricardo Carvalho. Era isso era, parecia (e estava mesmo) estar sempre no sítio certo na altura certa e, por concordar tanto, vou apoderar-me desta frase da Isa: "O Ricardo Carvalho é das melhores coisas do futebol nacional e mundial." E quando lhe põem um microfone à frente, transmite tranquilidade, ponderação, razoabilidade, aquele tipo de pessoas que dão aquela sensação de, o que se lhes entregar, ficará em boas mãos.
ResponderEliminarEssas férias estão assim tão complicadas?!
ResponderEliminarIa perguntar "quem diabo vem a ser o Ricardo Carvalho", mas as pessoas acabariam por pensar "olha, lá está o engraçadinho".
Opto por ficar satisfeito. Por saber que poderia ficar a saber "quem diabo vem a ser o Ricardo Carvalho" se consultasse a web, e, no entanto, consigo resistir à tentação.
Mas o Ricardo Carvalho é muito recente, caro Pipoco. Velhote velhote era lembrar-se do Mesarus (como eu). Não era?
ResponderEliminarÀs tantas está a confundir o jogo da bola com o do bumerangue.
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