14 junho 2017

Mas não

Pudesse eu desligar os fios da memória, dominasse eu as más artes de esquecer, tivesse eu o superior poder de fazer de conta que nada aconteceu, que não doeu, que não notei a maldade desproporcionada nem a verdade de geometria variável e podíamos ser bons amigos, pelo menos desses amigos que se telefonam no dia de anos e no Natal.

12 comentários:

  1. Pudesse, dominasse, tivesse. Pois.
    Questão que me assalta: e quer? É que não querendo....

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    1. Mirone, sempre desatenta aos títulos. ..

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    2. Pipoco, sempre desatento aos sinais das mulheres (e depois o noivo da Maria é que não sei o quê).
      Mas não pode muito bem ser apenas a resposta ao pudesse, dominasse, tivesse. O quisesse situa-se a montante.

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    3. É verdade (isso da desatenção).

      Ter memória é fantástico. Logo, não quereria.

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  2. Ora, meu caro, não imaginava que a minha ausência lhe causava tanta mágoa. Amigos?

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    1. Meu caro, foi atroz.
      (toda a gente sabe que nos blogs não há amigos. ..)

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  3. Anónimo14.6.17

    Também eu. E não sabe o quanto lamento não conseguir esquecer!
    Mas não...

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  4. Eu não consigo esquecer, de todo. Ainda me dói na alma saber que a minha "melhor amiga" desapareceu de um dia para o outro, há sete anos.

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  5. Anónimo14.6.17

    Raios, estamos ainda a falar d' A Porteira da cara Palmier?
    Os blogs andam muito crípticos, sibilinos mesmo. Se é para isto antes ler a "poesia que o Alegre escreveu nos seus períodos de indolência na AR. É muito bonita, diria o Avô Marcelo já com uma foto reportagem na mão.

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  6. Que post tão ... tão... er... humano?!

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    1. Lady Kina14.6.17

      Parece que lhe baixou a Maria Genoveva, não é? eu heim.

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