É a lógica das redes sociais, das coisas que nos permitem encontrar outras coisas nas internetes (como motores de pesquisa). E das plataformas onde escrevemos isto dos blogs, já agora.
Resumindo, estamos sempre pagando. Não há almoços grátis. Com isto até uma esquerdalha concorda, não é política, é natureza. (e com esta vou dormir, volto no início do mês...)
Desde há muito, meu caro. É ver as pessoas a caminhar para a zona de padaria quando Dom Belmiro manda conectar a chaminé do forno do pão à conduta de ar condicionado...
No Japão pulverizam o ar dentro dos escritórios com cheiro a café a certas horas do dia para estimular a malta a trabalhar ainda mais (esta foi numa conferência de há muitos anos). Lembrei-me por causa do cheiro do pão, que é quase tão bom como o do café.
Desta vez irei ficar sentadinha a assistir ao debate. Felizmente, o Doutor Pipoco resolveu sair da letargia e mostrar a sua faceta interventiva. Que maravilha! Só espero não ficar demasiado preocupada...uma úlcera gástrica não me convinha nada, neste momento.
"faceta interventiva"?... Onde?! Chama intervenção vir para aqui amandar frases feitas que ouviu lá nas cimeiras do la palice (acho que se chama marketing, uma estrangeirice qualquer)?
Estamos de acordo, mas preocupa-me a questão seguinte:
Nas circunstâncias em que és tido como tal, que tipo de produto és tu?
És uma lovebrand, que as pessoas não dispensam e correspondes historicamente com qualidade a vários níveis?
És um produto de marca branca? Isto é, tens pouco branding, ninguém dá muito por ti no exterior, mas o que vem de dentro cumpre e sais muito mais em conta?
És uma cash cow e dás imenso retorno com um investimento baixo?
És um produto de nicho, que não é direccionado ao grande público, mas quem te conhece e te procura, sabe ao que vai e gosta daquilo a que vai?
És um produto experimental, ninguém sabe muito bem o que vales, mas também não estão muito preocupados e tens que rezar para ser bem sucedido?
ÉS um produto sazonal, que tens o teu auge em circunstâncias específicas, apenas para voltar ao vazio quando passa o teu tempo?
Ou serás simplesmente um produto de fundo de prateleira, sempre ofuscado por produtos estrela, sempre em bicos dos pés a tentar que alguém veja que também tens valor, apenas para ter a vida lixada por um qualquer repositor de ocasião que teve gozo em colocar-te lá ao fundo, depois do trabalho que tiveste para te colocar mesmo à beirinha do linear?
(e nem vale a pena começar o debate de consumer vs prosumer, porque aí teríamos um belo tapete de arraiolos pós-moderno com que nos entreter) ;)
Somos nós próprios produtos e quanto maior pensarem que é a nossa capacidade para sermos consumidores de outros produtos mais atenção nos dão. O mundo é um mercadito, no mundo da economia de mercado.
E aos serviços, também se aplica?
ResponderEliminarComo assim?
Eliminar"Se não estás a pagar pelo serviço, o serviço és tu."
EliminarFunciona melhor com produto, as pessoas aborrecem-se mais quando lhes dizem que são um produto.
EliminarÉ a lógica das redes sociais, das coisas que nos permitem encontrar outras coisas nas internetes (como motores de pesquisa). E das plataformas onde escrevemos isto dos blogs, já agora.
ResponderEliminarIf the service is free, the product is you.
Precisamente.
Eliminar(fomos à mesma conferência?)
(Não fomos; mas é tema que — digamos — me preocupa há muito: como somos monetizados).
EliminarResumindo, estamos sempre pagando. Não há almoços grátis. Com isto até uma esquerdalha concorda, não é política, é natureza. (e com esta vou dormir, volto no início do mês...)
EliminarDesde há muito, meu caro. É ver as pessoas a caminhar para a zona de padaria quando Dom Belmiro manda conectar a chaminé do forno do pão à conduta de ar condicionado...
EliminarNo Japão pulverizam o ar dentro dos escritórios com cheiro a café a certas horas do dia para estimular a malta a trabalhar ainda mais (esta foi numa conferência de há muitos anos).
EliminarLembrei-me por causa do cheiro do pão, que é quase tão bom como o do café.
Caramba, só um liberal direitolas me fazia sentir bem por nunca ter nada de borla.
ResponderEliminarDesta vez irei ficar sentadinha a assistir ao debate.
ResponderEliminarFelizmente, o Doutor Pipoco resolveu sair da letargia e mostrar a sua faceta interventiva. Que maravilha!
Só espero não ficar demasiado preocupada...uma úlcera gástrica não me convinha nada, neste momento.
JM
"faceta interventiva"?... Onde?!
EliminarChama intervenção vir para aqui amandar frases feitas que ouviu lá nas cimeiras do la palice (acho que se chama marketing, uma estrangeirice qualquer)?
http://renato.botoes.co/#000016
Lady Kina, então? A mesosprezar o impacto do meu pensamento?
EliminarSó para quem vê o mundo e a vida como uma grande mercearia...
ResponderEliminarEstamos de acordo, mas preocupa-me a questão seguinte:
ResponderEliminarNas circunstâncias em que és tido como tal, que tipo de produto és tu?
És uma lovebrand, que as pessoas não dispensam e correspondes historicamente com qualidade a vários níveis?
És um produto de marca branca? Isto é, tens pouco branding, ninguém dá muito por ti no exterior, mas o que vem de dentro cumpre e sais muito mais em conta?
És uma cash cow e dás imenso retorno com um investimento baixo?
És um produto de nicho, que não é direccionado ao grande público, mas quem te conhece e te procura, sabe ao que vai e gosta daquilo a que vai?
És um produto experimental, ninguém sabe muito bem o que vales, mas também não estão muito preocupados e tens que rezar para ser bem sucedido?
ÉS um produto sazonal, que tens o teu auge em circunstâncias específicas, apenas para voltar ao vazio quando passa o teu tempo?
Ou serás simplesmente um produto de fundo de prateleira, sempre ofuscado por produtos estrela, sempre em bicos dos pés a tentar que alguém veja que também tens valor, apenas para ter a vida lixada por um qualquer repositor de ocasião que teve gozo em colocar-te lá ao fundo, depois do trabalho que tiveste para te colocar mesmo à beirinha do linear?
(e nem vale a pena começar o debate de consumer vs prosumer, porque aí teríamos um belo tapete de arraiolos pós-moderno com que nos entreter) ;)
Somos nós próprios produtos e quanto maior pensarem que é a nossa capacidade para sermos consumidores de outros produtos mais atenção nos dão. O mundo é um mercadito, no mundo da economia de mercado.
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