05 setembro 2016

Nunca expliques um (post) blog

Ando aqui atormentado, isto de não conseguir decidir se o livro que acabei de ler é um bom livro ou é só um livro médio está a tirar-me anos de vida, a ideia de partida é uma boa ideia, as várias acções a decorrer em simultâneo até se juntarem as peças todas no fim é uma boa técnica mas até o Dan Brown sabe como é que se faz, a escrita é uma boa escrita, o início ("Ainda hoje, trinta anos depois, centenas de caixas de comprimidos depois, seis internamentos depois, sessões de psicanálise, mesas de pé-de-galo, sanatórios, termas, casas de repouso, choques eléctricos, dou por mim de olhos pregados no tecto, a pensar nesses dois pobres maquinistas frente a frente…") é um bom início mas Garcia Marquez tem um quase igual.

E desde "Os Cinco no Lago Negro" que não me apetece ler o mesmo livro duas vezes seguidas.

47 comentários:

  1. Cláudia Filipa5.9.16

    Esse é, pelo menos para si, definitivamente, um bom livro. Este é, definitivamente, um mau comentário que, vem dizer-lhe o óbvio, sem originalidade nenhuma.

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    1. De que gostou no livro, Claudia Filipa?

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    2. Cláudia Filipa5.9.16

      Eu não li esse livro, Pipoco, este comentário, tão cheio de certezas, teve só em conta a última frase do post, se uma pessoa sente vontade de ler o mesmo livro duas vezes seguidas, a palavra "apetece" indicia prazer/gosto, pelo menos para essa pessoa será um bom livro. Mais uma vez demonstro que este foi um mau comentário, precipitado e sem informação suficiente e por isso até teve de fazer de conta, o comentário, que não leu o título do post...

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    3. Cláudia Filipa,tenho uma proposta: a Cláudia lê o livro, diz-me se achou o livro bom ou mau e, em função da sua opinião, eu releio ou não.

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    4. Cláudia Filipa5.9.16

      Ora, é irrecusável. Quanto tempo tenho para ler o livro, antes que o Pipoco se esqueça disto?

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    5. Se alguém demorar mais de um dia a ler este livro, é demasiado tempo.

      (não colocarei mais nenhum post até ter o seu comentário)

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    6. Cláudia Filipa5.9.16

      (por favor, por favor, diga-me que está a brincar. Ou então, adormeci em frente ao computador e agora, Ufa, afinal isto foi só um sonho/pesadelo...)

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    7. (sabia que podia contar consigo)

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    8. Cláudia Filipa5.9.16

      (então, quarta-feira, vai estar aqui um novo post)

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    9. (também vai ler duas vezes, portanto...)

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    10. Cláudia Filipa5.9.16

      (só uma, mas com muita atenção, afinal, não quero ser leviana na opinião...)

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    11. Então, Cláudia, estamos à espera!

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    12. Cláudia Sofia, tem de perceber que nós necessitamos de beber as palavras diárias do Dr. Pipoco e que esse seu atraso está a deixar marcas indeléveis no dia a dia dos blogs...

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  2. A nossa cabeça prega-nos cada partida. Estava aqui a ler o post é só me ocorria uma voz a sussurrar Ulisses, Ulisses, Ulisses...
    Vou jantar, pode ser que entretanto se faça luz e consiga perceber a associação de ideias que fiz.

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    1. Aguardo em jubilosa esperança.

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    2. Jantei, dormi, e até já almocei e continuo na mais profunda das trevas. Ou talveznão. Por que raio me fui lembrar do Ulisses (de Joyce, pois está claro).
      Introspeto (uma blogo-vida inteira à espera da oportunidade perfeita para usar esta palavra) um pouco e invoco Jung que, curiosamente, acompanhou a filha de Joyce, esquizofrénica, e continuo sem perceber. Lembro-me do pesadelo recorrente que tenho quando estou mais cansada, quero chegar a um destino, que tanto pode ser a escola da Mironinho para a ir buscar, a Igreja onde é suposto casar, um compromisso profissional, etc, mas há sempre um novelo de contratempos que se me atrasam, o carro que avaria, obras na estrada que implicam um desvio longo, descubro que estou descslça ou semi-nua e tenho de voltar atrás. Acordo invariavelmente cansada e inquieta por faltar ao compromisso. E lembro-me de Bloom...
      Ontem não estava cansada, não consigo perceber porque é que a propósito de livros que apetece(apetecem?) ler duas vezes, me lembrei do dificílimo Ulisses. Terei associado as industriais Detroit e Dublin?

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    3. (Mirone, se precisar de falar, estou aqui...)

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  3. onónimo5.9.16

    Se alguém demorar mais de um dia a ler este livro, é demasiado tempo.

    ora aí está um dilema resolvido.
    embora se trate de um caro colega electrotécnico de telecomunicações, pelo quvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv vvvvvvvvvvvvvxcxcxcxcxccxcxcxccxc

    (as minhas desculpas, acabo de descobrir que o peludinho mais recentemente adoptado pela minha muito melhor metade aprecia Bach por Gould e teclados antigos)

    ... dizia, pelo que me informa a wook, acabei assustado por esse prólogo e pela citação "Durante mais de uma década, trabalhou em telecomunicações sem, no entanto, alguma vez ter aplicado as admiráveis equações de Maxwell", que, além de não serem só de Maxwell, expressão que logo me aborrece, vão para o sono com qualquer telecomem, tal e qual a eterna queda de peças do Tetris jogado a duas mãos nas crianças de 9 anos.

    O gato, o Inho, aparentemente não gostou, como se dissera, sempre imperativo este pequeno patife,

                  "Vete cara Cláudia, vete!"

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    1. Meu caro, trata-se de um escritor com margem de progressão. Sem patine, porém...

      (os tipos que escrevem coisas sobre escritores de livros são meio bizarros)

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  4. (acabei de apagar por lapso uma quantidade de comentários a este post. as minhas desculpas aos comentadores)

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  5. Anónimo6.9.16

    2ª EDIÇÂO (nunca tão boa como a 1ª):
    dizia que vou aguardar o comentário de Cláudia Filipa, para ler, ou não, o referido livro.
    quanto a ler os livros mais de uma vez, quando acabo um livro verdadeiramente bom, fico diversos dias tão "agarrada" aquele que não consigo pegar noutro para ler. Isto durante uns dias.
    tenho lido novamente os livros que me marcaram, é tão engraçada a sensação. aconselho vivamente a fazer o mesmo. é também uma retrospectiva do nosso ser, nas diversas alturas das nossas vidas...
    anonima

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  6. Anónimo6.9.16

    Assinei hà instantes, sem querer "anonima", mas era vw

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  7. onónimo6.9.16

    Então?!

    Entretanto, sugiro o único livro que, pela estrutura narrativa, me pareceu interessante reler de imediato, sem permitir à memória o tempo de reconstrução que torna nossa a estória:
    (obviamente resisti à tentação)

        Use of Weapons

    do saudoso I. M. Banks.

    Cara Cláudia, Portugal *em peso* aguarda...
    (faça como o Presidente Marcelo, dê uma vista de olhos. a capa é agradável? o autor é amigo? a chama, enquanto arde na lareira, é 'bonita', repleta de tons púrpura?)

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  8. E, ainda, não houve quem lançasse a teoria de que Pipoco e Cláudia são a mesma pessoa?!
    A blogosfera já não é o que era...

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    1. Lady Kina7.9.16

      ahahahahahahahahahahahaaahahahahahah

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  9. Cláudia Filipa7.9.16

    Pronto, não vão ter de esperar mais. (obrigada, Palmier e Senhor Ministro pelos sorrisos extra no meio da azáfama da leitura e onónimo por tentar salvar-me das "maldades" do Pipoco, à vw e a todas as outras pessoas que fazem com que isto seja, ainda, mais giro.)
    Como não quero o vosso mal é com umas olheiras inacreditáveis que digo, não se metam nunca, mas nunca, numa coisa destas, (pelo menos durante a semana, a não ser que estejam de férias e mesmo assim...) no entanto, eu diverti-me mesmo com isto, a ler um livro nesta "maluquice" tendo em conta este objetivo(o senhor que me atendeu quando fui comprar o livro (e foi tal qual assim) perguntou-me com um sorriso "vai começar já a ler não vai?" costumam dizer-me que as minhas expressões dizem tudo, pois naquele momento devia estar com uma expressão que gritava: "urgente, é urgente, despachem-se todos que eu não tenho um segundo a perder".

    Agora, Pipoco, estou aqui sem saber como comentar sem revelar demasiado, sem me pôr a esmiuçar tudo, vou ter de ser como um número 10 numa equipa de futebol ( para quem não sabe, um número 10 é um construtor, um distribuidor de jogo) para não estragar a leitura de quem não leu e eventualmente queira ler,(o Pipoco sabe que já estou a falar do livro) e vou continuar e deixar aqui esta passagem " Se ainda guardas alguma expectativa a respeito das páginas que te restam, apelo à tua boa vontade, faz uma de duas coisas: deita fora as expectativas ou deita fora o livro." e agora junto esta: "Tomem lá asas e voem". E a pessoa com asas e querendo voar pode pegar numa qualquer situação do quotidiano, ou algo mais incomum e começar a criar uma história, ou ganhar asas enquanto vai sabendo/lendo o que os outros têm para contar, a isto também posso juntar a ideia de falta de oportunidade, de tempo, para podermos perceber que há muita gente pela qual passamos diariamente sem ligar nenhuma e nunca vamos ter oportunidade de saber as histórias, as coisas interessantes que aquelas pessoas têm para dizer e que, às vezes ,só tarde demais e em situações limite é que descobrimos que afinal a/o colega do lado tinha tanto para partilhar e até gostava que lhe dessem oportunidade para o poder fazer e podiam ter tido uma convivência bem mais interessante se se tivessem apercebido disso antes e também se as pessoas não tivessem tantos problemas em manifestar-se, mesmo estando cheias de vontade de o fazer, com receio dos juízos de valor alheios (sim, continuo a falar do livro). Também posso dizer que a sensação maior foi a de estar a tomar conhecimento das alucinações de alguém, mas depois pensei que, se criar personagens, histórias, através de um qualquer ponto de partida não é o que todos os escritores, quando escrevem ficção fazem, e se não é também a isso que se chama imaginação, criatividade, sem que tenha de colocar-se o narrador como um doente mental por muito bizarras que as personagens ou os seus comportamentos possam ser, é que esse elemento, tirando aquela parte que já aqui está no post podia não estar lá, achei eu, não é relevante, o que me levou a pensar que aparece apenas como factor desculpabilizante daquele tipo de narrativa, acho que podia ter sido deixado ao critério de quem lê o juízo relativamente à sanidade ou falta dela do narrador.
    Cláudia, o livro, para ti, é bom ou mau? Prefiro responder assim: Não me foi indiferente, não foi nenhum sacrifício, estou a experimentar ser "um número dez" pelo menos agora e então distribuo-vos o jogo, estou neste momento a passar-vos a bola enquanto repito estas palavras do livro " Tomem lá asas e voem"...

    (Pipoco, obrigada por me ter passado a bola e me ter posto a voar)
    (Não vai conseguir dizer que o livro é mau, o homem fala em bushmills e sabe aqueles pormenores todos sobre o Sporting...)

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    1. A Cláudia Filipa é tão luminosa...

      (obrigado, fico sempre agradecido quando as pequenas coisas, saídas de quase nada, me dão tanto prazer)

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    2. Lady Kina7.9.16

      Cláudia e Pipoco, esta "situação" toda leva-me a dizer, ainda que não isenta de algum receio pelos juízos de valor alheios, que às vezes, não sei porquê, se reúnem meio magicamente as condições que nos fazem sentir que é Natal e, a meio de mais uma taça de champanhe, achamos que podíamos ser todos não inimigos.

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    3. Lady Kina7.9.16

      (mas, claro, deve ser do tempo, ficamos sempre mais tranquilos quando o calor amaina finalmente)

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    4. Somos uns tipos meio esquisitos, Lady Kina. Às vezes, quase sempre, os pequenos nadas, devidamente alinhados, são uma maravilha.

      Por exemplo, isto parece que foi um tipo que leu um livro e quis saber se mais alguém tinha lido, para bater umas bolas, e surgiu alguém que não tinha lido mas, só porque o tal tipo fez de conta que pediu, resolveu ler o livro, e depressa. Soa meio tonto, não soa? Mas não é.

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    5. E, claro, há quem esteja a ver isto tudo e atente nos pormenores e, atentando nos pormenores, lhe apeteça fazer parte da brincadeira, só porque sim. Desta vez foi o Senhor Ministro (a secretária, vá...) e o Outro Ente e a Palmier (uma espécie de meu farol minha nisto da loucura sadia). Fico sempre grato com quem é gentil ao ponto de fazer parte disto dos blogs (que não deixam de ser só blogs, evidentemente...)

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    6. Grande Cláudia! Eu não sei se aguentaria a pressão. E se eu não gostasse logo de início? Viro livros numa noite noite, mas para isso têm de me prender. E se não prendesse? Ou se, inversamente, me prendesse tanto que o quisesse ler devagar? E se na urgência de o ler no prazo estabelecido me escapasse a sua essência?

      Vais lê-lo segunda vez, agora sem pressão?

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    7. (e, continuando na ideia dos alinhamentos, estão neste momento 453 pessoas a ler o que aqui estamos a dizer. Só porque há uma caixa de comentários com interacção. Só porque um tipo está com tempo porque não há muito que se possa fazer quando se espera que lhe mudem o vidro da frente do carro)

      (uma das coisas mais bonitas que me lembro disto dos meus setenta e sete anos de blogs, aquela situação das vozes dos bloggers a dizer poemas, aconteceu quando eu esperava que me mudassem os pneus do carro e perguntei à Palmier se não se importava de me ajudar a pôr uma ideia a andar)

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    8. (vou continuar a dizer coisas)

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    9. (a responder a mim próprio, quero dizer)

      (e sempre ficam as pessoas a saber que desde que regressei da Normandia, já li Ken Follet - demasiado mau, não tentem isto em vossas casas - já revi o "Resgate do Soldado Ryan" e "O Dia mais Longo" e estive a um pedacinho assim de ver uns episódios de "Allô, Allô")

      (isto anda tudo ligado)

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    10. Na oficina, Tio Pipoco?!

      (E nós aqui, de vestidos cintilantes, com as taças de champanhe da Lady Kina na mão, saltando de acepipe em acepipe, enquanto esperamos na fila que a Cláudia Filipa nos autografe o livro... )

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    11. Lady Kina7.9.16

      Homem, vá à Bruxa! : duas horas entre a Mealhada e Lisboa e ainda lhe partem o vidro do carro?!

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    12. O público feminino é muito sensível ao imaginário das oficinas, Palmier...

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    13. Lady Kina7.9.16

      Palmier, reparo que trazes a tua taça vazia, deixa-me encher-ta...

      Pipoco, "imaginário das oficinas"?! ...

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    14. É melhor não, Kina....

      (desde aquele gin que decidi que não bebo enquanto blogo :D)

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    15. Lady Kina7.9.16

      Se tu soubesses o que me ri quando li aquilo da ecografia!! (é que ainda nem tinha visto que era de uma égua, mas a primeira coisa que me ocorreu quando li o post foi que era de uma cadela... mas lá está, não tinha bebido gin, fiquei muito calada)

      :DDDDDDDDDDDDDD

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    16. Schhhhhh....

      (os senhores aqui da oficina podem ficar com má impressão :D)

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    17. Lady Kina7.9.16

      Ops, realmente!

      (tirando casos como os do Quintino, "cadelas" e "éguas" não costumam fazer parte do imaginário masculino...)

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    18. Cláudia Filipa7.9.16

      (Mirone, depois de responder-te e de beber o champanhe, vou a correr dormir...)
      Eu nunca li um livro em tão pouco tempo em toda a minha vida e em circunstâncias tão mirabolantes, eu "mastigo" a leitura, Mirone, adoro ler devagar, ainda para mais tive um jantar que demorou, demorou e não ficava nada bem dizer que aquilo estava tudo muito demorado, bolas! Eu tinha um livro para ler e ainda só ia na página 63... (são 223 com umas em branco pelo meio, muito poucas em branco). Pois, era isso tudo que podia ter acontecido, Mirone, mas também é muito interessante focares-te num objetivo e ultrapassá-lo mesmo que seja uma brincadeira num blog e eu gosto que puxem por mim, ainda para mais quando as coisas não têm outra razão de ser para além da partilha pela partilha, da dádiva pela dádiva, a interacção pelo prazer da interacção, que isto que é tão bom existe assim, só porque sim, sem contrapartidas, que nós também damos ponto sem nó, agora diz-me? Havia alguma forma de não fazer tudo para ler o livro? Claro que não, só o estimulo já era meio caminho andado (o senhor que escreve isto do Pipoco tem uma enorme capacidade para nos pôr a fazer coisas de valor). Provavelmente, daqui a muito, muito tempo, talvez o leia com mais calma, agora, vamos ter de ter um período de afastamento. Obrigada pelo champanhe, estava delicioso e a companhia é excelente, mas agora tenho mesmo de ir dormir...

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    19. Anónimo8.9.16

      Cláudia Filipa, estava a aguardar o seu "parecer"para ler ou não o livro. Não me convenceu. No entanto gabo-lhe a força de vontade de sobre pressão ler esse livro, que não sendo brilhante não o colocou no rol dos "vou ler outra vez", ou "vou lendo as partes que mais gostei outra vez...durante uma semana", para me desapegar dele, antes de começar outro, ou acabar o que estava a ler antes desta loucura.
      Boa sorte e que para a próxima tenha tempo de saborear e ...digerir bem as palavras que lê. E OBRIGADA por nos ...aturar,
      beijinhos, vw

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  10. onónimo7.9.16

    que maldade meu caro, que maldade...

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