Se disser o que me ocorre imediatamente, arrisco-me à mesma figura que fiz de uma vez que disse que a viagem da minha vida foi à Eurodisney. Ou então, a parecer muito cliché. Mas cá vai: "Os Maias". (E não, não foi o único livro que li na vida. Mas foi dos primeiros sem bonecos :))
Quando pensava no livro, não consegui dissociar personagens e ambiente. O ambiente de "Os Maias" é fantástico, não sei se me apeteceria ser Carlos da Maia ou o Ega.
Pelo ambiente, claro. Por mais que puxe pela cabeça, não consigo decidir uma personagem para mim: as personagens femininas d'"Os Maias" são demasiado marginais ou secundárias para querer ser uma delas. Sobram a Maria Monforte e a Maria Eduarda. Só por um-dó-li-tá. Se fosse homem, estaria nesse mesmo dilema - Carlos ou Ega?
Hahaha, Outro Ente, mas que maldade. O Dâmaso é tão bom que foi das poucas "coisas" que o Eça aproveitou d'"A tragédia da Rua das Flores". Não me lembrava desse epíteto, tão... gráfico! (Desculpe a invasão, Pipoco.)
Oh meu Deus! Sou de outra faixa etária. Espero que ninguém me bata... Todos os livros do Harry Potter... também me trazem saudades os livros dos Cinco, mas o Harry foi da minha pré-adolescência.
Fiquei a pensar nisso e não me consigo decidir, sabe? Tenho dois lados que lutam constantemente um contra o outro, é o diabo... Decididamente viveria como o Huck, inclusive, assina uma das cartas para Dr. Freud. Além disso, pensei em qualquer um dos livros da Jane Austen, Orgulho e Preconceito, Sensibilidade e Bom Senso, mas não teria paciência para esperar por bailes, muito menos para os frequentar, para conseguir viver. Depois pensei em Como água para chocolate, mas a mulherada era muito mal tratada e a macheza em demasia iria matar-me em três tempos, o povo lá morre cedo, não dava para mim. Agora que lhe escrevo, ocorreu-me um, Ligações Perigosas... Eventualmente sem os vestidinhos... Ou Siddhartha, claro, claro, como não pensei nisso antes...
Sou nova aqui nesta pequena comunidade... Conheci o blogue há uns tempos mas esta é a primeira vez que comento. Pergunta difícil!! Talvez a casa dos espíritos, na época da clara. Ou as brumas de avalon, enquanto guilty pleasure.
Na casa dos espíritos?? Mas aquilo era só gente torturada, desgraçada e enlouquecida! Se vivesse nesse livro teria fugido para o estivesse ao lado na estante...
Ontem, Heidi ou Ana dos cabelos ruivos, ou fazer parte do grupo do Gordo da Coleção Mistério. Hoje, adorava poder dizer "sapato não", roupa que não prendesse os movimentos, liberdade, doçura e pontapés em convenções que apertam os pés, a Gabriela de Jorge Amado, claro.
Para um contexto algo diferente, não romanesco, o que é descrito por Zweig, a Viena do final do século, em que, como ele diz (a minha edição de The World of Yesterday é a inglesa): "In its liberal idealism, the nineteenth century was honestly convinced that it was on the straight and unfailing path toward being the best of all worlds." O mundo de Zweig, Klimt, Mahler, Kokoschka e onde até -- imagine-se -- Mark Twain se foi refugiar, entre 1897 e 1899. Perfeito, parece-me.
"The drifters" do James Michner, barbaramente traduzido para "Filhos de Torremolinos".Li-o com 15 anos, despertou-me o interesse para as viagens e para a política.Não é um livro muito conhecido,encontrei-o na casa da minha avó, e roubei-o sem pudor,tinha de ser meu.Já o reli mais umas duas vezes. Acho que nunca foi reeditado.Não é de uma qualidade literária assombrosa, acho que gostei da maneira que o Pipoco gostou do "Viagem ao Mundo da Droga" e pela mesma razão.O que eu gostava de ter conhecido o Algarve, Moçambique, Ibiza e Marraquexe nos anos 60.Ui!...Eram uns pelintras com muito glamour, os hippies.Agora são só chics.
Os Cinco e a Ilha do Tesouro.
ResponderEliminar(só um? oh.)
Ana dos Cabelos Ruivos.
(pronto. a esta hora é só isto que me lembro)
Saiba a Izzie que foi o primeiro livro que me ocorreu (Os Cinco na ilha do tesouro). Faróis, costa agreste, uma ilha que parece mesmo uma ilha...
EliminarE um castelo em ruínas, e passagens secretas, e um navio afundado. O que há para não gostar?
Eliminar"A Anita aprende a andar de cavalo" ou "Anita aprende a nadar".:)
ResponderEliminarSe disser o que me ocorre imediatamente, arrisco-me à mesma figura que fiz de uma vez que disse que a viagem da minha vida foi à Eurodisney. Ou então, a parecer muito cliché. Mas cá vai: "Os Maias". (E não, não foi o único livro que li na vida. Mas foi dos primeiros sem bonecos :))
ResponderEliminarQuando pensava no livro, não consegui dissociar personagens e ambiente. O ambiente de "Os Maias" é fantástico, não sei se me apeteceria ser Carlos da Maia ou o Ega.
EliminarPelo ambiente, claro. Por mais que puxe pela cabeça, não consigo decidir uma personagem para mim: as personagens femininas d'"Os Maias" são demasiado marginais ou secundárias para querer ser uma delas. Sobram a Maria Monforte e a Maria Eduarda. Só por um-dó-li-tá.
EliminarSe fosse homem, estaria nesse mesmo dilema - Carlos ou Ega?
Alencar. Teria o gosto de injuriar Dâmaso com "chouricinho de pus".
EliminarHahaha, Outro Ente, mas que maldade. O Dâmaso é tão bom que foi das poucas "coisas" que o Eça aproveitou d'"A tragédia da Rua das Flores".
EliminarNão me lembrava desse epíteto, tão... gráfico!
(Desculpe a invasão, Pipoco.)
Não é o meu livro favorito, longe disso, mas acho que não me sentiria mal em The Great Gatsby.
ResponderEliminarQuem diria?...
Eliminar(a nossa Mirone, sempre tão certinha...)
Tenho queda interior/íntima/secreta/recalcada(?) para os bad boys.
EliminarE tenho a certeza de que não faltaria ao funeral do Gatsby...
Anna Karenina. Enquanto Kitty, claro.
ResponderEliminarGrande ambiente, sem dúvida. Já não há disso...
EliminarMar Morto, de Jorge Amado... Adoro aquela tristeza alegre.
ResponderEliminarNunca li "Mar Morto". Uma falha.
EliminarUma pena
EliminarFábulas - Jean de La Fontaine.
ResponderEliminarAcho que não gostaria de saber o que dizem os animais.
EliminarBranca de neve e os sete matulões.
ResponderEliminarMafalda, de Quino, nem outro poderia ser! :)
ResponderEliminar(do ponto de vista do Manolito não me parece fantástico...)
EliminarAh, mas a Mafalda é uma eterna rebelde. Ainda por cima, inteligente e de um humor refinado. :)
EliminarOh meu Deus! Sou de outra faixa etária. Espero que ninguém me bata...
ResponderEliminarTodos os livros do Harry Potter... também me trazem saudades os livros dos Cinco, mas o Harry foi da minha pré-adolescência.
Sim, Harry Potter, claro. Um deslumbre.
EliminarSe nunca leu como sabe?
EliminarEstou com o anónimo, Harry Potter é tudo de bom. Fala alguém que gosta de Tolstói e Dostoiévski e ainda assim acha que HP é o melhor da vida :)
Eliminar:) total!
ResponderEliminarFiquei a pensar nisso e não me consigo decidir, sabe? Tenho dois lados que lutam constantemente um contra o outro, é o diabo... Decididamente viveria como o Huck, inclusive, assina uma das cartas para Dr. Freud. Além disso, pensei em qualquer um dos livros da Jane Austen, Orgulho e Preconceito, Sensibilidade e Bom Senso, mas não teria paciência para esperar por bailes, muito menos para os frequentar, para conseguir viver. Depois pensei em Como água para chocolate, mas a mulherada era muito mal tratada e a macheza em demasia iria matar-me em três tempos, o povo lá morre cedo, não dava para mim. Agora que lhe escrevo, ocorreu-me um, Ligações Perigosas... Eventualmente sem os vestidinhos... Ou Siddhartha, claro, claro, como não pensei nisso antes...
EliminarO ambiente de Siddharta assenta-lhe bem, Isa. Acho eu.
Eliminaracha muitíssimo bem, de todos os que referi, é capaz de ser o que melhor me completasse ;)
EliminarSou nova aqui nesta pequena comunidade... Conheci o blogue há uns tempos mas esta é a primeira vez que comento. Pergunta difícil!! Talvez a casa dos espíritos, na época da clara. Ou as brumas de avalon, enquanto guilty pleasure.
ResponderEliminarPC
A Casa dos Espíritos também me parece muito bem. (e quase todos os Garcia Marquez)
EliminarPara mim, todo o realismo mágico serve bem :) (mesmo que tenhamos que ir desenhando uma árvore genealógica à parte para não nos perdermos…!)
EliminarPC
Na casa dos espíritos?? Mas aquilo era só gente torturada, desgraçada e enlouquecida! Se vivesse nesse livro teria fugido para o estivesse ao lado na estante...
EliminarO Ensaio Sobre a Lucidez, de Saramago. Era numa sociedade auto-organizada assim que eu queria viver.
ResponderEliminarDemasiada organização, Susana...
EliminarMeu Pé de Laranja Lima.
ResponderEliminar(E agora que falo nisso, vou relê-lo.)
O Zezé sofria muito, Tulipa. E eram pobres.
Eliminar(que magia há em sofrer e ser pobre?)
Ontem, Heidi ou Ana dos cabelos ruivos, ou fazer parte do grupo do Gordo da Coleção Mistério.
ResponderEliminarHoje, adorava poder dizer "sapato não", roupa que não prendesse os movimentos, liberdade, doçura e pontapés em convenções que apertam os pés, a Gabriela de Jorge Amado, claro.
Houve um tempo em que eu gostava de ser como o Gordo.
Eliminar(de certa maneira, consegui...)
(mas isso é muito bom, a ser assim, então, posso dizer que hoje, de certa maneira, faço parte do grupo do Gordo)
EliminarVivido não sei, mas gostaria de sobreviver ao Kama Sutra!
ResponderEliminar:DDDDDDDDDDD
Eliminar(Desculpe, Pipoco, saiu-me)
Não é impossível, Lady Kina. Em verdade lhe digo.
EliminarA partir de uma certa idade é como o ginásio: tornam-se imperativos o aquecimento e os alongamentos antes dos exercício propriamente dito.
EliminarA casa dos budas ditosos.
ResponderEliminarAh, a luxúria...
EliminarNum qualquer de Sherlock Holmes ou Miss Marple.
ResponderEliminarDe Sherlock Holmes, sim.
Eliminar(aquela terrinha de Miss Marple devia ser muito claustrofóbica...)
Miss Marple é o escape pós reforma.
EliminarO Grande Livro da Arte, como qualquer escultura de Miguel Ângelo.
ResponderEliminarTambém não me importava do CAVATINA, de Horácio Tavares de Carvalho, na personagem de Sheila no fase em que foram para o Cairo. Um grande livro.
Não li Catavina, Uva.
EliminarJá ser uma escultura, ainda que de Miguel Ângelo, não será coisa meio parada?...
A Balada do Mar Salgado
ResponderEliminar( seguramente um primo afastado, este Mar, não?)
Pois é, não pensei em BD. E, se tivesse pensado, mudaria as coisas, podia ser qualquer um de Corto Maltese.
Eliminar(somos como irmãos...)
Gostaria de ter vivido na Ilíada de Homero, evidentemente, ocupando o meu natural lugar de deusa grega. Qualquer uma servia.
ResponderEliminarCuca, o objectivo do exercício era uma abstracção, não era uma partilha da sua vida real.
EliminarOh, nesse caso, para ser diferente, escolho as intermitências da morte do Saramago. No papel da própria, claro!
EliminarPara um contexto algo diferente, não romanesco, o que é descrito por Zweig, a Viena do final do século, em que, como ele diz (a minha edição de The World of Yesterday é a inglesa): "In its liberal idealism, the nineteenth century was honestly convinced that it was on the straight and unfailing path toward being the best of all worlds."
ResponderEliminarO mundo de Zweig, Klimt, Mahler, Kokoschka e onde até -- imagine-se -- Mark Twain se foi refugiar, entre 1897 e 1899. Perfeito, parece-me.
O Viajante Magnífico de Yves Simon, ou por essa estrada fora.
ResponderEliminarAs 4 Torres. Qualquer um dos Cinco ou 2 Anos de Férias.
ResponderEliminarThe Secret Life of Walter Mitty (não é propriamente um livro, but you see what I mean)
ResponderEliminarGostava de ter viajado pelo "Cosmos" de Carl Sagan e gostava que algumas pessoas tivessem vivido "A Espuma dos Dias" de Boris Vian. Sofia
ResponderEliminar"The drifters" do James Michner, barbaramente traduzido para "Filhos de Torremolinos".Li-o com 15 anos, despertou-me o interesse para as viagens e para a política.Não é um livro muito conhecido,encontrei-o na casa da minha avó, e roubei-o sem pudor,tinha de ser meu.Já o reli mais umas duas vezes. Acho que nunca foi reeditado.Não é de uma qualidade literária assombrosa, acho que gostei da maneira que o Pipoco gostou do "Viagem ao Mundo da Droga" e pela mesma razão.O que eu gostava de ter conhecido o Algarve, Moçambique, Ibiza e Marraquexe nos anos 60.Ui!...Eram uns pelintras com muito glamour, os hippies.Agora são só chics.
ResponderEliminarNenhum, só gosto de livros tristes.
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