30 setembro 2015
Esta noite sonhei com Lamborghinis roxos
Teremos sempre Paris, como murmurava Don Corleone enquanto aguardava a morte por fuzilamento diante do pelotão, tal qual Santiago Nasar nessa tarde remota em que seu pai o levou a conhecer o gelo, imaginamos que talvez ao som de uma orquestra de metais acompanhando o coro que, solene, proclamaria "Es muss sein!", Kafka havia de colocar este "Es Muss sein!" na boca de Tomás, também ele e Sabina tiveram Paris, imagino-os apaixonados, preferindo amar-se nos hotéis baratos a deambular pelas ruas dessa a que chamam a cidade que nunca dorme, teremos sempre Paris e os recantos do 221b dos Campos Elíseos, onde nos sentámos no cadeirão onde Poirot exercitava as suas células cinzentas, tu a afiançar que Poirot era belga, como Brel, eu a teimar que era francês, como Piaf, tu a estares certa, eu a pensar que valeu bem a pena termos Paris só para fazermos de conta que por uma vez tinhas ganho.
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ResponderEliminar(Esta sou eu com os olhos marejados)
É sono?
EliminarAchas, Kina?
EliminarÉ de emoção. (Pipoco, vá ali num instante ao telheiro ver se as andorinhas ainda lá estão que eu vou deixar aqui dois pontos seguidos de dês maiúsculos e sei que isso o perturba)
:DDDDDDD
Diz-se que terá sido Gregor Samsa a inquirir: «Muß es sein?»
ResponderEliminarSim, quase no final d' O Processo...
Eliminar"Santiago Nasar enfiou umas calças e uma camisa de linho branco,..."
ResponderEliminarE nisto, Telmo pergunta ao Romário: Quem és tu, Zé Gato? Ao que o Romário responde: ninguém, ninguém poderá mudar o mundo.
ResponderEliminarOk, bora jogar...
ResponderEliminarEsta noite sonhei que, das irmãs Bennet, eu era a Lydia (é googlar herege)
...Poirot, o francês, gritava para watson, preciso de amarras, preciso de amarras, de pertencer, não consigo viver sem amarras, entretanto, Filipe, O anjo ancorado entre as paredes de seu quarto, condenado à morte prematura por José Cardoso Pires, com a doçura que lhe era característica, dizia, gente tola mais a sua necessidade de pertença, agrilhoam os próprios pés, pudesse eu, a leveza do ser, é-lhes insustentável, e Sherlock dizia para Hastings, é por isso, meu caro, é por isso que voltam tantas vezes ao local do crime...eu transpirava, O manto, era, talvez, pesado demais, o sonho, já se vê, confuso, acordei, mas antes, ainda fui a tempo de ver Agustina sorrir.
Como eu compreendo o seu sonho com esse carro de marca alemã (desta vez deve ter sido um pesadelo ). E o roxo a assentar-lhe tão bem....
ResponderEliminarEra belga como o Brel!
ResponderEliminarLove your twisted posts... Sorry, Sir, posts with a twist.
ResponderEliminar( Big smile)
Ou como o tio azedou o jantar deste pobre anónimo mauzão.
ResponderEliminarNão havia necessidade de juntar num só post uma cidade que enfim, uma citação numa língua que me faz revirar os olhos, e a orquestra de metais... tudo tão bélico, tão sangrento e culminante na distorção de um símbolo que quase destruiu esta europa.
Não tem de ser. Não é um dever. A orquestra pode ser de cordas.
Vou concentrar-me nas migas de espargos. (Ah! O roxo, a cor das viole(n)tas).