"Anos depois da guerra, depois dos casamentos, dos filhos, dos divórcios, dos livros, ele veio a Paris com a mulher. Telefonara-lhe. Sou eu. Ela reconhecera-o logo pela voz. Ele dissera: queria só ouvir a sua voz. Ela dissera: sou eu, bom dia. Ele estava intimidado, tinha medo como dantes. A sua voz tremia de repente. E com o tremor, de repente, ela voltara a encontrar a pronúncia da China. Ele sabia que ela tinha começado a escrever livros, soubera-o pela mãe dela que voltara a ver em Saigão. E depois dissera-lho. Dissera-lhe que era como dantes, que ainda a amava, que nunca poderia deixar de a amar, que a amaria até à morte."
Marguerite Duras, "O amante"
Marguerite quem?!
ResponderEliminarDuras, Duras!
Eliminar(que lapso...)
Na primeira pessoa tem outro impacto.
ResponderEliminar(em primeira mão também)
Coitada da mulher...
ResponderEliminarMuito intenso!
ResponderEliminar" A história da minha vida não existe. Isso não existe. Nunca há um centro. Não há caminho, nem linha. Há vastos lugares onde se faz crer que havia alguém, não é verdade, não havia ninguém. A história de uma pequeníssima parte da minha juventude, escrevi-a já mais ou menos, enfim, quero dizer, dei uma ideia, falo justamente desta, da travessia do rio."
ResponderEliminarMarguerite Duras/O Amante
Filme óptimo, banda sonora espectacular, a cena da partida do barco é a minha preferida. O livro infelizmente nunca li, mas quando gosto muito de um filme raramente leio o livro, normalmente desaponto-me, e o inverso também me acontece.
ResponderEliminarO livro é uma obra-prima, pipinha, mas li algures que Duras, que também era realizadora, ficou contrariada com a realização de Jean-Jacques Annaud. Eu já tinha lido o livro quando vi o filme, e acho que de certa forma as imagens se colam ao texto, embora o texto nos leve muito mais longe.
EliminarO que eu já chorei...
ResponderEliminarQue surpresa Pipoco.
ResponderEliminarMarguerite Duras.