Era uma passagem estreita, rodeada por carvalhos, algures pelo quilómetro trinta. Chovia, daquela chuva miudinha. Comecei por ouvir um som de saxofone, primeiro muito ao longe, depois cada vez mais nítido. Era um peregrino que tocava, atrás dos carvalhos, invisível, para que nos chegasse apenas a sua música. Às vezes não é preciso muito para nos desmoronarmos.
Não chorava há mais de doze anos.
"O junco
ResponderEliminarescuta a queixa
do coração que se quebra"
José Tolentino Mendonça/ Livro das Peregrinações
Parece que já entrou totalmente no espírito do Caminho Tio. Sábado também chegarei de novo a Santiago, do meu primeiro Caminho a solo. Bom Caminho.
ResponderEliminarse o caminho não valesse por outra coisa, por isso já teria valido <3
ResponderEliminarRuben, esquece tudo o que o teu tio te ensinou sobre os momentos na vida de um homem em que ele pode chorar. Este é o momento. Vais sacar bué gajas quando lhes contares isto.
ResponderEliminarIsto não te ensina ele, só te dá as lições dos evangelhos da treta que ele inventa.
Tio, liberte-se! Revolte-se. Isso de andar a engolir elefantes não faz bem.
ResponderEliminarApesar de não o conhecer gostava de abraçá-lo,agora.
ResponderEliminarera o o Flautista de Hamelin, ou neste caso o saxofonista de Compostela...
ResponderEliminarComo eu gosto de si.
ResponderEliminarObrigada pela partilha.um dia vou tambem fazer este caminho....
ResponderEliminar