O problema, Ruben Patrick, é que isso da paixão é coisa condenada à partida. Vê tu bem, são as noites mal dormidas por não se saber se a coisa resulta melhor em dólares ou em ienes, é o efeito do absinto, é saber quem paga, é o sobreiro morto que tem que ser cortado, são as férias que afinal já não são, é a balzaquiana na mesa lá do fundo que nos olha nos olhos, é a nossa equipa que perde, é o músculo rasgado no jogo da bola que nos compromete o Monte Branco em Agosto, é o trânsito, é o mau café, é não se ter dito a palavra certa, tudo a desfavor da paixão.
Felizmente há o amor, Ruben Patrick. Felizmente.
Balzaquina é maravilhoso. Vê? Quando quer sabe como é. Devia querer mais vezes.
ResponderEliminarDe vez em quando é preciso perceber se os nichos de mercado deste blog ainda cá estão , Mirone.
EliminarOh, corrigiu... Mas continuo a achar balzaquina maravilhoso. Lembrou-me, vá-se lá saber porquê, o 'Adeus' de Eugénio de Andrade. É que gastando-se as palavras, e isto não o disse o poeta, podem sempre inventar-se outras. Nem tinha de se preocupar com os nichos, o 'Adeus' é unanimente aclamado.
Eliminar...é o escrever "que" em vez de "de".
ResponderEliminarSe eu tivesse um patrão que desse tantos erros, todos os dias cortava um poucochinho os pulsos, devagarinho, para doer mais.
Oh meu Deus, Pipoco, tem um anónimo borderline. Prometa-lhe que revê os textos, ninguém merece sofrer ao ponto de se cortar para esquecer esse sofrimento.
EliminarEstava aqui a lembrar-me de uma conversa que tive há uns meses...
Anónimo/a, atualmente "ter que" é aceite como variante de "ter de", até já foram considerados sinónimos. Portanto a utilização do "que" está aqui tão correta como estaria a utilização do "de".
EliminarBorderline com obsessão ortográfica! Não sou eu, adepto do free form, e niilista na forma. Mas a responsabilidade não é do Schauble. É destas metáforas, paixões, futebol, amor, o Meireles que se mata pela quarta vez, tudo um diorama que nos permite vislumbrar o inconsciente do nosso caro Pipoco, nós que também personificamos arquétipos...
EliminarDe qualquer modo, a gasta memória dos meus velhos canhenhos afirma que ter de e ter que são subtilmente diferente no aspecto do compromisso.
É verdade, é verdade - diz Meyrelles enquanto agita o copo e avança para a sua quinta mulher (oficial).
ResponderEliminarlulz
EliminarSobre o post, fiquei com muita vontade de deixar aqui as palavras de outra pessoa:
ResponderEliminar"O amor é tão mais fatal do que eu havia pensado, o amor é tão inerente quanto a própria carência, e nós somos garantidos por uma necessidade que se renovará continuamente. O amor já está, está sempre. Falta apenas o golpe da graça - que se chama paixão."
Clarice Lispector.
No entanto, sei que se o Ruben atentar no que Pipoco lhe está a dizer, terá sem dúvida uma vida mais, como direi, não quero ferir suscetibilidades,...cómoda, conformada...é, são palavras que não ofendem ninguém e são também um descanso para todos.
Tio pipoco, não o sabia dado aos delírios da musa esmeralda (mas adoro o verde de fundo do seu monograma) que nos envolve nas espirais dos condenados. O Rúben precisa de saber tio, tem de saber, que há quem prefira consumir-se na intensidade de mil sóis por um segundo a arder em fogo lento por uma eternidade, mas não podemos ter tudo.
ResponderEliminarE o amor, o que é? O amor é tudo.
Se o amor é tudo é possível afinal ter tudo? Claro, mas não no instante em que brilham mil sóis e não para toda a eternidade que nos forja em fogo lento.
Um dia para Agape, outro para Eros, outro ainda a Storge, mais um à Philia, outro para o desejo, noutro o entusiasmo, e escolho para agora, este momento, a Xenia pela hospitalidade que aqui recebo e a qual agradeço.
Deus inventou o amor para as pessoas ocupadas!
ResponderEliminarFelizmente existe este blog!
ResponderEliminarOh, Pipoca Arrumadinha...
EliminarOh, que queridos ! !
EliminarPipoco,
ResponderEliminarNão me desapontes: 23h59. Nem um minuto a menos, vá...
Beijinhos