26 maio 2015

Subindo no Blogometro

Eco, Umberto Eco, um dos meus favoritos escreve no seu livro novo sobre a inquietação de um jornal poder servir para outra coisa que não informar e uma notícia poder de facto não ter acontecido.

O Correio da Manhã não precisava desta publicidade de Umberto Eco.

6 comentários:

  1. estava aqui a pensar que a tinta preta fica marcada na língua...

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  2. Há um livro de Irving Wallace intitulado, na versão traduzida que li, "O Todo-Poderoso" que versa precisamente sobre o tema de jornais "fazerem" notícia quase ao mesmo tempo que a estão a noticiar. Em exclusivo, claro.
    (gostei das meias do Umberto Eco)

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  3. Cláudia26.5.15

    Parece que há uma nova forma de informação que se confunde com entretenimento. Se reparar, quando estamos a assistir aos noticiários das televisões, existem intervalos e a saída para o intervalo é feita com frases do género, já a seguir, isto, isto e isto, não perca... informação, transformada em espetáculo?. Acho que é aquela ideia de que as pessoas não conseguem prestar atenção a coisas sérias e tudo quanto não for muito leve e ligeiro, é um grande aborrecimento e não capta as atenções, as pessoas transformadas em palermas? que têm de estar sempre em modo divertimento, porque se assim não for, desistem de acompanhar?. Daí a inventarem-se notícias, acho um exagero, acho que o que se passa, é que se descura a investigação, acreditando-se facilmente, ou, se quiser, levianamente, em fontes que afinal não eram fiáveis e isso de facto não deixa de ser transformar ficção em realidade, mas sem intenção prévia.
    A ideia que tenho do Correio da Manhã é a de que é um jornal de leitura mais acessível, troca certas coisas mais complexas por miúdos. Muita gente, se não fosse o Correio da Manhã, não leria qualquer jornal, a compra diária desse jornal, é um ritual para muitos, para além de ser presença "obrigatória" nos cafés de bairro e, lá está, mistura informação com entretenimento e por isso deve estar à frente do jornalómetro.
    Então, parece que sempre é verdade que os assuntos tratados de uma forma, digamos, mais séria, afasta a maioria.

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    Respostas
    1. Lady Kina26.5.15

      Certos assuntos ou são tratados de forma séria ou transformam-se em não-assuntos. Os assuntos sérios afastam a maioria, em uma medida proporcional à atenção votada aos não-assuntos que a toda a hora momento e pretexto lhe são impingidos. Depois podemos cair, ou não, naquele círculo do "dão-nos o que queremos ver/ queremos ver o que nos dão".

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    2. Pipocante Irrelevante Delirante27.5.15

      A informação confunde-se com entretenimento. Ponto.
      Qualquer assunto, é entrevistar o vizinho, o padeiro da esquina, sem esquecer de trazer uns "peritos" para analisar algo cujos detalhes nem se conhecem. Depois é o populismo, o pânico, ou a exaltação.
      Factos?
      Nem por isso...

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