Proposta de Goya retratando as bloggers que nos mostram a imensidão de espaço livre na sua enxerga, Goya quis prestar um tributo às blogguers com alto índice de malfodibilidade, esse mal que assola as discordantes da opinião da manada.
Goya, num extraordinário momento de visão futurista, mostra-nos as bloggers seguidoras de outros bloggers. Nesta obra, as bloggers seguidoras preparam a estratégia para atacar massivamente o blog de uma pobre desgraçada que ousou deixar o acintoso comentário "as coisas não são bem assim" num post da blogger da sua predilecção.
Nesta obra, Goya retrata as bloggers que flutuam sobre a realidade, bloggers para quem a vida corre tranquila, porque acreditar que se consegue é meio caminho para dar a volta por cima, basta acreditar, basta repetir em voz alta que, em o querendo realmente, flutuamos sobre as dificuldades e conseguimos o que desejamos.
Demonstrando uma rara capacidade preditiva, Goya mostra-nos que as bloggers que voam sobre as dificuldades acabam por perder as boas cores. Porém, mesmo cinzentonas, continuam a flutuar.
Goya retrata-nos nesta obra, de forma sublime, a harmonia dos blogs irónicos propondo-nos dois bloggers irónicos que reflectem sobre a realidade de uma forma irónica, sem aleijar ninguém, usando apenas a graça inteligente.
Goya propõe-nos a sua visão de como um ancião da blogosfera, uma lenda com mais de oitenta e dois anos disto dos blogs, reage com elegância e tranquilidade à investida de anónimos mauzões , esses imprudentes, que tentam dar-lhe mordidelas nas orelhas. Repare-se na farta cabeleira do ancião.
Talvez o mais conseguido retrato da blogosfera, magistralmente registado por Goya, representando o Blogómetro, com os da frente do pelotão fazendo de tudo para que lhes atirem umas moedas. Lá atrás, no segundo morro, os blogs que Goya designou como "blogs Paços de Ferreira".
Goya, numa obra designada "Oh não, outro blog colectivo..."
Goya, esse visionário, mostra-nos os primeiros bloggers que tiram fotografias a pratos de comida.
Goya retrata-nos agora uma blogger feminista que reage com candura e elevação a uma provocação inteligentíssima de um blogger conceituado, um líder de opinião, uma referência no mundo dos blogues.
Goya, retratando um grupo de bloggers no preciso momento em que tomavam conhecimento de mais uma rubrica "Hoje deu-me para isto".
Goya, retratando o restrito grupo de bloggers que, de facto, lêem livros. Repare-se no blogger lá ao fundo, não percebendo nada do que o blogger erudito está a explicar mas, ainda assim, não arredando pé, fazendo tudo para aparecer no retrato.
Reparem como Goya retrata magistralmente o cão que se esconde, temeroso da máquina fotográfica com que que a sua dona blogger o persegue. Há aqui uma densidade dramática, evidenciada pelo espaço disponível na pintura, como se o animal não tivesse onde se resguardar, simbolizando claramente o vazio. O cão é tão fofinho, não é?
Desculpe a sinceridade, mas a Palmier dá 10 a 0...
ResponderEliminarSP
Concedo. Dez a um, vá.
EliminarJá vi isto noutro blog. E tinha mais piada
ResponderEliminarMas neste ficou a conhecer Goya. E isso é coisa de valor.
EliminarE acha que precisamos mesmo de si para ficar a conhecer Goya? Céus!
Eliminar"precisamos" são demasiadas pessoas. Referia-me apenas a si.
EliminarEsse ego fica magoado quando é ultrapassado?
EliminarAgradeço a intenção de ensinamento. A sua preocupação é tocante.
Vamos por partes, os bonecos dos blogs não têm ego. Logo, não há ego magoado.
EliminarNão me agradeça, estou cá (também) para isto.
(e não se absepinhe, é só uma brincadeira com uma blogger muitíssimo interessante, calha divertir-mo-nos um com o outro de quando em vez. Coisa sadia)
Não teria por que me abespinhar. O Pipoco é que reagiu algo agressivamente quando lhe disseram que o post original estava mais bem conseguido (e está).
EliminarE claro que os bonecos têm ego, não fossem eles inventados pelos seus autores.
(deste lado parece que um acha mais piada a outro, que outro a um, mas pode ser só o que (me) parece)
Faltam aqui alguns "segmentos" bloguísticos.
ResponderEliminar(Guernica também não seria mal pensado)
As Pinturas Negras têm o potencial que têm.
Eliminar(E podíamos fazer com livros e com filmes)
Provavelmente dos melhores posts que já li*
ResponderEliminar*(comentário que claramente me coloca em pelo menos 2 dos quadros aqui analisados)
Ora, é só um post de divulgação de pintura...
EliminarFantástico!
ResponderEliminarMH
Ainda tenho estas obras na memória de curto prazo. Diverti-me.
Eliminartouché! :DDDDDDDDDD
ResponderEliminar(eu bem sabia que tínhamos muito de Goya :D)
Palmier, não me saiu como lhe saiu a si. Mas não podia deixá-la sem contraditório e deu-me muito prazer este exercício. Obrigado pelo seu fantástico post.
Eliminar(e o que estamos a fazer pela divulgação cultural?)
Bastante razoável, bastante razoável.
ResponderEliminarVê, como não custa nada ser condescendente?
EliminarGosto muito de Goya, que gosto, e folgo em notar que começou logo com o meu segundo preferido. Lamento, todavia, que não tenha encontrado semelhanças com a blogosfera no meu favorito (passado a 3 de Maio) - se calhar era demasiado fácil ;)
ResponderEliminarAnyhoo, espero, impante, que alguém tenha a coragem de fazer um paralelo semelhante com a obra de Miró. Acho que há ali muita potencialidade.
Izzie, este estudo inclui apenas as Pinturas negras. O 3 de Mayo não é um dos catorze.
ResponderEliminarE é também o meu quadro favorito.
(Mais que Miró, Salvador Dali...)
Lembrei-me hoje de A Guerra das Rosas...um filme.
ResponderEliminarMuito bom :')
ResponderEliminarEstá engraçado!
ResponderEliminarPalmier 10 - 0 Pipoco
ResponderEliminarGenial, tio! Obrigado por partilhar o negrume destas obras de Goya. Portanto, continua empenhado no serviço público, tornando-se num cavaleiro das artes e até sabe esgrimir. Só o leio a si e a dois recomendados ali da lista do lado e como a Palmier não é um deles, não entendo o mistério da caveira por completo.
ResponderEliminarAinda assim, apreciei este momento de paródia mesmo não fazendo parte do plantel.
Tio adorei! Parabéns!
ResponderEliminarFez-me rir do principio ao fim. Então: "repare-se na farta cabeleira do ancião" e o ultimo foram demais. :):):)
Pena é ter escolhido um pintor tão deprimente, ao menos escolhia outro tão "urbano depressivo"como Goya, mas mais colorido, mais daltónico, tipo Van Gogh, sei lá...
VW
Nunca Goya me pareceu tão realista.
ResponderEliminarÉ fantástico, isto dos blogs!
Obrigada a ambos.
ResponderEliminarSeguindo a ideia das pessoas dos 10 a 0, apetece-me dizer que este jogo terminou com um empate, um excelente jogo, daqueles a que vale a pena assistir e neste caso, nem foi preciso comprar bilhete. Luz de Brueghel 10, negridão de Goya 10.
ResponderEliminarTal como disse a Cuca, obrigada a ambos.
Fabuloso! Então, o ancião de farta cabeleira a levar trincas nas orelhas deixou-me de rastos! :DDDDDDDDD
ResponderEliminarDeixou crescer o cabelo? :)
ResponderEliminarBrilhante! Diferente, mas não fica atrás do da Palmier :)
ResponderEliminar"Oh não, outro blog colectivo..."
ResponderEliminar:DDDDD
Não é bem "outro". É um kibbutz do pensamento.
Abraço!
(fantásticas interacções culturais)