08 abril 2015

Simplificando

Se percebi bem, J. Rentes de Carvalho dizia ontem na RTP2 que vive na ilusão de ser aquilo que desejava ser.

Fiquei a pensar nisto, primeiro na felicidade de que é ser aquilo que desejamos ser. Depois, muito mais divertido, assumir que pode não passar de uma ilusão isso de nos parecer que somos aquilo que desejamos ser.

11 comentários:

  1. Anónimo8.4.15

    A mim o que me deixou a pensar foi quando logo no inicio do documentário o Mestre Rentes de Carvalho seguro e de sorriso no rosto soltou : " as pessoas não sabem, mas a tolerância é uma forma de indiferença.»

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  2. Anónimo8.4.15

    Tio, não tenha medo de voar mas tenha cuidado com esses prados da mente que florescem junto ao abismo.

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  3. Cláudia8.4.15

    Bolas!... nó cego...

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  4. Anónimo8.4.15

    JRC dá as chaves de discernimento para distinguir uma e outra: ilusão e ser.

    MH

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  5. Irei ver a entrevista, mas parece uma tautologia de alguém atento às neuro ciências.

    Toda a limitada percepção é integrada no modelo mental que temos do mundo, actualizado e composto a cada momento, a cada pensamento estruturas reorganizando-se.
    Óbvia ilusão em relação à realidade objectiva, se é que tal coisa existe, embora me pareça de algum sentido que de facto exista algures, quanto mais não seja a um nível informacional.

    Vamos ver, vamos ver. Até para tentar redimir a minha própria ilusão.

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    1. Cláudia8.4.15

      E depois de ler este seu comentário, apeteceu-me acrescentar, que para além disso, (e se achar completamente desadequado e disparatado, paciência :) já está), mas, dizia eu, para além disso, apeteceu-me acrescentar esta frase que li de Borges e que também acho muito, muito interessante: "somos todos semelhantes à imagem que os outros têm de nós". E também acho que, tirando as matemáticas, não há "realidade objectiva", que não tenha a sua quota de subjectividade.

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    2. JRC é um excelente escritor, e um castiço que trata a ironia com uma intimidade invejável. ainda não encontrei a entrevista no RTP play mas recordo um outro local, não há muito tempo, pelo próprio, naquela atraente bonomia que tantas vezes o caracteriza:

      a possibilidade de dar a ilusão da verdade é comum tanto ao vigarista como ao escritor

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  6. Um grande senhor esse que sabe o que diz sempre!

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  7. Anónimo8.4.15

    Caravaggio não diria melhor

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