Naquele tempo, caminhava Salgadás, o profeta, sobre a cálidas areias do deserto de Nimedones, rumando a Tanganica, a cidade prometida, quando, morto de sede, entrou num estabelecimento desses que havia naqueles tempos e que serviam um gin que era apenas um gin e nada mais que um bom e honesto gin, e, fazendo o sinal que em todo o lado significa que se deseja ser servido, a mulher por detrás do balcão, uma bela mulher, dessas que podem ser aquilo que quiserem, excepto, talvez, estar por detrás de um balcão de um estabelecimento que serve gin, e a bela mulher, fazendo aquele trejeito de passar o polegar pelo queixo com ar indecifrável, igualzinho ao que fazia Nikita quando Elton John conduzindo um Rolls Royce encarnado lhe entregava o passaporte na fronteira e, num desafio à delicadeza das circunstâncias, cantava, precisamente, "Nikita", mediu Salgadás de alto a baixo e acabou por decidir que Salgadás era digno de lhe ser servida uma bebida, não sem antes questionar Salgadás se não se teriam conhecido noutro tempo e noutro local, ao que Salgadás, retomando sem demora o árduo caminho para Tanganica, esclareceu que não, sabendo que afinal talvez, quase de certeza que sim.
"Oh Nikita you will never know, anything about my home
ResponderEliminarI'll never know how good it feels to hold you
Nikita I need you so"
:DDDD
Foi quase!
ResponderEliminarSalgadás, o profeta. Uma história de encantar para adultos. É por estas e outras, que gosto tanto deste blogue.
ResponderEliminarTio pipoco, o nome do deserto é cheio de Salero.
ResponderEliminaro sinal para se ser servido, por desejo
ResponderEliminarSábio, esse caro Profeta. Tantos de nós nascem e morrem sem descobrir esse tesouro.
Porquê, meu caro? Sempre uma Mulher a servir ao balcão enquanto o Homem, asceta, persegue o conhecimento como se tivesse perdido algo.
silenciosa tranquilidade pré-tempestade?
ResponderEliminararmistício?
ponderosa consequência da probidade argumentativa de Salgadás, o saciado Profeta, ou impronunciável receio de Patricás, implacável verdugo, arauto da ordem, fiel da espada?
irrelevante a causa raiz. neste momento importam apenas as consequências, a bem da nação.
Ou este tio já me topou à légua ou então é tudo uma série de coincidências. Haja fé, pode ainda tudo ser obra do acaso. Pode ser que não, mas quase de certeza que algures rasa um sim.
ResponderEliminaró pipoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooco!
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