O senhor que inventou isto dos blogues, o saudoso John Blog, que, com mãos laboriosas, criou esta obra notável, moldando, acrescentando funcionalidades, aqui uma possibilidade de moderação de comentários, ali uma alternativa ao modelo "simple", notando as imperfeições e, finalmente, entregando-nos uma coisa em condições, onde podemos deixar poemas ou retratos cá das nossas coisas ou as nossas histórias, mais ou menos buriladas, também nós sabemos depurar e deixar escrito só o que nos interessa, John Blog, dizia eu, ficaria triste e enfadado se soubesse que uso estamos a dar a isto dos blogues, ele que se preocupou em criar essa funcionalidade que é passar ao blogue seguinte de cada vez que nos aborrecemos com o que lemos, dando-nos a possibilidade de ficarmos apenas com os que gostamos e deixar na profundeza do esquecimento os blogues maus, os de fraca figura, os que nos fazem urticária, deixando-nos a possibilidade de ficar apenas com os bons, aqueles em quem nos revemos, os que nos dão prazer e são uma ode à obra de John Blog.
As pessoas, todas as pessoas, são boas, tanto Príncipezinho citado e ainda há quem não saiba estas coisas simples, É claro que as pessoas não são completamente boas, e isso, não parecendo, é o sal da vida, dá-nos a possibilidade de notar o que há de melhor e relevar essa parte. E eu, que sei de pessoas, sei que, relevando as coisas boas, notando-as, as pessoas acabam por dominar melhor os seus demónios, trabalhá-los, acabando por se tornar ainda melhores pessoas e, no fim do dia, gostar mais da parte boa e quase esquecendo que a pior parte existe. Por outro lado, se não notarmos mais que a parte má das pessoas, soltam-se os tais demónios, descontrolados e quase nunca é bom de ver, para além de ser uma trabalheira convencer os demónios a voltar outra vez lá para o sítio deles, aquietá-los, dizer-lhes que não há necessidade, que está tudo bem outra vez.
Por isso, miúdas, em vos aborrecendo a parte má das pessoas dos blogues, o melhor é informá-las, tranquilamente, em privado, não assarapantando toda a gente, que está cá para se divertir, para aprender com quem sabe mais, para espairecer, às pessoas pouco importam as pequenas quezílias que, sendo enormes, são enormes só para quem são, não há nada que não se resolva com uma boa conversa, caramba, se sabem tudo umas sobre as outras, é ir ao encontro, olhos nos olhos, desabafar, dar dois berros, sem toda a gente a ver e, enfim, talvez acabar a tomar um gin e a perceber o óbvio, que a maior parte de nós é boa, não sei se já tinha dito isto.
(ah, o que eu resisti a um "Os problemas das mulheres: não saber gerir crises", ainda bem que consegui resistir)
Tio, sempre tão sábio a elucidar as ovelhinhas tresmalhadas.
ResponderEliminarUm grande bem-haja.
O senhor é meu pastor, nada me faltará!
Eu só espero que o caro Pipoco tenha tido o atempado cuidado de ter informado o Bispo sobre a intenção desta publicação, a fim desse ter prevenido a igreja para o fornecimento de hóstias necessárias à mais do que previsível reconversão das almas arrependidas.
ResponderEliminarEm todo o caso e pelo esforço humanístico para um mundo de muito amor e beijinhos (*) abençoado seja!
(*) Mundo de cá, este, o do nosso condomínio, entenda-se.
Não acredito que lavar roupa suja nos blogues seja a solução. Também tenho uma tonta da minha cidade que me persegue e, no início, ainda tentei denunciá-la, mostrar o quão ridícula era no meu blogue. Depois deixei-me disso, era só dar-lhe protagonismo. Se achamos que alguém nos fez mal nisto dos blogues, ignoramos. Fazer igual em resposta não é a solução e só nos faz tão maus como quem nos ofendeu primeiramente...
ResponderEliminar...ainda bem que conseguiu!
ResponderEliminarPipoco, vai fechar a caixa a comentários como tem feito nos últimos dias - que é o mais sensato, para quem quer manter as quezílias particulares alheias fora dos blogues - ou vai deixá-la aberta, sem contudo os publicar, só para ver em "que é que param as modas?
ResponderEliminar(tinha apostado num: Os problemas das mulheres: Não saberem quando devem parar)
clap, clap, clap, aplaudo de pé! Como tal ainda não percebi porque não atualizou a coluna de blogs ali à direita...
ResponderEliminarclap...clap...clap
ResponderEliminar(ass: alguém que abriu o seu 1º blog há 9 anos e uns dias e que perdeu o interesse pela escrita...por este género de escrita...)
:)))
ResponderEliminarFoi boa ideia espreitar" o Pipoco. Ele é mesmo salgado, mas com a receita certa. :))
Um bom domingo :)
Quer ajuda, Tio?
ResponderEliminarE que tal ir viajar com esse paternalismo para um local onde não haja mais ninguém? Assim, só se estragava uma ilha deserta.
ResponderEliminarMuito bonito!
ResponderEliminarLembra-se daquela parte do provocador nato? Na mouche.
ResponderEliminarO seu resistir é coisa de valor. Dura pouco, mas é coisa de valor...
A questão nestes casos, Pipoco, é não haver o tal olhos nos olhos. Como o Pipoco escreveu numa resposta num post anterior, as pessoas têm direito à penumbra, têm todo o direito a não lhes apetecer dar a cara, têm todo o direito a usufruir deste espaço só para trocar ideias e não números de telefone, têm direito ao anonimato, daí o Pipoco, ser o Pipoco, por exemplo, daí que uma coisa é não se gostar do estilo de escrita do Pipoco, das ideias que aqui expõe, outra coisa completamente diferente é arranjar-se forma de atingir o autor do Pipoco, valendo tudo menos arrancar olhos, só porque se embirra com o que escreve no seu blogue. Imagine que eu agora lembrava-me de dizer que o Pipoco é fulano de tal e punha-me para aí a dizer blogues fora. Este tipo de coisas, dá cabo disto, desvirtua isto tudo, põe isto ao nível dos comentários dos jornais online. A tal falta de olhos nos olhos, faz com que as insinuações, as supostas certezas, aqui sejam muito mais graves, é muito mais difícil provar-se seja o que for, porque, lá está, o anonimato, neste tipo de situações funciona a desfavor, ainda assim, continua a ser um direito, embora existam umas quantas pessoas com as quais não nos importávamos nada de ir beber um café e mandar o anonimato para as urtigas, pelo que simpatizamos com elas pelas palavras que escrevem, temos o direito de não mostrar a cara às outras e dar-lhes a conhecer só as palavras que entendemos que conheçam e se é isso que lhes estamos a dar, é isso que têm, tudo o que disserem para além disso estão a inventar e se gostam de inventar que inventem sobre si próprios e não sobre quem não conhecem para além das palavras.
ResponderEliminarSr Pipoco que belíssimo post, tão sábio, tão bem escrito, tão eloquente! Tanta sabedoria condensada só para justificar um desejo obscuro, expresso logo no título: “vos colocará sobre as suas pernas e vos dará umas boas palmadas nesses traseiros” Upsss
ResponderEliminarSerá que estas pecadoras também terão de fazer algum outro tipo de penitência, para ascender à sabedoria do Sr...
Olhe, gostei tanto, deste e do que está em cima deste, que até lhe perdoo a volta ao tema costumeiro, com graça, safa-se sempre. Mas ainda lhe pergunto, há qualquer coisa em si que se alimenta disto, não há?
ResponderEliminarO ressentimento é uma sopa espessa que se pousa nos lábios, passa pela boca e pelo esófago e vai ancorar-se no estômago. E ali fica, em ebulição constante.
ResponderEliminarTio, o título do seu post e as letrinhas pequeninas estragaram tudo.:)
ResponderEliminarVW
O Tio Pipoco é o sal da vida !
ResponderEliminarNota: os problemas das mulheres são cada vez mais os mesmos problemas dos homens e vice-versa, já repararam?
Um grande mentiroso é o que é. Conhecia a rapariga que lhe serviu o gin mas fingiu que não.
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