"Além do zumbido dos insectos e do ritmo dos passos dos cavalos, ouço um rugido à distância. Talvez seja o oceano - o trovejar constante das ondas que atingem as areias de Thingeyrar. Ou talvez esteja a imaginar. O mar entra-nos na cabeça. Como Natan costumava dizer, uma vez que lhe permitas entrar, nunca mais te deixa sozinha. Como uma mulher dizia ele. O mar é fastidioso." Últimos Ritos Hannah Kent
Hoje, o Menino, que esteve um tempo em silêncio, voltou e lá eu li isto " Não morremos; enquanto gente, não morremos, não morremos apenas por nos calarmos. Mas, calados, isso talvez já interesse pouco." Decididamente não sou de me calar e não quero morrer sufocada em palavras que não disse, querendo dizer. (Ontem foi um dia mau, todos temos dias maus). Quanto ao tema do post, no caso das outras mulheres não sei, esta mulher só tem certezas quanto ao que não deseja.
Pipoco, não quero perturbar a sua leitura ao som das abelhas, mas bem me parecia que ontem me tinha distraído e não tinha clicado em publicar. Ficou a faltar aqui um obrigada e quanto ao "Quando nos afastamos vemos melhor", confirmo, comigo resulta, faz mesmo falta, afastarmo-nos para ganharmos uma melhor perspectiva das coisas. (estou em frente a uma árvore igual à do seu post, ou parecida, a minha é uma ginjeira, as outras já tem folhas sem flores, mas aqui o acompanhamento sonoro é o chilrear dos pássaros). Pronto, não o incomodo mais, vou deixá-lo continuar a leitura.
Caro quiescente, vou aproveitar a sua pergunta para dizer que provavelmente o que a mulher deseja é que olhe para ela. Com prazer de olhar. Se o fizer, saberá o que ela quer. Nós olhamos mais demoradamente para as pessoas de quem mais gostamos. Já reparou, certamente.
estereótipo cara Susana. reconheço o materialismo da minha questão mas, por muito errado que possa sempre estar, a relação empática sub linguística que se cria é plena, muito próxima do sonho da transmissão de significado sem a locução da palavra, passe o pleonasmo. nem sequer é necessário olhar. a presença é sentida. seria aliás um critério imperfeito para os amantes invisuais.
Eu não vi materialismo na sua questão, quiescente, vi uma questão honesta e bem no seguimento do post do Pipoco, à qual respondi. E calha isto ser assunto para muita conversa correr à vontade. Quanto aos amantes invisuais, têm os olhos na pele. Penso eu.
O óbvio problema dos homens: demorarem mais do que um minuto a dar às mulheres aquilo que elas querem.
ResponderEliminarBoa!
Eliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=zCfyOXJf3ZM
EliminarQue ótimos comentários para abertura.
ResponderEliminarPirata acertou em cheio.
ResponderEliminarÓ Tio, então não se pode mudar de ideias?
ResponderEliminarVW
É tudo uma questão de timing - como sempre!
ResponderEliminarAs mulheres não mudam de ideias
ResponderEliminarA conjuntura à sua volta é que muda.
Que coisa!
ResponderEliminar" que teimamos em não lhes dar" é feio, não é ?
ResponderEliminar"Além do zumbido dos insectos e do ritmo dos passos dos cavalos, ouço um rugido à distância. Talvez seja o oceano - o trovejar constante das ondas que atingem as areias de Thingeyrar. Ou talvez esteja a imaginar. O mar entra-nos na cabeça. Como Natan costumava dizer, uma vez que lhe permitas entrar, nunca mais te deixa sozinha. Como uma mulher dizia ele. O mar é fastidioso." Últimos Ritos Hannah Kent
ResponderEliminarsc
Hoje, o Menino, que esteve um tempo em silêncio, voltou e lá eu li isto " Não morremos; enquanto gente, não morremos, não morremos apenas por nos calarmos. Mas, calados, isso talvez já interesse pouco." Decididamente não sou de me calar e não quero morrer sufocada em palavras que não disse, querendo dizer. (Ontem foi um dia mau, todos temos dias maus).
ResponderEliminarQuanto ao tema do post, no caso das outras mulheres não sei, esta mulher só tem certezas quanto ao que não deseja.
Dá-me muito gosto este seu comentário, Cláudia.
EliminarPipoco, não quero perturbar a sua leitura ao som das abelhas, mas bem me parecia que ontem me tinha distraído e não tinha clicado em publicar. Ficou a faltar aqui um obrigada e quanto ao "Quando nos afastamos vemos melhor", confirmo, comigo resulta, faz mesmo falta, afastarmo-nos para ganharmos uma melhor perspectiva das coisas. (estou em frente a uma árvore igual à do seu post, ou parecida, a minha é uma ginjeira, as outras já tem folhas sem flores, mas aqui o acompanhamento sonoro é o chilrear dos pássaros). Pronto, não o incomodo mais, vou deixá-lo continuar a leitura.
EliminarMas, que poderemos nós dar às mulheres que elas desejem ou lhes faça falta?
ResponderEliminarCaro quiescente, vou aproveitar a sua pergunta para dizer que provavelmente o que a mulher deseja é que olhe para ela. Com prazer de olhar. Se o fizer, saberá o que ela quer.
EliminarNós olhamos mais demoradamente para as pessoas de quem mais gostamos. Já reparou, certamente.
estereótipo cara Susana. reconheço o materialismo da minha questão mas, por muito errado que possa sempre estar, a relação empática sub linguística que se cria é plena, muito próxima do sonho da transmissão de significado sem a locução da palavra, passe o pleonasmo. nem sequer é necessário olhar. a presença é sentida. seria aliás um critério imperfeito para os amantes invisuais.
EliminarEu não vi materialismo na sua questão, quiescente, vi uma questão honesta e bem no seguimento do post do Pipoco, à qual respondi.
EliminarE calha isto ser assunto para muita conversa correr à vontade.
Quanto aos amantes invisuais, têm os olhos na pele. Penso eu.
não leve a mal cara Susana. por vezes perco-me na argumentação, entre a vigília e o sonho (ou a memória...). Abraço.
Eliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=EUJDepSR9gI
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