11 fevereiro 2015

Do post perfeito (I)

Mais do que no post perfeito, fiquei aqui a pensar na meia dúzia de linhas que decidem se o leitor de blogues opta por nos obsequiar com a sua generosa atenção ou se, por outro lado, passa rapidamente ao blogue seguinte, ostracizando-nos para sempre. Um blogue (este blogue) faz-se também de quem o lê, não há como fazer de conta que não é assim, quanto mais estimulantes forem os comentários, mais interesse terei na interacção, mais sentido fará manter o blogue. Os comentadores têm o tremendo poder de fazer com que um blogue se reinvente ou de o fazer cair no trivial ou, no limite, de fazer com o que o blogue deixe de fazer sentido. Alturas houve em que a coisa certa a fazer foi gerir com parcimónia a minha intervenção, tão rica estava a discussão na caixa de comentários, tanto havia a aprender com aqueles que, como eu, se fascinam por ter uma boa discussão com quem não conhecem, só pelo tremendo gozo de debater uma ideia.

Mais do que o post perfeito, a magia está em assegurar que cá estarão as tais linhas que fazem a diferença, as que deixam o leitor com vontade de voltar a ler-nos, que isto nunca se sabe quando nos visitará o comentador perfeito.

11 comentários:

  1. Um dia houve em que o TEMPO CONTADO fazia referência a um certo D. Pipoco tendo-me remetido para aqui. Foi aquele esgrimir de palavras entre cavalheiros, algures no verão de 2013, que muita gente apreciou e certamente se recordará. Isso e depois o post sobre os muitos pares de meias iguais que comprou, tendo deitado fora todas as que tinha, fizeram-me visitante assídua.
    A caixa de comentários é um dos ímans do blog, pois é. Mas nem sempre atrai.

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    1. J. Rentes de Carvalho foi de uma generosidade que não esquecerei. O palco que me deu fez desse mês de Agosto um tempo feliz.

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  2. Busto do Napoleão11.2.15

    Cuidado, rapaz. Estás a comecar a levar isto demasiado a sério.

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  3. Tenho-me questionado sobre a importância dos comentários...e até que ponto o bloguista é ou pode ser egoísta e o intuito com que escreve (não escreverá de si, para si, etc?). Se calhar é fingidor como o poeta. Comecei um blog há pouco tempo...não tenho qualquer feedback. Possivelmente o que lá escrevo não interessa a ninguém, apenas a mim. Nesta aldeia global, quem se interessa sobre o indivíduo? Bem, o mais certo é faltarem-me as linhas que fazem a tal diferença :)

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    1. Já tem feedback, e não é só meu...
      (talvez o nome do blog seja importante, o seu tem duas palavras que me afugentam, talvez nunca chegasse a ter vontade de ler. Mas gostei muito, Jucas.)

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    2. Tudo consequência do comentário que aqui deixei, creio.
      Quanto ao nome, acredito que, sem o devido contexto, afugente. Criei o blog quando decidi desistir do facebook e, consequentemente, decidi voltar a usar o tempo que aí desperdiçava para me dedicar às coisas que mais gosto e que estavam um pouco postas de lado: escrita, musica, etc.. Se tiver pachorra de buscar o primeiro post, aquele em que é feito o contexto, be my guest!
      P.S. Obrigada.

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  4. A Uva hoje até estava disposta a deixar aqui um comentário sério no blog do Pipoco, sobre o post do Pipoco... mas depois voltou a lembrar-se que o comentador perfeito é em primeiro lugar um 'conversador'.
    Nesse caso a ilação que retiro do tema que expõe hoje, é que não terá nenhum comentador perfeito se apenas se dedica ao monólogo.

    (não precisa responder)

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    1. Uva, não é absolutamente verdade o que diz. Mesmo não sendo conhecido pela interacção, em parte por não saber o que se responde a alguns comentários, em parte por não conseguir responder a todos, é claro que tenho comentários que acre
      acrescentam ao que foi escrito, para além daqueles que são uma delícia,de tão bem eescritos que estão.

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  5. A perfeição leva o seu tempo preciosos ainda assim nunca a terá por garantida completamente, uma simples opinião!

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  6. Anónimo11.2.15

    Chamou tio?

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  7. Todos os dias procuro o poema perfeito...
    E já houve dias que pensei que o tinha encontrado

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