Estimado Pipoco (para amortizar o que se segue), nunca leu um livro do Rodrigues dos Santos, pois não? isso é preconceito em relação aos mais vendidos verdade?, isso é tudo porque o homem é um Tony Carreira dos livros, não é?. Sou aqui completamente isenta, porque ainda não li nenhum livro dele, mas quero ler para saber como é, as pessoas que conheço, que leram, gostaram. É uma pena não ter estado na Fnac do Colombo, para ver alguém ir trocar esse livro, ficaria a saber quem era o Pipoco, e nem tenho qualquer dúvida, que me ofereceria o livro por eu ser uma sua leitora tão dedicada e ia sair dali mais leve, sem Modiano, nem Mozart, com prejuízo, mas de coração reconfortado por mais uma boa acção.
Então retiro o que disse...(só lhe estou agora a responder, para lhe dizer, que não é possível, que a primeira vez que me responde, me parta assim o coração chamando-me Cláudio)
Oh! Palmier, ainda bem que a fiz rir, mais do que justo, por todas as vezes que me tem feito rir a mim. Agora sim Pipoco, saio daqui mais reconfortada. Sorriso de orelha a orelha para os dois.
Saberá certamente o drama que pode advir do facto de chamar a uma mulher o nome de outra, agora imagine o que é, em termos de densidade dramática, trocar o nome de uma mulher pelo de um homem. Mas estou disposta a pôr uma borracha sobre o assunto e a fazer de conta que, fazendo um paralelismo geográfico, a tecla "o" não está em Lisboa e a "a" em Almada, muito pelo contrário, estão as duas praticamente encostadas ombro com ombro, ao balcão de uma pastelaria Aloma, a comerem um pastel de nata e assim sendo, o engano torna-se perfeitamente desculpável, dê-se pois por resolvido este incidente.
Suspeito uma enorme desilusão por parte da lareira do meu caro.
Não cara Cláudia, nunca li mais de 10 página, das mais penosas da minha estranha vida. E repare que, sendo das ciências exactas, já li coisas muito penosas.
Prolixo ersatz de coisas já de si ruins, foi o que me ocorreu. E admito poder estar errado, sempre, em todas as coisas. Mas, por qualquer estranho quiasma mental, associo sempre o caro JRS àquela piscadela de olho no final do "telejornal", às chamas de uma lareira... e a uma entrevista em que, fascinado, dissertava acerca de Gödel.
Dividem-se então as opiniões quanto à escrita de JRS, como é normal, ainda tenho de descobri em qual dos lados vou ficar. Mas isso da piscadela de olho, caro Quiescente, já pode ser aquele bocadinho, para não dizer bocadão de preconceito, que existe cá no burgo... o grande intelectual não mostra os dentes, não revela qualquer forma de proximidade com o seu semelhante, é frio e distante, aquilo a que eu chamo a síndrome Vasco Pulido Valente e aquele seu semblante de eterno desprezo e enjoo para com o resto da humanidade, e olhe que eu gosto de ler e ouvir o homem, só que fico sempre a pensar que mora ali uma criatura insuportável e parece que por cá, quanto mais insuportável mais respeitabilidade merece, já percebeu que isso da piscadela de olho do JRS, é para mim, até um ponto a favor.
(Cuca a Pirata, aproveito este comentário para lhe agradecer a sua solidariedade, ali mais acima , coisa que me esqueci de fazer na altura devida :))
:))))) de bom grado trocava a falsa proximidade por notícias de jeito que por uma vez não incluíssem entrevistas a crianças e avozinhas, Ronaldinho, festas populares, estreias de telenovelas e comentadores sabe-tudo. trocava com prazer essa 'simpatia' simulacro pela austeridade sincera e factual do meu antigo professor de estatística que passava 20 alunos por ano e me dizia que 16 era uma magnífica classificação. trocava a banalidade etérea do entretenimento que apresentam das 20 às 21 por 15 minutos de notícias. Pulido Valente é irascível porque vê a lástima do porvir social, cultural ou o que seja lá com as dores que o afligem. aprende-se mais com um parágrafo do homem que com dois quilos de JRS. ou então mais nos vale o calendário pirelli, o myzen ou o marco e a heidi a essas horas. porque há uma notória hipocrisia, uma manipulação emocional insuportável na estrutura dos actuais telejornais. não há separação de nacional e internacional, não há estrutura temática, tempera-se o horror da catástrofe com os golos do Ronaldo, o homicídio com a criança-herói e os ridículos vídeos do youtube, oscilando do início ao fim nesta valsa deprimente, horror seguido de esperança seguida de horror seguido de esperança seguido de um até amanhã com uma piscadela de olho para mostrar que está connosco na mágoa e na alegria. burlesco casamento. e profundamente infeliz. pathos, pathos e mais pathos, e sem caçadeira que nos valha. enfim, também se pode argumentar que apenas um velho casca grossa preguiçoso como eu esperaria algo mais que entretenimento de um telejornal. Abraço!
:DDDDD, cara Palmier, só aguentei até à ocasião em que me parece que o Sr. (neste enferrujado inglês do meu enrugado cérebro) explicou que lá para o final do livro ficaríamos a compreender o sentido da vida. saltei logo para o final, faltou o piscar de olho, mas foi bom. que posso dizer? há algo no JRS que me baralha o cérebro numa máquina de lavar a roupa onírica.
Estimado Pipoco (para amortizar o que se segue), nunca leu um livro do Rodrigues dos Santos, pois não? isso é preconceito em relação aos mais vendidos verdade?, isso é tudo porque o homem é um Tony Carreira dos livros, não é?. Sou aqui completamente isenta, porque ainda não li nenhum livro dele, mas quero ler para saber como é, as pessoas que conheço, que leram, gostaram. É uma pena não ter estado na Fnac do Colombo, para ver alguém ir trocar esse livro, ficaria a saber quem era o Pipoco, e nem tenho qualquer dúvida, que me ofereceria o livro por eu ser uma sua leitora tão dedicada e ia sair dali mais leve, sem Modiano, nem Mozart, com prejuízo, mas de coração reconfortado por mais uma boa acção.
ResponderEliminarNenhum preconceito quanto a quem mais vende, Cláudio (aposto que Modiano vende mais que Rodrigues dos Santos...).
ResponderEliminarE li Rodrigues dos Santos, evidentemente: A Ilha das Trevas, a Fórmula de Deus e o Codex 632. Creio que não lerei mais nada.
Então retiro o que disse...(só lhe estou agora a responder, para lhe dizer, que não é possível, que a primeira vez que me responde, me parta assim o coração chamando-me Cláudio)
Eliminar(e agora tive um ataque de riso)
EliminarCláudia, estou desolado.
Eliminar(é que a tecla "a" é tão próxima da tecla "o"...)
(é que o Tio Pipoco é extremamente maléfico, Cláudia. Faz de tudo para partir o pobre coração das suas comentadoras! Tem as técnicas mais pérfidas!)
EliminarRealmente...
EliminarNão se faz!
Oh! Palmier, ainda bem que a fiz rir, mais do que justo, por todas as vezes que me tem feito rir a mim.
EliminarAgora sim Pipoco, saio daqui mais reconfortada.
Sorriso de orelha a orelha para os dois.
Cláudia podemos resolver isto civilizadamente?
ResponderEliminar(estou verdadeiramente desgostoso com o meu lapso...)
(não era minha intenção fazê-la sofrer desta forma tão dramática)
Saberá certamente o drama que pode advir do facto de chamar a uma mulher o nome de outra, agora imagine o que é, em termos de densidade dramática, trocar o nome de uma mulher pelo de um homem. Mas estou disposta a pôr uma borracha sobre o assunto e a fazer de conta que, fazendo um paralelismo geográfico, a tecla "o" não está em Lisboa e a "a" em Almada, muito pelo contrário, estão as duas praticamente encostadas ombro com ombro, ao balcão de uma pastelaria Aloma, a comerem um pastel de nata e assim sendo, o engano torna-se perfeitamente desculpável, dê-se pois por resolvido este incidente.
EliminarDesse fulano, apenas o delicioso post do Malomil. Convenhamos, a literatura tem levado fortes machadadas, não lhe dêem mais esta.
ResponderEliminarFaz bem!
ResponderEliminar"Tenho sempre a impressão de escrever o mesmo livro"
ResponderEliminarUm diz, o outro parece.
Suspeito uma enorme desilusão por parte da lareira do meu caro.
ResponderEliminarNão cara Cláudia, nunca li mais de 10 página, das mais penosas da minha estranha vida. E repare que, sendo das ciências exactas, já li coisas muito penosas.
Prolixo ersatz de coisas já de si ruins, foi o que me ocorreu. E admito poder estar errado, sempre, em todas as coisas. Mas, por qualquer estranho quiasma mental, associo sempre o caro JRS àquela piscadela de olho no final do "telejornal", às chamas de uma lareira... e a uma entrevista em que, fascinado, dissertava acerca de Gödel.
O melhor de José Rodrigues dos Santos. de ir às lágrimas...
Eliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=ebA4KGVEPQY
Dividem-se então as opiniões quanto à escrita de JRS, como é normal, ainda tenho de descobri em qual dos lados vou ficar. Mas isso da piscadela de olho, caro Quiescente, já pode ser aquele bocadinho, para não dizer bocadão de preconceito, que existe cá no burgo... o grande intelectual não mostra os dentes, não revela qualquer forma de proximidade com o seu semelhante, é frio e distante, aquilo a que eu chamo a síndrome Vasco Pulido Valente e aquele seu semblante de eterno desprezo e enjoo para com o resto da humanidade, e olhe que eu gosto de ler e ouvir o homem, só que fico sempre a pensar que mora ali uma criatura insuportável e parece que por cá, quanto mais insuportável mais respeitabilidade merece, já percebeu que isso da piscadela de olho do JRS, é para mim, até um ponto a favor.
Eliminar(Cuca a Pirata, aproveito este comentário para lhe agradecer a sua solidariedade, ali mais acima , coisa que me esqueci de fazer na altura devida :))
:)))))
Eliminarde bom grado trocava a falsa proximidade por notícias de jeito que por uma vez não incluíssem entrevistas a crianças e avozinhas, Ronaldinho, festas populares, estreias de telenovelas e comentadores sabe-tudo. trocava com prazer essa 'simpatia' simulacro pela austeridade sincera e factual do meu antigo professor de estatística que passava 20 alunos por ano e me dizia que 16 era uma magnífica classificação. trocava a banalidade etérea do entretenimento que apresentam das 20 às 21 por 15 minutos de notícias. Pulido Valente é irascível porque vê a lástima do porvir social, cultural ou o que seja lá com as dores que o afligem. aprende-se mais com um parágrafo do homem que com dois quilos de JRS.
ou então mais nos vale o calendário pirelli, o myzen ou o marco e a heidi a essas horas. porque há uma notória hipocrisia, uma manipulação emocional insuportável na estrutura dos actuais telejornais. não há separação de nacional e internacional, não há estrutura temática, tempera-se o horror da catástrofe com os golos do Ronaldo, o homicídio com a criança-herói e os ridículos vídeos do youtube, oscilando do início ao fim nesta valsa deprimente, horror seguido de esperança seguida de horror seguido de esperança seguido de um até amanhã com uma piscadela de olho para mostrar que está connosco na mágoa e na alegria. burlesco casamento. e profundamente infeliz. pathos, pathos e mais pathos, e sem caçadeira que nos valha.
enfim, também se pode argumentar que apenas um velho casca grossa preguiçoso como eu esperaria algo mais que entretenimento de um telejornal.
Abraço!
:DDDDD, cara Palmier, só aguentei até à ocasião em que me parece que o Sr. (neste enferrujado inglês do meu enrugado cérebro) explicou que lá para o final do livro ficaríamos a compreender o sentido da vida. saltei logo para o final, faltou o piscar de olho, mas foi bom.
Eliminarque posso dizer? há algo no JRS que me baralha o cérebro numa máquina de lavar a roupa onírica.