"Prezado D. Pipoco,
Muita confusão advém da leitura apressada e dos esconsos
sentimentos do leitor! Escrevi eu de boa-fé e com apreço acerca de "coisas
de gajas", sofro de imediato a sua elegante estocada que, deixe-me
dizer-lhe, além de imerecida, é mal empregada neste oponente, que à fragilidade
dos anos acrescenta o ferrete de emigrante, tipo de gente que, pelo que de si
tenho lido, lhe merece pouca estima.
Deixemos essa e outras miudezas, vamos ao que conta. A
palavra "gajo" ouvia-a eu na infância, ora com o sentido de apreço,
"um bom gajo", ora significando desprezo, como em "esse gajo é
um fdp". Eça de Queiroz, como pode ver,
dava-lhe o significado de compincha ou do inglês "fixer".
Talvez porque há mais de sessenta anos vivo longe, não me
tinha ocorrido que a palavra tivesse feminino, pelo que me foi novidade e muito
alegrou, quando ao tornar-me leitor ávido de blogues de senhoras descobri que não somente havia gajas, mas
para meu assombro elas excediam de longe o meu conhecimento e o uso do vernáculo.
No sossego em que trabalho, tem-me acontecido, não direi
corar, mas sentir um inesperado arrepio ao dar-me conta de que a tola
emancipação dos anos 60 resultou numa emancipação de verdade. Porque devo dizer
que a igualdade, toda a igualdade, inclusive a dos sexos, continua para mim um
inestimável bem.
Abespinhou-se Vossência de me ver descarrilar, permita-me
que explique e retorne a alguns blogues femininos que, além de divertido e
ensinado, me têm aberto os olhos (nunca é tarde demais) para o mundo que me
rodeia.
Infelizmente descontinuado, havia um, anonimadosenes.blogspot.com, que pela
liberdade do pensar, a franqueza do erotismo e a excelente prosa, não só conseguia
assombrar-me, como contribuiu para que revesse algumas ideias e sacudisse uma
ou outra teia de aranha da minha sensibilidade. Desconhecendo a autora, aqui
lhe deixo prova de gratidão.
Devia calar umjeitomanso.blogspot.com
, porque já lá recebi louvores, mas a senhora é incomum no estilo, na
linguagem, na interpretação de informações e, last but not least , no erotismo gótico das suas histórias.
A terminar é obrigatória a menção do blogue da "gaja" onde, anos atrás,
andava ela então pela Holanda, descobri a palavra: osexoeaidade.blogspot.com. O título é um achado. Incomodava-me, não
a fotografia do rosto da Madame, mas
o chapéu de ranchero paraguaio com
que ela se cobria, felizmente trocado há pouco pela frente de um Porsche
clássico.
Outros teria a apontar e para tal aguardo hora propícia. A
razão das minhas visitas ao/à (?) "sexinho" é simples: deveria dizer que
vou lá para receber eflúvios, mas a verdade é singela e plebeia como o estrato
a que pertenço, vou lá para cheirar um modo de vida que só conheço de ouvir
dizer, um mundo de Louboutins, Blhaniks,
Dior, Chanel, Lamborghinis, Bentleys,
"gente linda", resorts e
champanhe.
Vejo que exagerei. Mais uma vez dou conta que, mau grado
tão longo afastamento físico, continuo um Alpedrinha, e como ele,
"meridional, das nossas terras palreiras da vanglória e do vinho".
Creia-me Vossência att. seu.
Se me permite e porque este assunto é relevante para a Blogosfera, gostaria de divulgar o lançamento no meu humilde blog do «Jornal Blog» muito agradecida!
ResponderEliminarSinta-se mesmo privilegiado, Pipoco. Ter alguém do quilate de J. Rentes de Carvalho a dar-lhe conversa não é para todos.
ResponderEliminarRita C.
Mas, mas... é MESMO Rentes de CARVALHO, o escritor?
ResponderEliminarObrigada Senhor Mais Salgado, por ter dado origem a isto, aliás, por toda esta semana, em que se empenhou, particularmente, em manter as coisas por aqui sempre animadas, embora já fosse, tornou-se um gosto ainda maior passar por cá.
ResponderEliminarCaro Pipoco, é um sortudo.
ResponderEliminarComo se diz aqui pelo Alentejo: vocês andam "encigueirados" um pelo outro.
ResponderEliminarQue é como quem diz: é que vai para aí um namoro (isto sou eu a interpretar).
JRC é grande. Que delícia de prosa.
ResponderEliminar(sorriso feliz)
Grande e eloquente. Prosa deliciosa, Expoente máximo da bela prosa-lírica
EliminarEntão sobre a sexinho, sua amiga do peito como lá lhe vai dizer com muitos beijinhos, foi de uma eloquência brilhante.
Tem razão para o sorriso feliz. De orelha a orelha.
Prometi que não comentava mais, mas foi mais forte que eu.
Provavelmente terá não verá isto aqui, mas irá vê-lo noutro lado.
Queira, minha senhora M D Roque, aceitar as minhas sinceras homenagens.
Corvo.
Prosa deliciosa de facto, no contexto da polémica das gajas. Quanto ao resto, dei o devido desconto, claro, com todos os beijinhos do mundo. Aliás, não é preciso um grasnar pretensioso para abrir os olhos aos seres inferiores, pobres de espírito, coitadinhos. Sabe que a ironia tem muitas vezes dois gumes e o sarcasmo nem sempre é tão certeiro como queremos fazer crer? Para um necrófago, ainda tem muito que aprender.
EliminarBons voos, Corvo, com muitos beijinhos também, porque não ?
Foi o que eu disse. Prosa deliciosa no contexto das gajas?
EliminarDas gajas e das Madames.
Também prosou sobre os paraguaios, ou paraguaio, mas deve ter sido confusão. Lá estaria a pensar na falta que o Cardoso faz ao Glorioso, e escapou-lhe.
Mas, claro o seu aplauso e grande sorriso foi dedicado a grande prosa sobre as e certamente nem reparou no paraguaio.
Corvo.
Sabe que pelos mandamentos Talibãs quem possuir periquitos é espancado publicamente e as aves abatidas? Eu nem tenho pássaros, mas parece que saí na rifa a um passarão. Corvo, a pessoa em questão é perfeitamente capaz de dar o troco que tiver a dar, com a mestria que lhe é peculiar, não precisa de maus agouros.
EliminarComigo, a implicância já vem de trás e não me diz nada, tampouco me incomodam as palavras nem ou os grasnados. Sei que sou uma pessoa larga de constituição, mas não creio que ande por aí a ensombrar o voo do Corvo. BFS e tenha juízo.
Só lamento que estes diálogos sejam de ano a ano... (não vai terminar por aqui, pois não?)
ResponderEliminarBem que podiam criar um blog...ou editar um livro... Cartas a...
"revesse"???!!!
ResponderEliminarTodos temos uns reveses, de vezes em quando....
ResponderEliminarE então a gralha, não há como evitar.
Que curioso... não vejo nada disto no blog da Sexinho... vejo o blog de uma pessoa boa, generosa, gentil e genuína que, por acaso, faz ou tem algumas das coisas referidas acima. talvez os meus olhos sejam mais doces...
ResponderEliminarJRC diz logo a seguir que vê que exagerou. Isso, porque qualquer um que leia a Sexinho sabe que só podia ser exagero, idiossincrasias de um bom escritor...
EliminarMas muito chique sem alarde, na medida certa. E elegante, e bonita.
ResponderEliminaresse Rentes de Carvalho é um gentleman e um excelente prosador. Literatura da boa, ele escreve aqui nos blogues.Bom de prosa, diriam os brasileiros.
ResponderEliminarSerá que às/os anónimos aí acima não ensinaram os conjuntivos do verbo rever? E atrevem-se a ironizar?
ResponderEliminarO Senhor valha aos pobres de Gramática.
JRC
Jorge Jesus é meu leitor, meu caro JRC.
Eliminar(Bom rapaz, mas...)
Pipoco, espero que tenha respondido assim apenas por delicadeza de anfitrião.
EliminarJRC, o meu "revesse" não continha ironia apenas estupefação. Mas o senhor é um gentleman como o comprova o "mea culpa".
Ass: Boa rapariga, mas...
"D. Pipoco, mande-me o mail de Jorge Jesus, sff"
Eliminar.......
Três Gentlemen, sem dúvida.
Provavelmente porque os anónimos lá de cima colocam o comentário imediatamente a seguir à leitura sem se preocuparem se os verbos estão bem conjungados ou não.
ResponderEliminarJá o caro escritor nas 48 horas de composição de texto, obviamente não cai nesse erro.
Corvo.
«O coração é víscera que derranca o sangue, se com as muitas vertigens o vascoleja demais.»
ResponderEliminarCamilo falava do meu coração, cinco segundo após a leitura do texto de Rentes de Carvalho, mas, ao contrário de Camilo, não ouso abafar-lhe as válvulas. Agora, é deixá-lo falar!
Meu querido Rentes de Carvalho, esta gaja que aqui lhe tecla, não diria renascida das cinzas, cliché enfadonho, mas retornada dos confins do mundo, a aldeia da Merdaleja, para fazer parte desse Admirável Mundo Novo, o das Gajas, já introduzido anteriormente na literatura, e agora garbosamente associado àquela que fui outrora, pelo meu Amigo, em companhia de duas bonitas e inteligentes senhoras, a Jeito Manso, que leio, mas com quem nunca privei, e a dulcíssima Sexinho, mulher que admiro e a quem mando um beijo e um abraço, [pausa para respirar fundo], repito, esta gaja que aqui lhe tecla, meu querido Rentes de Carvalho, ultrapassou a fase da admiração à Sua pessoa e encontra-se agora em deleite espiritual de profunda adoração, (sim, é para ficar piegas, senhor revisor, não se apoquente, a Anónima está morta, e como bem diz Machado de Assis, «na morte, que diferença! que desabafo! que liberdade! Como a gente pode sacudir fora a capa, deitar ao fosso as lentejoulas, despregar-se, despintar-se, desafeitar-se, confessar lisamente o que foi e o que deixou de ser! Porque, em suma, já não há vizinhos, nem amigos, nem inimigos, nem conhecidos, nem estranhos; não há plateia.»
Por mais que tentasse, meu querido Rentes de Carvalho, não lhe conseguiria nunca explicar a importância das generosas palavras que me ofereceu. Simplificando, e para fugir ao dramatismo barato - que eu sou gaja sensível, sou, sim senhor, e também fungo -, as suas palavras permitiram a paz da alma da defunta Anónima dos Énes. Muito obrigada.
Sir Pipoco, para si, um forte abraço, espero que passe por cá um dia destes, a Merdaleja tem os seus encantos, não o duvide, e embora não tenha homens de patilhas no grémio - agrícola, claro está -, tem senhoras de bigode no adro, que vai dar ao mesmo.
E como não aproveitar esta belíssima oportunidade para mandar furgonetas, que é palavra bonita, de beijos e abraços para tanta gente boa, muitos deles antigos clientes da tasca, que por aqui passa? A todos, os meus sinceros cumprimentos e saudades.
ex-anónima dos énes
também fiquei a fungar ao ler porque me revi nesta evolução de um ser
EliminarL
Muitas saudades
EliminarMinha querida Anónima dos énes, não o saberei dizer como JRC, afinal JRC é homem das letras e eu não passo de homem vagamente interessado nas matemáticas e nas termodinâmicas, mas a verdade é que sinto falta da sua subtileza e do alinhamento das suas palavras. Gosto genuinamente de si.
Eliminar
Eliminar"Com mil raios e trovões!" Assim fico sem jeito. Nada de palavras gentis, Sir, não se esqueça de que a Anónima era camionista!!!
(O sentimento é recíproco, Sir.)
MD Roque, saiba que a guardo no coração.
Retiro-me, apanho a camioneta para a Merdaleja daqui a pouco. Lá na terra a rede é fraca, perdoem-me se não voltar.
Saudades suas e da MH
EliminarQuerida ( Ex. nAnonima).
EliminarSe é certo que essa sua morte demorada - quase o esplendor da luz perpétua - me mantêm em ferida o mais profundo patamar do âmago, não será menos verdade que , ao vê-la “ressuscitar” citando Machado de Assis - Memórias póstumas de Brás Cubas - sinto uma alegria tal que ,” eu bem sei que, para titilar-lhe os nervos da fantasia, devia padecer um grande desespero, derramar algumas lágrimas, e não almoçar. Seria romanesco; mas não seria biográfico. A realidade pura é que eu almocei, como nos demais dias..."
Saudades
Quanto aos "Senhores vivos( JRC e PMS), não há nada tão incomensurável como o desdém dos finados..."
Dois fortes abraços
( Sr. Pipoco, em boa hora lhe dei a conhecer o Tempo Contado de JRC)
http://pipocomaissalgado.blogspot.pt/2013/06/afinal-andamos-todos-ao-mesmo.html#comment-form
Querida ( Ex. nAnonima).
EliminarSaudades tuas, inexplicáveis....
Bjão
Casaert
Mea culpa! Voz amiga corrige-me com razão. "Revesse"? Não! "Revisse"!
ResponderEliminarD. Pipoco, como o citou antes, mande-me o mail de Jorge Jesus, sff. Grato.
JRC
" sobre mea culpa"
EliminarEstimadíssimo JRC, que fez "ressuscitar" por um breve momento a ex Anónima dos énes alterando-lhe o sistema circulatório, e que introduziu sangue novo neste blog ultimamente muito pálido, está perdoado ! Eu fiz um dos comentários ( o da ironia) e bem me arrependi depois de ler o seu contra-comentário.
PMS mostrou muito pouco nível ao convocar o JJ para ajudar à festa. Será necessário fazer entrar neste blog o JJ ? No mesmo plano dos comentadores (que afinal até estavam certos ... o corvo percebeu) ? Será mesmo necessário ?
Bom fim de semana
Não é sem um circunspecto sorriso que chego tardiamente.
ResponderEliminarA minha admiração pela valia da prosa do caro JRC, pela sua meticulosa paciência de artesão do verbo, só encontra par na sentida desventura que me acompanhou durante a leitura do comentário gentilmente reproduzido pelo caro PMS.
Por mero desassossego circunstancial, ou simples incompreensão, depreendi um significado gélido de estilete, um velado argumentário frágil na lógica, onde os meus caros colegas encontraram apenas a volúpia formal de um taumaturgo da palavra.
Porventura quixotesco, dantiano dir-se-á, perdido nesta seriedade egomaníaca que ocasionalmente me caracteriza, quiçá simplesmente por admirar demasiado a sensibilidade da querida N., vejo a indignidade prosaica de um cavalheiro que não se soube fazer valer unicamente pela propriedade dos seus argumentos, que não soube, ou não pôde, ou não quis, manter o argumento no domínio conceptual, que sentiu a compulsão de concretizar um refinado e personalizado escárnio disfarçado de suave carícia.
Saiba o meu caro que, em eras mais cavalheirescas, um homem levava-se apenas a si próprio e a uma mortalha para um duelo.
E é na perplexidade deste enleio que o encontro novamente a satirizar, a ênfase agora na ortografia. Dir-se-á com alguma justiça que pretendo mitigar dores que não são minhas. E no entanto, como o próprio JRC acaba por demonstrar, talvez ainda no âmbito da sua acutilante ironia, são dores de toda a gente, e um argumento notoriamente pueril no contexto de qualquer discussão, demasiado obsessivo.
Saiba o caro JRC que o texto rápido, quase avulso, deste meio digital se deve ao tempo, se deve ao facto de, óbvia mácula do sistema de ensino público, alguns de nós terem passado parte da sua vida imersos em transformadas de Laplace, funções de Dirac, formulações de Paseval, teoremas de Cauchy, de Liouville, de Euler, de Hilbert, de Schrodinger, de Eckart, de Lorentz.
Infelizmente não nos foi possível, por limites temporais inerentes a esta nossa colectiva mundanidade, por desinteresse, por encontrarmos a silhueta do Belo em domínios tão diversos, aprofundar a mestria da palavra.
E sabe o meu caro aquilo que retive em todos estes anos? A pungência das ideias, a fragilidade da forma, o triunfo do espírito. Num mundo tão preciso como o da matemática é o conceito que verdadeiramente tem valor. As equações apenas contam a estória.
Felizmente, ainda na puberdade, escutando a delícia dos leitmotive em Der ring dea nibelungen, imerso naqueles tão aborrecidos assuntos, aprendi a separar o autor da sua obra. Obviamente esperava mais, mas está na nossa natureza acabarmos desiludidos.
Gotterdamerung meu caro, gotterdammerung.
Nem a idade nem o talento desculpam tudo.
Inventam-se nomes, escolhem-se capas, colocam-se máscaras, é assim a blogolândia dos tempos modernos. Atacam-se agora, lambem-se mais logo, às vezes o mesmo, dividido em dois ou três, que se interroga e se responde logo a seguir, levando-se a peito, massajando-se o ego, ou fingindo que não se vê mais acima (ou abaixo). Se as caixas dos comentários são os novos cafés e cafetarias, não se pode esperar homogeneidade nos comentadores, mas duvido que no café da rua, alguém se sente numa mesa, gritando "És o maior!", para logo de seguida correr ao wc, mudar a roupagem, sentar-se na mesa do lado e gritar "És um grande fdp!". Basta seguir alguns dos artistas que por aqui andam, nos vários posts e nos blogs afiliados do Pipoco. Daria para rir, se não me parecesse tão triste, às vezes mesmo repugnante.
ResponderEliminarEstá aí o endereço de correio electrónico meu caro. Espero que tenha agora o incentivo para deixar de esconder a mão na luva branca.
EliminarDe uma coisa pode ter absoluta certeza: da minha parte não encontrará vassalagem a hiprocrisias.
Pode ter outra coisa como certa: ao contrário do meu caro sou um único anónimo, com o mesmo endereço de correio electrónico há 3 anos e a minha participação em 6 blogs rege-se pelo nível de familiaridade que tenho com os respectivos autores.
Por que será que este comentário me parece, no mínimo, digamos; muito conveniente para um desviar de atenções subtraindo uma certeza rubricada para uma conjectura provável.
ResponderEliminarPode, sim senhor; por brincadeira ou no prosaico intuito de instalar a polémica, um usuário desdobrar-se em dois, três ou nos que quiser.
Mas não pode, porque isso é imutável, a palavra imprensa ser modificada quando precedida da rubrica de quem a escreve.
E essa, quer o brincalhão diga és o maior para logo de seguida dizer és um traste, não modifica a opinião analítica de quem se deu ao trabalho de apreciar o contexto da narrativa, conto ou crónica.
Corvo.
Algo me está a escapar....e de que maneira. Não percebo nada destes dois comentários. O endereço do correio eletrónico. Ubi ?
ResponderEliminarMeus caros, então?...
ResponderEliminarManeiras...
Paternalista.......
ResponderEliminarMeu caro Corvo, entendamo-nos. Eu, neste blog, sou Deus: Note que não digo "uma espécie de Deus". Sou Deus, mesmo Deus. Umas vezes misericordioso, outras implacável, nunca justo. Não é da natureza dos Deuses serem justos.
ResponderEliminarHá alturas em que sou uma mistura de Deus com porteiro de discoteca. Decido quem está em condições de entrar e quem fica à porta. Faço-o porque posso, afinal sou Deus, ainda que travestido de porteiro de discoteca, não esqueçamos isso.
No entanto, há algumas regras básica neste blog: ser cortês, respeitar os amigos do autor, saber quando é hora de parar. Bem sei que nem sempre eu próprio cumpro as minhas regras e que nem sempre sou intransigente com quem não as cumpre. Mas, lá está, sou Deus e Deus tudo pode.
Dito isto, continua o meu caro a ser muito bem vindo por cá. Desde que não se esqueça desse pormenor de eu ser Deus, bem entendido.
OK. Deus!
EliminarConcedei-me pois, Senhor, na Vossa Infinita Misericórdia, a Absolvição dos meus pecado
Ámen!
Corvo.
Que assim seja.
EliminarSabereis Vós, Senhor, que caso perdido sou e para o pecado e impenitência vivo
EliminarE mais facilmente perco a minha alma do que calado fico.
Não me concede Deus o Paraíso? Asilar-me-á algum Anjo mais Dissidente num qualquer Purgatório.
Mas se não proclamar alto e em bom som o que Deus me calou, Nunca! Nem que o Diabo tome conta de mim.
Àmen
Corvo.
Corvo.
Essa coisa de ser Deus , em querendo, também se trata.
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