Quando parte um homem bom, há que guardar recato. Há que dirigir o nosso pensamento para o exemplo inspirador e, em silêncio respeitoso, aspirar a fazer quase igual ao que fez o hmem bom que acabou de partir.
Ilustrar a nossa proximidade ao homem bom, tanta que lhe apertámos um dia a mão (que interessa se o homem bom era feito de peças de plástico?) ou propagar as bizarras confusões que os outros (sempre os outros) fizeram com o retrato do homem bom é coisa que, não fosse este recato que nos merece a partida de um homem bom, havia de nos fazer pensar que o ridículo é uma coisa sem limites.
Grande Pipoco!
ResponderEliminarÉ isso mesmo, recato e introspecção.
Partem homens bons todos os dias e o Mundo empobrece porque é mais um pedacinho da História dos homens que se apaga. Este era um homem maior.
ResponderEliminarNão fora a questão do recato, e eu era pessoa para deixar aqui um comentário sobre isso do ridículo...
ResponderEliminarCome on...
ResponderEliminarPólinho, sou tua incondicional fã, mas desta vez o Pipoco tem toda a razão.
EliminarO Pipoco perceberá que não se brinca com a pessoa mas com as homenagens tontas post mortem às pessoas, que eu bem conheço o engenheiro!
EliminarMinha querida doutora Pólo, por mais que se esforçasse jamais conseguiria ser ridícula.
EliminarCariño, eu amo você!
EliminarÉ isso mesmo. Mas noção de ridículo quase ninguém tem.
ResponderEliminarPudesse haver um mundo que o mereça !
ResponderEliminarSexta-feira foi um dia muito triste aqui, em Joanesburgo. O povo acordou com os olhos no chão, e palavra de honra que a cidade parecia uma cidade silenciosa durante o dia, como se tivessem carregado no botão "mute". À noite fui às celebrações populares no Soweto, não as oficiais e para "inglês" ver, mas as verdadeiras, as daqueles por quem este homem incrível tanto lutou e posso assegurar-lhe que foi um dos momentos mais marcantes de toda a minha vida. O sul africano não é recatado nas suas emoções, e a forma de dizerem o quanto o seu Tata Madiba era amado foi dançarem e cantarem toda a noite, de forma coordenada, mas com um sentimento de poder perante o qual não tenho qualquer habilidade linguística em explicar-lho. A ironia disto tudo, é que posso assegurar-lhe que não haverá homenagem mais recatada do que esta a que assisti na sexta-feira, e que nunca senti tanto orgulho em fazer um bocadinho parte desta comunidade.
ResponderEliminarFrederica