05 dezembro 2013
Baby, it's cold outside
Miguel Esteves Cardoso, essa espécie de Rui Patrício do espectro audiovisual, ora fazendo coisas gigantes e segurando a fama que o precede, ora fornecendo ao adversário motivo de chacota durante semanas a fio, é o motivo que me faz sintonizar a Antena Um na janela temporal que se inicia imediatamente a seguir ao noticiário de desporto das oito e meia da manhã, sendo que nestes dias felizes em que o noticiário de desporto inclui, aleatoriamente, as palavras "leões", "topo" e "classificação", também ele, o noticiário, é escutado com especial devoção por este que vos dirige estas palavras sábias, e termina, a janela temporal, com os últimos acordes da versão que Esteves Cardoso corta às postas nessa semana, ou seja, três minutos depois do noticiário de desporto ter dado o sinal indicativo de final de rubrica, nunca depois das oito e trinta e sete da manhã, hora a que estou num ponto aleatório da A1, que tanto pode ser a parte da A1 que passa defronte de Alvalade como a que passa defronte do Dragão. Esteves Cardoso consegue a simbiose perfeita entre aquela voz que o criador lhe forneceu, a cultura musical e a rádio, esse meio em que Esteves Cardoso resulta tão melhor que em televisão e substancialmente melhor que na coluna do Público onde nos fornece informação rudimentar e parece que está sempre a escrever para alimentar blogs cor de rosa. Fala-me de grandes músicas, propõe-me versões alternativas durante toda a semana, é gigante no equilíbrio de falar penas o suficiente e fornecer-me apenas informação relevante, não contaminando o que os meus ouvidos vão escutar com informação desnecessária, assim fossem os locutores da Sport TV e que mundo melhor nós teríamos.
Esta semana é "Baby, it's cold outside" e, estivesse eu no vosso lugar, sintonizava a antena um nesses preciosos momentos e depois, apaziguado com o mundo, voltaria para a comercial ou para a éme oitenta, essas rádios que o vasto auditório escuta, que as pessoas lêem o pipoco, parece que afinal têm redenção, mas depois as coisas acabam sempre por ser como são.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
assumo, vim enganada pelo título do post. nos breves segundo que demorou a surgir a sua janela, Sir, imaginei um cenário possível para, Baby, it's cold outside. tentei imaginar se era frase para se arrastar na cama e nas reticências, ou se explodia numa exclamação. enfim, romântica, é o que é. não será preciso dizer que se frio estava, gelado ficou.
ResponderEliminarantena dois meu caro, a rádio de uma outra era menos apressada.
ResponderEliminarjá descobrimos. o meu amigo sempre na a1 para trás e para diante só pode trabalhar nas entregas expresso ou na brigada de trânsito.
De Frank Loesser ? Isso é musica que fala das coisas serem efectivamente como são.
ResponderEliminarSimplesmente Dean Martin..
ResponderEliminarUm dia explicas como é que são as coisas, pode ser?
ResponderEliminarGosto do MEC, tem sempre qualquer coisa genial na manga, por mais ínfima que possa parecer. A música é um clássico engraçado daqueles que não aquece nem arrefece....
ResponderEliminarA música essa companheira das viagens bem longas!
ResponderEliminarQue desilusão..... é tão pouco snob-chic falar da atualidade desportiva e de rádios nacionais.... que maçada, tão grande maçada...
ResponderEliminarEntre 'baby' e 'babe' venha o diabo e escolha. Ah, mas vim aqui só para dizer que continuo a gostar de Miguel Esteves Cardoso ainda que muitos insistam no: já não é o que costumava ser, o que quer que isso queira dizer.
ResponderEliminarEstou farta de sintonizar a 'éme oitenta' e aquilo não vai parar a rádio nenhuma. Humm...
Ah, se as canções falassem...
ResponderEliminarAh, se as canções falassem...
ResponderEliminar