19 outubro 2013

Estou aqui a tomar o primeiro café do dia...

...e pergunto-me porque será que as senhoras velhinhas nas mesas à minha volta falam com uma voz tão fininha quando falam com os netos bebés.

23 comentários:

  1. Anónimo19.10.13

    É hoje a ocorrência no Colombo ?
    As jovens mães e as avós velhinhas fazem sempre essas vozes fininhas.....é uma praga num fim de semana.

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  2. OCorvo19.10.13

    Provavelmente para o caro Pipoco nao as ouvir pedir a Deus, que quando crescerem não se pareçam nada com este senhor da mesa ao lado.

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  3. Anónimo19.10.13

    Sir, é regra de etiqueta na Versailles, com certeza. voz fininha e dedinho esticado, enquanto se fala mal das noras, dos maridos e das amigas. o falatório é geral às senhoras velhinhas, a voz fininha, aos locais seleccionados que o Sir frequenta. :)

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    1. Anónimo19.10.13

      Dedinho esticado da Versalhes é que nunca vi .

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    2. Anónimo19.10.13

      devo ter entrado na happy hour, quando permitem ao povo que veja (e aprenda) como se comporta a nata da sociedade lisbonense. possivelmente, eu própria devo ter esticado o dedinho e bebericado o cházinho em pequeninissimos goles, acreditando estar a fazer a coisa em condições.

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  4. Anónimo19.10.13

    Eu cá questiono sempre, em pensamento, porque é que um homem que é homem usa expressões acabadas em inho/a. Ex: beijinho, peixinho grelhado, senhoras velhinhas. Palavra que me faz impressão.
    Ruben Patrick, se passares por aqui, aprende: Nunca, mas nunca uses esses nhonhós. Até podes chegar ao cúmulo de usar sapato vela,mas inhos e inhas não, por favor!

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    1. OCorvo19.10.13

      Lá está! Eu pecador me confesso.
      É bem verdade. A gente ouve os bons conselhos dos anciãos, não lhe prestamos atenção nem lhes damos cartão porque são uns ultrapassados e depois dá nisto. Anda-se uma vida por este vale de sofrimento aos caprichos de uns ventos laterais, tombando dali, equlibrando-se daqui, imergindo além, emergindo para cá e quando se pensa que tudo se sabe; pasme mundo! Somos uns eternos ignorantes.
      Eu por mim, tá feito! Palavras como:
      Carinho, sozinho, vizinho, moinho, remoinho, caminho, adivinho, azevinho, golfinho, padrinho, sobrinho e outras de igual e terrificante teor...pois sim, tá quieto moço!
      Ao longe! Distância! Vade-retro, Satanás! Vade-retro!

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    2. Anónimo19.10.13

      Substitua carinho por ternura; sozinho por só; vizinho por gajo-que-mora-ao-pé-de-mim; moinho por aquela casa que tem uma mó; e por aí fora. Sim? São de evitar as palavras que acabam em inho/a como eu já referi. Mas só para evitar. As outras, as que são apenas diminutivos não são para usar, de todo, caso o interlocutor seja macho. Percebeu, OCorvinho? Coisinha fofinha...

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    3. Anónimo19.10.13

      Muito bom :-)

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    4. OCorvo19.10.13

      Que pena. Logo agora que eu preparava uma sentida homenagem escrita na mais bela e cuidada prosa-lírica ao Aníbal, a fim de, ainda que só parcialmente, compensar em parte a sua justa indignação por, vítima inocente de gente moradora verdadeiramente desumana, sanguinária, atroz e impiedosa que sem quaisquer resquícios de remorso tiveram o desplante de o votarem à expulsão, com requintes de malvadez, da casa dos segredos, logo agora, dizia; é que a palavras se foi lembrar de pecados velhos e veio com a vergonha que é para o seu ignaro utilizador, o inho.
      Seria mais ao menos assim:

      A maquinação humana, essa loba voraz e assassina, trouxe-o de volta nos seus passos arrancando-o do céu para onde voluntária e desinteressadamente se metera, para, e sem que ele tivesse a ver com isso, o lançar para dentro das chamas eternas do Inferno.
      A sua vida nunca mais seria como dantes, a motivação perdera-se e o desânimo instalara-se. Ah! As indeléveis sensações dos convincentes socos, as inefáveis chapadas persuasivas, a delicadeza das K@r@lh@d@s aconselhadoras, a doçura das ameaças moderadoras, a plenitude de uma dicção cuidada e prendada. Tudo se fora, perdera, se esvaíra na voragem impiedosa da incompreensão humana.
      A sua vida assemelhava-se agora a um quadro vazio, cinzento, paisagem estéril, deserta e nua, natureza morta esbatida a esfuminho.

      Seria, disse eu porque não pode ser nada devido ao maldito esfum...inho.

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    5. O Aníbal, senhores, o Aníbal! Que poço de sabedoria!

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    6. Anónimo20.10.13

      Muito bom. Fiquei fã deste blog e dos comentadores que são o máximo. :-)
      Quem é este Corvo?

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  6. Porque, efectivamente, os bebés e sobretudo os recém-nascidos são mais sensíveis a sons agudos. Os cientistas chamam motherese a essa forma de falar. Claro que as avós e as mães o fazem empricamente e nada preocupadas com o que a ciência possa ou não defender. O que é considerado errado, desaconselhado pelos médicos, não é falar num tom mais agudo, é utilizar palavras incorrectamente pronunciadas, de forma "abebezada" ou "amimalhada".
    Mas isto o Pipoco sabe, este post é, como a maioria, um exercício de retórica. Ainda assim, não resisti e comentei.

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  7. Está sempre rodeado de "senhoras velhinhas". Ele é na praia, ele é nas esplanadas, ele é nos cafés... tem a certeza que não é o Goucha?! O Goucha com um toque mais salgado.

    Rodeado de "senhoras velhinhas". Ups! Vou ali verificar umas coisas...

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  8. ah, agora foi o avô que tem si a articular. olhe que passa a obviamente errónea ideia, a assustadora possibilidade, de tomar o café num asilo (e o chá? onde será?! oh, pérfida imaginação). não estivesse já comprometido, também procuraria uma velhinha na prospectiva da pensão de sobrevivência. logo eu, passarinho de tão aprazível chilrear...
    o meu padrinho está cada vez mais ininteligível! que será de nós, Palavras? espero que não leve esse seu ufanado Aníbal à cerimónia.
    uma muito boa e longa noite para toda a gente!

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    1. Anónimo19.10.13

      onóniminho, como está? Assustado com o nosso OCorvinho, não é verdade? Acho que são efeitos do fim da semana.. (Quem é o Aníbal de que ele tanto fala e de quem tem tão más recordações. Já percebi que não é o nosso PR, esse maravilhoso.) Fico triste por constatar que o meu onónimo é um passarinho. Sempre um imaginei um passarão. Enfim, a vida é assim e a culpa é sempre nossa que não deveriamos criar expectativas. Partilho os meus votos de uma noite maravilhosa para todos. Desta vossa, Palavrinhas.

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    2. este assunto dos inhos está descontrolado. um autêntico rizoma lançado sobre este nosso colectivo através de um elanguescente mediador, disperso na brisa do mar...

      peço a paciência e a sabedoria da minha noiva para desfazer esta ilusão tantas vezes inoculada por companheiras demasiado gentis e agradadas pela extorsão do meu pobre pecúlio. queria eu, narciso, perguntar enquanto ainda vejo a lousa, perguntar às damas se de facto o tamanho interessa, se um ão é decididamente melhor que um inho. enfim, se tenho andado enganado todos estes anos...

      isto para resolver aqui uma disputa com alguma urgência neste serão tão agradavelmente agitado. obrigados....

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    3. Anónimo20.10.13

      Nem paciente nem sábia, coisas da minha tenra idade. E sim, o tamanho importa ou não estivesse eu tão aborrecida por só haver um par daqueles sapatos tão lindos que eu queria para mim e os mesmos serem um 36 quando eu calço um imponente 38!

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    4. compreendo, já menos aflito. ferramenta adequada à tarefa. o excesso também pode ser pernicioso. um pouco como usar um martelo pneumático para fixar um quadro à parede.
      ah, minha Bela Palavras...

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  9. Adoro os seus comentadores. São os melhores.

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    1. Quem se dá ao trabalho de comentar é quem faz este blog. É um privilégio que tenho. Por mim, limito-me a ficar aqui caladinho.

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  10. Eu ia explicar mas a mirone já o fez. Sem tirar nem pôr.

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