Fui ver o "Tudo a Nu" no Centro Cultural da Malaposta, uma coisa adaptada do "Noises Off" do Michael Frayn. "Tudo a Nu" é claramente um exagero, apesar de a Inês Castel-Branco passar boa parte da peça em lingerie. Estava muito frio, de maneiras que não percebi se aquilo era do frio ou se a artista estava realmente contente por me ver. Há uma cervejaria junto ao Teatro, a cervejaria Primavera, que tem um bife três pimentas muito aceitável. O empregado disse "foda-se" mesmo junto a mim quando o Benfica sofreu um golo de não sei quem e eu levantei os olhos do livro que estava a ler enquanto esperava pelo tal bife três pimentas e olhei para o rapazola de tal forma que ele, de cada vez que passava por mim, repetia "Chefe, desculpe eu ter dito aquilo" e quando eu saí, o rapazola voltou a pedir desculpa por ter dito aquilo.
Fui ver o "Comboio Nocturno para Lisboa" e, quando saí do filme, fui comprar o livro. O livro ganhou por dez a três, o que não quer dizer que não tenha gostado do filme, embora eu tivesse mais cuidado com pormenores, o Jeremy Irons não pode ficar com o nariz todo estraçalhado porque partiu os óculos um dia e no dia seguinte já tem o nariz novinho em folha, toda a gente sabe que os narizes estraçalhados demoram quinze dias a ficar em condições. E aquele PIDE fofinho que a classe trabalhadora quase rebenta ao pontapé, na vida real, não tinha saído dali vivo. Aliás, nem sequer teria sido quase estraçalhado ao pontapé numa praça pública em Lisboa, que as coisas são como são.
Tive que voltar para trás no Ulysses. Quase trinta páginas. Aposto que a minha espécie de amiga com quem estou a competir para ver quem acaba primeiro está mais atrasada do que eu.
Os funcionários públicos são competentes e nossos amigos. Eu já sabia disto há algum tempo, mas fica aqui dito para quem ainda não sabe.
O Sporting voltou a dar-me alegrias, de maneiras que tenho que arranjar alguma coisa que me aborreça. Felizmente há o programa do Sócrates, embora aquilo passe na minha hora de ouvir Bach enquanto acabo de ler os jornais de fim de semana.
Isto dos blogs está fraco.
Mais do mesmo...
ResponderEliminarObrigada por colocar no mesmo texto, de forma positiva, o Sporting e os Funcionários Públicos. É que, por vezes, tenho receio de ser espancada em praça pública.
ResponderEliminarSe fosse só isto dos blogs...
ResponderEliminarHouve um tempo em que o pipoco tinha piada...
ResponderEliminarEm relação ao filme há outros detalhes mal explicados: Então um suíço (que não é emigra) encontra um livro escrito em português, onde se vê bem a capa, o título, o autor e até a edição, e começa a ler só por curiosidade?! O suíço sabe ler português ??? Assim de repente não me parece muito credível…Depois opta por apanhar o comboio para Lisboa, à procura do autor e chega a uma cidade onde toda a gente fala inglês. Ele é o dono da pensão, o padre, a empregada que abre a porta, etc. Ummmmmm…....Apesar do autor do livro, que era médico, já ter morrido há 30 anos, a morada continua a vir na lista telefónica e continua a ter placa à porta da casa/clínica onde exercia! Pois…
ResponderEliminarEu cá não gostei do filme!!!!
Tive que ler duas vezes o Dubliners para entender tudo o que lá estava.
ResponderEliminarUma vez comecei o Ulysses mas aquilo é demasiado denso para uma mente simples como a minha.