Creio que é uma conclusão ligeiramente precipitada a sua, Dias da Telha, além de completamente fora de contexto. O meu ponto é que Luiza desejou, promoveu e facilitou a acção do Primo Bazilio e ele tornou esse desejo realidade (acredito sempre que devemos ter cuidado com o que desejamos, pode tornar-se realidade). A história do decote justificar a violação é outra conversa, aqui não há o desejo de acção dos Bazilios desta vida.
(outra linha de discussão, essa sim com interesse, é se Bazilio aproveitou a posição dominante que tinha e usou o fascínio que os homens com mundo e dinheiro exercem sobre as mulheres que são manifetamente de outro campeonato e se Bazilio usou esse fascínio sabendo que a relação de forças lhe era claramente favorável)
Eu nunca senti grande antipatia pelo Bazilio. Já a Luiza sempre me pareceu um bocado Emma Bovary, o que também não abona muito a favor.
E parece-me que o Bazilio não aterra em Luiza de paraquedas e que usa, obviamente, o fascínio de Luiza em seu favor, com conhecimento de causa e consequência.
A resposta a essa outra linha de discussão, estou convencida de que será um claro sim, mas mais uma vez um correcto self awareness será essencial e disso Luíza tem culpa, é o eterno não tentes jogar acima da tua liga.
E é por isso que eu acho uma certa graça a Bazílio, qualquer canalha vai até onde o deixarmos ir, o poder é todo "meu", ao contrário do que possa parecer.
Só tem poder quem tem informação. Se Luiza não sabe que Bazilio é canalha, terá efectivamente poder para decidir até onde o deixar ir? Tudo depende da atribuição de intenções que faça e da informação que tem para as poder fazer.
Dias da Telha, há um momento em que Luiza tem informação bastante para intuir que Bazilio não é pessoa de bem, quando percebeu que ele a tratava com desprezo e que a desvalorizava. Ainda assim, a miragem da vida em Paris falou mais alto.
(caramba, é melhor pararmos por aqui, isto parece uma daquelas análises digest à obra que se fazem para sistematizar o livro e para que os estudantes não tenham que o ler para tirarem conclusões inteligentes)
Ora Pipoco, não venha com histórias.. uma mulher sabe quando um homem gosta dela ou quando é um canalha, continuando na senda de Eça. E quando um homem é um canalha, uma mulher tem todo o poder desde que, claro está, não se apaixone.
(eu também aprecio a ambição, mas há que saber lidar com as consequências)
Stiletto, como decerto saberá, tenho-o no meu imaginário num plano superior, intocável. Assim, quando generalizo e invoco um traço particular das mulheres em geral, jamais me ocorreria incluí-la a si em particular.
Sim é certo enquanto existirem Luizas com certeza apareceram Primos Bazilios , mas perdoe-me a franqueza e brutalidade da frase, que uma vez uma Srª de idade respeitada me disse: " Todos os cabrões se apaixonam pelo menos uma vez na vida".
O velho refúgio de culpar a mulher pela canalhice do homem?
ResponderEliminarNada disso, apenas a constatação de um certo equilíbrio nestas coisas.
ResponderEliminarO Basílio é um menino mau!
ResponderEliminarM
Só há Basílios porque há Luizas?
ResponderEliminarSe não existirem Luizas, não há espaço para Bazilios.
ResponderEliminar(Parecendo que não, é diferente.)
Daí ao "se não houver mulheres de mini-saia e decote generoso não há violadores" é um saltinho.
ResponderEliminarCreio que é uma conclusão ligeiramente precipitada a sua, Dias da Telha, além de completamente fora de contexto. O meu ponto é que Luiza desejou, promoveu e facilitou a acção do Primo Bazilio e ele tornou esse desejo realidade (acredito sempre que devemos ter cuidado com o que desejamos, pode tornar-se realidade). A história do decote justificar a violação é outra conversa, aqui não há o desejo de acção dos Bazilios desta vida.
ResponderEliminar(outra linha de discussão, essa sim com interesse, é se Bazilio aproveitou a posição dominante que tinha e usou o fascínio que os homens com mundo e dinheiro exercem sobre as mulheres que são manifetamente de outro campeonato e se Bazilio usou esse fascínio sabendo que a relação de forças lhe era claramente favorável)
Se calhar, se calhar, o Jorge também não está completamente isento de culpa, além de que havia gente a mais a frequentar a casa.
ResponderEliminarAs coisas são como são.
Eu nunca senti grande antipatia pelo Bazilio. Já a Luiza sempre me pareceu um bocado Emma Bovary, o que também não abona muito a favor.
ResponderEliminarE parece-me que o Bazilio não aterra em Luiza de paraquedas e que usa, obviamente, o fascínio de Luiza em seu favor, com conhecimento de causa e consequência.
A resposta a essa outra linha de discussão, estou convencida de que será um claro sim, mas mais uma vez um correcto self awareness será essencial e disso Luíza tem culpa, é o eterno não tentes jogar acima da tua liga.
ResponderEliminarE é por isso que eu acho uma certa graça a Bazílio, qualquer canalha vai até onde o deixarmos ir, o poder é todo "meu", ao contrário do que possa parecer.
Só tem poder quem tem informação. Se Luiza não sabe que Bazilio é canalha, terá efectivamente poder para decidir até onde o deixar ir? Tudo depende da atribuição de intenções que faça e da informação que tem para as poder fazer.
ResponderEliminarDias da Telha, há um momento em que Luiza tem informação bastante para intuir que Bazilio não é pessoa de bem, quando percebeu que ele a tratava com desprezo e que a desvalorizava. Ainda assim, a miragem da vida em Paris falou mais alto.
ResponderEliminar(caramba, é melhor pararmos por aqui, isto parece uma daquelas análises digest à obra que se fazem para sistematizar o livro e para que os estudantes não tenham que o ler para tirarem conclusões inteligentes)
Stiletto, sempre achei deliciosamente ingénuo esse traço das mulheres que acham que têm todo o poder.
ResponderEliminar(e aprecio quem goste de jogar uma liga acima da sua, afinal é isso que faz mover o mundo)
Ora Pipoco, não venha com histórias.. uma mulher sabe quando um homem gosta dela ou quando é um canalha, continuando na senda de Eça. E quando um homem é um canalha, uma mulher tem todo o poder desde que, claro está, não se apaixone.
ResponderEliminar(eu também aprecio a ambição, mas há que saber lidar com as consequências)
(estará, por acaso, a chamar-me ingénua?)
Stiletto, como decerto saberá, tenho-o no meu imaginário num plano superior, intocável. Assim, quando generalizo e invoco um traço particular das mulheres em geral, jamais me ocorreria incluí-la a si em particular.
ResponderEliminarAgora fez-me gargalhar, tem piada você.
ResponderEliminarO que eu leio:
ResponderEliminarEnquanto houver mulheres a quem apeteça, não faltarão homens para satisfazer o apetite.
sc
Gostei do anónimo "O que eu leio:"
ResponderEliminarQue assim seja!
heheheheh
Sim é certo enquanto existirem Luizas com certeza apareceram Primos Bazilios , mas perdoe-me a franqueza e brutalidade da frase, que uma vez uma Srª de idade respeitada me disse: " Todos os cabrões se apaixonam pelo menos uma vez na vida".
ResponderEliminarOnde está o dinheiro está a mulher!
ResponderEliminarSem oferta não há procura!
ResponderEliminarM.