01 julho 2012

Coisas que parecem que são e afinal não

Durante muitos anos, mais de vinte, não conheci o final de "Birds", de Hitchcock. Gravei-o em fita (naquele tempo os filmes gravavam-se em fita) e deu-se o caso de o final do filme quase coincidir com o fim da fita. Sempre acreditei que havia mais filme, que infelizmente a fita não tinha sido suficiente para gravar todo o filme e isto sempre me angustiou, aliás, foi isto do Birds e foi nunca ter lido a primeira parte do Vinte Mil Léguas Submarinas, alguém me ofereceu a segunda parte do livro, uma coisa das Edições Europa-América, e até hoje carreguei comigo esta espécie de trauma por nunca ter lido a primeira parte do livro e nunca ter visto a última parte do filme.

Hoje vi Birds, de novo. Afinal tinha visto o filme todo.

15 comentários:

  1. Aconteceu-me algo parecido com um livro. Quando cheguei ao fim faltava uma(s) página(s).
    Ainda hoje não sei o que perdi.
    Desde então, a primeira coisa que leio num livro é a última página, apesar de achar patético e não ganhar nada com isso.

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  2. Mas, Dias Cães, em sendo livros do Poirot, isso tira todo o interesse do livro...

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  3. Aqui em Leiden - :) - que é perto do mar, as gaivotas não só vandalizam sacos do lixo - sendo que a câmara municipal fornece sacos do lixo gaivota-proof nas épocas mais críticas para evitar lixo por todo o lado - como são capazes de arrancar sandes, etc, das mãos de pessoas incautas. No outro dia ia de bicicleta, e de repente vejo gaivotas a voar em direcção a mim, uma com um saco de papel nas patas, e só tive tempo de baixar a cabeça para que não me batesse e me arrancasse um olho. de repente, senti-me quase no filme do Hitchcock, e senti um bocadinho de medo destes passarões grandões...

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  4. p.s. eu sei que nao tem nada a ver com o post, mas desde que vim para aqui e passei a ver tanta gaivota que o filme me fez ter um bocado medo delas.

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  5. Caríssima Luna, a profusão de gaivotas estará relacionada com essas temperaturas que costumam estar por Leiden?...

    (qua faz a menina neste blog mal afamado quando podia estar a ver o Buffon mai-lo Pirlo na televisão?)

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  6. Caro Pipoco

    como toda a mulher, sou multi-tasker, e consigo ver o golo da espanha ao mesmo tempo que comento blogs.

    de resto, como se costuma dizer, gaivotas em terra, tempestade no mar, e estando perto do mar, não tanto as temperaturas, mas os ventos que se fazem sentir nesta terra fazem com que as gaivotas sejam visita frequente (e inconveniente) na cidade.

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  7. Um destes dias estou capaz de ir a Leiden ver as gaivotas. Depois coloco aqui os retratos.

    (gosto de gaivotas, desde os tempos em que mergulhava nas Berlengas. E por causa de Sepulveda, claro)

    (não gosto de pombos)

    (não sou multi-task, a coisa está no intervalo)

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  8. aqui também há pombos. :(
    já uma coisa que me faz imensa confusao, é ver pouquissímos pardais. (coisa de que só me apercebi no outro dia ao ver um pardal a saltitar e reparar que raramente os via)

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  9. não percebo nada de aves, mas aqui mais comum que pardais sao umas aves pretas de peito azul, que não sei o que sao.

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  10. já agora um aparte sobre gaivotas: trabalho num sétimo andar e do escritório temos vista para o telhado de outro edifício, onde algumas gaivotas fazem ninho, e ultimamente temos visto por lá as gaivotas bebés, que ainda não voam, ainda cinzentas, a passear, com as mães gaivotas a ensinálas. muito giro.

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  11. As aves pretas de peito azul serão da família das gralhas, creio.

    As mães das gaivotas costumam ser muito agressivas a defendê-las, são espantosas.

    (nas Berlengas os ninhos estão no solo, na época de nidificação é um espectáculo muito bonito)

    (fui ver onde era Leiden, veja lá, a meio de uma final do Euro...)

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  12. este telhado onde as vejo é completamente plano, talvez por isso o tenham escolhido para nidificar (além da segurança de predadores). andam para lá a passear, a ensinar as pequenas a voar.

    p.s. nunca fui às berlengas

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  13. É dos piorzinhos, dele, já os tive todos gravados em fita e não me cansava de os (re)ver.
    E dessa colecção, os meus eleitos eram 2 anos de férias e Miguel Strogoff, acho que cheguei a invejar Nadia.

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  14. Que falta de imaginação...
    Precisamente por ler primeiro o fim, a curiosidade adensa-se.
    O exercício inverte-se e, em vez de ler um livro desenfreadamente para lhe conhecer o desfecho, saboreio lentamente a capacidade do autor de dirigir a história.
    Sabendo o fim, aprecio melhor a trajectória da narrativa.
    Bem, mas não passam de manias... é um facto.

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  15. edições da Europa-ãAmérica dão para ficar com um trauma por si só.

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