Durante muitos anos, mais de vinte, não conheci o final de "Birds", de Hitchcock. Gravei-o em fita (naquele tempo os filmes gravavam-se em fita) e deu-se o caso de o final do filme quase coincidir com o fim da fita. Sempre acreditei que havia mais filme, que infelizmente a fita não tinha sido suficiente para gravar todo o filme e isto sempre me angustiou, aliás, foi isto do Birds e foi nunca ter lido a primeira parte do Vinte Mil Léguas Submarinas, alguém me ofereceu a segunda parte do livro, uma coisa das Edições Europa-América, e até hoje carreguei comigo esta espécie de trauma por nunca ter lido a primeira parte do livro e nunca ter visto a última parte do filme.
Hoje vi Birds, de novo. Afinal tinha visto o filme todo.
Aconteceu-me algo parecido com um livro. Quando cheguei ao fim faltava uma(s) página(s).
ResponderEliminarAinda hoje não sei o que perdi.
Desde então, a primeira coisa que leio num livro é a última página, apesar de achar patético e não ganhar nada com isso.
Mas, Dias Cães, em sendo livros do Poirot, isso tira todo o interesse do livro...
ResponderEliminarAqui em Leiden - :) - que é perto do mar, as gaivotas não só vandalizam sacos do lixo - sendo que a câmara municipal fornece sacos do lixo gaivota-proof nas épocas mais críticas para evitar lixo por todo o lado - como são capazes de arrancar sandes, etc, das mãos de pessoas incautas. No outro dia ia de bicicleta, e de repente vejo gaivotas a voar em direcção a mim, uma com um saco de papel nas patas, e só tive tempo de baixar a cabeça para que não me batesse e me arrancasse um olho. de repente, senti-me quase no filme do Hitchcock, e senti um bocadinho de medo destes passarões grandões...
ResponderEliminarp.s. eu sei que nao tem nada a ver com o post, mas desde que vim para aqui e passei a ver tanta gaivota que o filme me fez ter um bocado medo delas.
ResponderEliminarCaríssima Luna, a profusão de gaivotas estará relacionada com essas temperaturas que costumam estar por Leiden?...
ResponderEliminar(qua faz a menina neste blog mal afamado quando podia estar a ver o Buffon mai-lo Pirlo na televisão?)
Caro Pipoco
ResponderEliminarcomo toda a mulher, sou multi-tasker, e consigo ver o golo da espanha ao mesmo tempo que comento blogs.
de resto, como se costuma dizer, gaivotas em terra, tempestade no mar, e estando perto do mar, não tanto as temperaturas, mas os ventos que se fazem sentir nesta terra fazem com que as gaivotas sejam visita frequente (e inconveniente) na cidade.
Um destes dias estou capaz de ir a Leiden ver as gaivotas. Depois coloco aqui os retratos.
ResponderEliminar(gosto de gaivotas, desde os tempos em que mergulhava nas Berlengas. E por causa de Sepulveda, claro)
(não gosto de pombos)
(não sou multi-task, a coisa está no intervalo)
aqui também há pombos. :(
ResponderEliminarjá uma coisa que me faz imensa confusao, é ver pouquissímos pardais. (coisa de que só me apercebi no outro dia ao ver um pardal a saltitar e reparar que raramente os via)
não percebo nada de aves, mas aqui mais comum que pardais sao umas aves pretas de peito azul, que não sei o que sao.
ResponderEliminarjá agora um aparte sobre gaivotas: trabalho num sétimo andar e do escritório temos vista para o telhado de outro edifício, onde algumas gaivotas fazem ninho, e ultimamente temos visto por lá as gaivotas bebés, que ainda não voam, ainda cinzentas, a passear, com as mães gaivotas a ensinálas. muito giro.
ResponderEliminarAs aves pretas de peito azul serão da família das gralhas, creio.
ResponderEliminarAs mães das gaivotas costumam ser muito agressivas a defendê-las, são espantosas.
(nas Berlengas os ninhos estão no solo, na época de nidificação é um espectáculo muito bonito)
(fui ver onde era Leiden, veja lá, a meio de uma final do Euro...)
este telhado onde as vejo é completamente plano, talvez por isso o tenham escolhido para nidificar (além da segurança de predadores). andam para lá a passear, a ensinar as pequenas a voar.
ResponderEliminarp.s. nunca fui às berlengas
É dos piorzinhos, dele, já os tive todos gravados em fita e não me cansava de os (re)ver.
ResponderEliminarE dessa colecção, os meus eleitos eram 2 anos de férias e Miguel Strogoff, acho que cheguei a invejar Nadia.
Que falta de imaginação...
ResponderEliminarPrecisamente por ler primeiro o fim, a curiosidade adensa-se.
O exercício inverte-se e, em vez de ler um livro desenfreadamente para lhe conhecer o desfecho, saboreio lentamente a capacidade do autor de dirigir a história.
Sabendo o fim, aprecio melhor a trajectória da narrativa.
Bem, mas não passam de manias... é um facto.
edições da Europa-ãAmérica dão para ficar com um trauma por si só.
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