De todas as coisas que aprendi, e isto aprendi cedo, talvez demasiado cedo, é que nada é certo, o trabalho fantástico que tenho hoje pode acabar ainda hoje e ser substituído por um trabalho como porteiro do Estádio da Luz, o Bordéus colheita 1952 pode ser trocado a qualquer momento por cerveja Mahou morna, o quarto com vista para os sobreiros pode ser substituido por outro com vista para o skyline de Massamá Sul, o Nokia pode vir a ser trocado por um Blackberry, e até mesmo as primeiras edições de Eça podem de um momento para o outro ser trocadas pela Dica da Semana.
Talvez por saber disto há muito tempo, afinal aprendi demasiado cedo, em vez de me amedrontar com a perda que chegará um dia destes, aproveito o prazer que as coisas da vida me dão, aproveito as viagens até ao tutano e ainda hoje recordo o detalhe da preparação das viagens que fiz há mais de vinte anos, recordo com gosto o sabor do meu primeiro Old Bushmills bebido, aspiro com prazer o ar que me entra pela janela do quarto, deliciando-me sempre com o nascer do sol que quase sempre me apanha a correr, dou graças por cada dia de trabalho que vou começar e não me esqueço de me deleitar com o prazer que é voltar para casa ao fim do dia.
O importante é irmos aproveitando sempre o que nos acontece hoje e elevar as experiências por que passamos. O que por aí vem ainda não nos pertence...
ResponderEliminarDesde que não se ocupe em demasia a apreciar o momento que se esqueça de planear o futuro, tudo irá bem.
ResponderEliminar(sempre achei que o futuro é pormenorizadamente construído)
O importante é não perdermos a nossa essência no meio de floreados. Ter consciência do que somos, com muito ou com pouco.
ResponderEliminarAlguém que me entende, caraças!
ResponderEliminarnokia trocado pelo blacberry?
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