15 abril 2012

Domingo de manhã

Puta que pariu, sei lá eu como ainda me meto nestas merdas, tanta coisa de valor para fazer num domingo de manhã e vai-se a ver, às tantas está um gajo metido no Estoril entre mais de mil mânfios vestidos de lycra e de camisolas técnicas, vinte quilómetros pela frente, a chover como se não houvesse amanhã, lá se deu a partida, nove e meia de domingo e eu aqui, tento concentrar-me no meu ritmo, mas estas gajas parece que estão aqui para me desinquietar, a elas os calções de lycra assentam bem, vou de boca aberta atrás de uma africana, uma preta, a bem dizer, meto conversa, que a podia ajudar a sincronizar o batimento cardíaco, ela a fazer-se de difícil, avanço, na subida do Mónaco já eu estava todo rebentado, e ainda faltavam seis quilómetros, o que me valeu foi a descida para a Cruz Quebrada, em chavalo gostava de ir para a Cruz Quebrada, ali a água era sempre mais quentinha, lá cheguei ainda a Belém, sprint final para ultrapassar uns caras de caralho que se arrastavam, lá se cortou a meta num tempo razoável, os rabetas do Cajó e do Carlão a queixarem-se que não sei quê, lá bebemos uma imperial para aconchegar o estômago, agora é andar para casa do Fábio, que faz anos e diz que a mãe fez uma cachupa de se lhe tirar o chapéu, puta da velha.

6 comentários:

  1. Estou em crer que este post é para mim, eu peço o Tabasco e não é que tenho?

    (com uns Fábios a mais mas enfim...)

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  2. Adoro estas entradas do Ruben e do Pipoco assim seguidas!

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  3. Epa Rubénzinho esse técnica de abordagem tem de ser melhorada!!!

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  4. Pelos vistos não sou a única a achar que este Ruben Patrick e o Tabasco são a mesma pessoa.

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  5. Nada mal. Não fosse ter parte do meu ser quebrada e teria aplaudido ao ver-te cortar a meta. Comigo vestido de lycra obviamente.

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  6. Domingos e lycras e corridas e cervejas.... ahaha lindo!

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