"Eu sou um berlinense", bradava Bolivar enquanto descia em glória os declives da Sierra Maestra, talvez ao som da mesma sétima de Beethoven que havia de servir de banda sonora ao Apocalypse Now, na parte em que os helicópteros encharcam de napalm a aldeia dos curdos reberles, a minha cidade nunca será Berlim, dissesse eu qualquer coisa e diria que sou um parisiense, não desta Paris de agora, a dos taipais no Thyssen-Bornemisza e no mercado de Boquería, mas da Paris que Brel cantava, dessa Paris pintada por Magritte, dos parisienses que bebem um trago de Riesling e cantam de canecas ao alto.
(estou a precisar de me desaborrecer, podia estar nisto mais vinte parágrafos, tranquilo...)
(estou a precisar de me desaborrecer, podia estar nisto mais vinte parágrafos, tranquilo...)