15 julho 2021

Em verdade te digo, Ruben Patrick

Se um dia te apetecer apresentares-te a elas sem malabarismos nem cartas na manga, Ruben Patrick, coisa que, estou certo, jamais se te afiguraria ideia vencedora, mas, por redução ao absurdo, se tal bizarria te ocorresse como sendo de valor, só tu e as tuas fraquezas, os teus medos, a admissão do que não sabes, enfim, sem defesas, só a tua essência, a ideia de aquilo seres tu, veste um desses coletes que servem para que te passem desses tratores de rodas grandes, os das pedreiras de Carrara, ou então qualquer coisa que te proteja dos piores ácidos, desses de pê-agá inferior a um, porque elas não te perdoarão a ousadia de não as iludires, de nada trazeres que as entretenha, considerarão uma desconsideração não teres trazido ao menos um número de circo, umas palavras de sentido dúbio, um truque desses de cartas na manga, enfim, alguma coisa que demonstre que te preparaste em condições, que pensaste nelas a montante.

8 comentários:

  1. Não vá por aí, Patrick.

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  2. Anónimo15.7.21

    Não sei o que ou quem é que tanto o desilude/desiludiu, Pipoco.

    Porque não concordo que generalize. Há Mulheres e mulheres.

    Acredita realmente que exista quem nunca deixe cair a máscara? Não creio.

    Um abraço do Algarve,

    Sandra Martins

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  3. Ahahahahahah...Até parece!!

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  4. Cláudia Filipa15.7.21

    "...que demonstre...que pensaste nelas a montante." (estas coisas serão iguais para mulheres, homens, mais todos os outros cento e cinquenta géneros que possam existir)

    O que se gosta mesmo muito, Ruben, é de sentir que somos igualmente importantes para as pessoas que são importantes para nós (se alguém te disser o contrário, há forte probabilidade de estar a enganar-te)

    E, realmente, é aqui que "a porca torce o rabo", Ruben. Poderá acontecer valorizar-se muito o trabalho que deu a preparar qualquer tipo de encenação, afinal a pessoa esforçou-se para te agradar, portanto, é bastante significativo como prova de que és realmente importante, e, depois, não ter em conta a maravilha que é, a tremenda importância que está a dar-te alguém ao desnudar a alma para ti (chamei alma à essência) ((então, se for uma daquelas pessoas que não anda para aí a desnudar a alma a torto e a direito ( muito comum em elementos do sexo masculino, isso de não andar para aí a desnudar a alma a torto e a direito)

    (eu também, Ruben, também não sou nada tendenciosa e também gosto muito mais do Tio do que do Javier Marías...)

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    1. Anónimo20.7.21

      Ainda?

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    2. Cláudia Filipa21.7.21

      Presumindo que o "Ainda" será para o que está no último parênteses, em verdade lhe respondo Pessoa (que não se chamará Fernando, isso seria uma maravilhosa coincidência), "Ainda" mais. Será uma coisa dos domínios da magia, daquelas que só fazem bem, permanecem intactas e permanecerão no grupo das memórias das coisas que valeram a pena, das coisas bonitas que valeram a pena.
      E, Pessoa, deixo-lhe, ainda, um sorriso e tudo.

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  5. Tudo começa verdadeiramente só depois da encenação. Mas às vezes não se lhe sobrevive.
    ~CC~

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  6. Tio Pipoco,
    Se um dia o Ruben Patrick decidir apresentar-se assim, mande-o ter comigo.
    Aguardo um desses para os meus lados!

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