15 novembro 2020

Não gostaria de estar no lugar dessa boa gente que inventa os anúncios do Natal

 Que farão este ano com os senhores velhinhos que sentavam os netos em cima dos joelhos, um menino e uma menina, ela loura, sorrindo enquanto desembrulham prendas de um centro comercial qualquer agora netinhos sentados nos joelhos de senhores velhinhos é meia sentença de ir desta para melhor, que farão ao anúncio do azeite, a povoação das aldeias de xisto a encaminhar-se sem distanciamento social enquanto cantam o "Ó rama do Olival", a mais linda das canções de Natal, que sucederá aos camiões com Coca-Cola lá dentro, essa bebida tão tradicional das festas de família agora que as festas de família estão banidas, que será do coelhinho que foi com o Pai Natal e o palhaço no comboio ao circo?

4 comentários:

  1. Quanto ao resto não sei, mas o coelhinho que nada tema, já tem com quem ir ao circo:


    https://m.youtube.com/watch?v=EdVeHFXVueU

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    1. E que tal o coelhinho ir com a menina do gás ao circo...

      https://www.youtube.com/watch?v=q8t8cZh2mX4&feature=emb_logo

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  2. Ehehehehe...Isto por aqui cada vez anda mais animado.
    Valha-nos Dom Pipoco ( e o professor jubilado do Magdalen College em Oxford, do outro senhor) para nos alegrar a vida nestes retiros forçados...

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  3. Cláudia Filipa16.11.20

    Pipoco, a Coca-Cola, vi hoje pela primeira vez, acaba de resolver o problema. Vamos brincar com o anúncio? A Coca-Cola não se chateia:

    Uma filha, uma carta para o Pai Natal, o pai da filha, o Pai Natal. O pai da filha como mensageiro arrisca a vida, várias vezes, por mares e montanhas geladas, sempre agarrado à carta, nunca se vê ninguém, o pai da filha corre Mundo que não tem explicação mas só encontra uma baleia e uns cães, é como se toda a gente tivesse batido a bota (e assim resolveu a Coca-Cola a problemática da distância social), até que chega a nenhures e encontra uma casinha extremamente fofinha (não me importava nada de viver numa casa assim, era aquela e a da inglesa de "O amor não tira férias") para constatar, consternado e com a cara naquele estado em que as pessoas ficam com a cara quando vão para a neve, que o Pai Natal já tinha saído para a distribuição, nisto chega o camião que lhe dá boleia de regresso, é a vez do camião chegar a nenhures, outra casinha fofinha (também só existem duas casinhas nesse mundaréu de Deus do anúncio, mais uma vez, a distância social totalmente cumprida), abre-se a porta, aparece a filha do pai, e ficamos a saber que, afinal, o que tinha pedido é que o pai fosse passar o Natal a casa (e o homem que quase se matou para entregar a carta, senhores) nisto, grande plano apontado ao camião, o Pai Natal, Coca-Cola em punho, a frase, ai, agora já não me lembro bem da frase, mas a ideia é a de que a nossa presença é que é importante.

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