09 outubro 2018

Post suficientemente fofinho , ou quê?

O que deviam inventar, Ruben Patrick, era um cemitério dos amores mortos, as pedras de bom mármore haviam de ter um epitáfio em condições, "aqui jaz um amor que chegou demasiado tarde", destes amores que chegam fora da janela temporal há muitos, seria um sítio onde poderíamos ir uma ou duas vezes por ano, só para ter a certeza que eles, os amores mortos, não se tinham escapado, que continuavam com sete palmos de terra bem calcada por cima, talvez nos demorássemos um par de minutos a recordar os tempos felizes, sempre guardando os instantes finais para não olvidarmos a razão pela qual os amores tinham passado à categoria de mortos, às vezes são meia dúzia de segundos para se nos morrer um amor, basta que nos diga a coisa errada no momento errado, outras vezes levamos anos para os enterrar, eles já mortos mas desconhecendo ainda a condição, um cemitério de mortos, Ruben Patrick, seria coisa de valor, talvez houvesse um acordeonista à entrada a tocar um requiem, os visitantes haviam de ter onde tomar um chá com scones, depois de acautelarem que tudo estava conforme com os amores mortos, haviam de sair do cemitério apaziguados, não seria este sufoco, em que os amores mortos podem regressar a qualquer momento, basta uma velha canção ou o regresso a um lugar onde fomos felizes, e já não nos lembrávamos.

16 comentários:

  1. Anónimo9.10.18

    Sonooooo....

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  2. ladykina9.10.18

    Ahhhhhhhhhh

    Mais
    uzamor nunca morri, né? Eles Ruge!!!!


    https://www.youtube.com/watch?v=5tr_qRryQDg

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  3. Cláudia Filipa9.10.18

    Senhor Doutor Engenheiro, não, esse não é um post fofinho, esse é um post para deixar as pessoas de rastos. Caramba!

    E, os grandes amores, aqueles que nos marcam mesmo, merecem que deixemos a nossa memória revisitá-los sempre que nos apetecer...

    Sinto-me tão indemnizada!

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    1. Cláudia Filipa, quero que se sinta como em sua casa...

      (dois-zerp para o fofinho)

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    2. Cláudia Filipa9.10.18

      Obrigada, desde os últimos tempos de dois mil e catorze...

      (acho que são três-zero, que ali a ladyKina também...bem, ok, ainda não vi o link...)

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  4. Anónimo9.10.18

    Os mais floridos são os cemitérios dos amores que morreram jovens.

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  5. Que coisa mais sem pés nem cabeça, Mr. Pipoco.
    Quem é que lá quer saber dos amores mortos?
    Rei morto rei posto. Com isso dos amores que morrem, é igual!
    Isso de ficar na lamechice como o Brel, já deu o que tinha a dar...

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    1. Anónimo10.10.18

      ..."Moi je t'offrirai
      Des perles de pluie
      Venues de pays où il ne pleut pas
      Je creuserai la terre jusqu'après ma mort
      Pour couvrir ton corps d'or et de lumière "...

      Qual lamechas, sublime, sublime.

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    2. Anónimo10.10.18

      Do mesmo autor:
      "["Ne me quitte pas" n'est pas une chanson d'amour, c'est] un hymne à la lâcheté des hommes. C’est jusqu’où un homme peut s’humilier. Je sais qu’évidemment ça peut faire plaisir aux femmes qui en déduisent, assez rapidement semble-t-il, que c’est une chanson d’amour. Et ça les réconforte ; et je comprends bien ça… C'est l'histoire d'un con et d'un raté, ça n'a rien à voir avec une femme."

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    3. Anónimo10.10.18

      Ai Suzanne...

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    4. Anónimo11.10.18

      Os homens são uns mentirosos.

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  6. Anónimo10.10.18

    Não ligues Ruben! Três vezes por ano o Pipoco esquece o aspecto prático das coisas.

    O lugar dos amores falecidos é o crematório na devida ocasião.
    Poupa-se imenso espaço na memória e nem nos mais assustadores filmes de terror um zombie alguma vez regressou de uma purga pelas chamas.

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  7. Daria um belo livro, eu gostaria de o ler, quase que lhe roubo esta ideia para o escrever eu.
    ~CC~

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  8. Anónimo11.10.18

    Anda a ler Nicholas Sparks outra vez?
    sc

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