10 dezembro 2017
Post para estarmos aqui entretidos num domingo em fim de tarde
O problema, Ruben Patrick, é que, tal como dizia Bukowski, não há nada mais aborrecido que a verdade, as pessoas preferem quem lhes conte uma boa história do que uma história verdadeira, se non è vero è ben trovato, a culpa é destes tempos em que competimos no único campeonato que interessa, o campeonato de termos uma vida melhor que toda a gente, se alguém se lembra de dizer que jantou no Bairro do Avilez quem vem a seguir não pode dizer que jantou na Valenciana, só faz sentido vir a jogo se disser que jantou no Pedro Lemos, originando o esbardalhanço de quem vier a seguir, que dirá que jantou no Noma, isto até alguém mandar dizer que o Noma está fechado por uns tempos, eu, por exemplo, na verdade nem sempre consigo bons lugares para o concerto de Natal do Scala, tenho que me ficar muitas vezes por lugares na quinta fila, é certo que continua a ser a plateia mas é a quinta fila, nem sempre bebo Petrus de 1945 ao jantar, há ocasiões em que tenho que me contentar com Château Lafite Rothschild 2000, nem sempre leio Joyce com Bach em fundo, a verdade é que são mais as vezes em que conjugo Roth e Bartoli, nem sempre apanho o voo das sete da tarde para Madrid que me fará chegar a horas de jantar no Paraguas, há dias em que me apetece chegar a casa cedo e preparar um risotto de trufas, mas quê? é vir falar no blog de risotto de trufas cozinhado por mim, de Roth com Bartoli, de Château Lafite Rothschild 2000 ou do concerto de Natal do Scala visto da quinta fila da plateia e logo as pessoas se desanimam, notam a fasquia baixa, quase lhes adivinho um bocejo e o passar ao próximo blog, um que lhes conte uma história melhor que a minha, como se tal coisa fosse possível
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Não é possível, não. Nenhuma história é melhor do que a minha, portanto nenhuma história é melhor do que a sua.
ResponderEliminarGina, resumindo, as minhas histórias são de uma dimensão superlativa. É isso?
EliminarÉ. Para si.
Eliminar:( E é com um texto desenxabido destes que nos quer reunir aqui no seu espacito, numa tarde de Domingo, fria, chuvosa, com a Ana a fazer estragos e eu a enrolar, bem apertadinha à volta dos joelhos, a minha mantinha de pura lã virgem?
ResponderEliminarAssim, fica sozinho. Ah pois fica.
Olhe, Tio, vou já para outro blog mais divertido, ainda que menos verdadeiro...
Inté!!
Maria Antonieta, qual é a fraqueza deste post tão lindo, em crescendo até ao final inatacável?
EliminarO problema deste post é não contar as verdadeiras histórias que interessam às leitoras, como por exemplo, a confirmada presença da Palmier na Comic Con:
Eliminarhttps://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e3/Montreal_Comiccon_2015_-_Mickey_Mouse_%2819271043048%29.jpg/2848px-Montreal_Comiccon_2015_-_Mickey_Mouse_%2819271043048%29.jpg
Que histórias gostaria de ver aqui contadas, Lady Kina?
EliminarGostaria que contasse uma história de Natal, verdadeira, passada com o Tio quando era pequenino...conte, conte!!
EliminarContarei. A seu tempo.
Eliminar(prefere um Natal pobrezinho, porém carregado de valores, a família harmoniosamente junta, ou sumptuoso, porém vazio e pouco são)
Isso, que continue a, com a verdade, enganar-nos.
EliminarOra, Tio!!!! Isso lá é pergunta que se faça?
EliminarSe é para ser verdadeiro e da vida de Don Pipoco, creio que não será nem pobrezinho nem sumptuoso, obviamente.
Fiquei sem luz e foi-se-me a internet abaixo. De caminho, o melhor que tenho a fazer é recolher-me ao leito e sonhar que sou a Maria da Música no Coração, quiçá a Lara do Dr. Jivago, sei lá...por aí!
A única fraqueza, Tio, é eu não poder concordar nem discordar com aquilo que aqui nos traz, nos fala e narra com tanta convicção, ora! Eu lá conheço esses lugares que frequenta? Nem sequer ainda acabou de ler o Ulisses para que lhe cantemos hossanas. Eu gosto de participar nas conversas, de botar opinião, sabe?
ResponderEliminarDepois, acho que está a mangar comigo, quando diz que a fasquia está baixa…com tanto tema requintado? Francamente, eu sou pessoa simples, Tio. Fale-me de assuntos acessíveis…
O preço do quilo do carapau, se a pera rocha já baixou, ou por ex., se o pintinho vai contratar o Jesus, sei lá…coisas, assim.
Grrrrr...Oh ladykina, a menina chama-se Maria Antonieta, chama?
.
Mas, Maria Antonieta, as temáticas que aqui trago são do mais acessível que pode haver. Quisesse eu tratar temáticas complexas e havia de aqui debater os problemas das mulheres, por exemplo...
EliminarBoa tarde, Tio.
EliminarSugeria-lhe, antes, um debate acerca dos estragos que a Ana fez por esse país fora. Ora, conte lá como foi aí para os seus lados...por aqui foi uma desgraça.
Se não houvesse tanta pressa, com os iluminações natalícias, não haveriam de ter necessidade de fazer tudo de novo...Somos apressados em tudo, benza-nos Deus!!
Mas, conte lá, se as suas árvores continuam de pé...hirtas e firmes.
:D gostei muito das opções Natal que pôs em cima da mesa e queria uma história de cada, por favor.
ResponderEliminarBoa noite.
ResponderEliminarvenho aqui numa missão nem política nem correcta, é a seguinte: li ali no Don Xilre um post que me apetecia comentar, porém, o anfitrião é dado a certas frescuras e uma delas é a de não aceitar comentários. Creio que passa por aqui, por lá tenho muitas dúvidas, por isso deixo a mensagem, que o Pipoco fará o obséquio de desarrolhar:
"Xilre, já experimentou embebedá-lo, a esse, o cartesiano, o cerebral?"
Muito grata.
Nem saudosa e muito menos insofrida,
a beuba,
Lady Kina
:D
(... eu e as minhas ideias corruptoras...)
Eliminaralguém havia de ir ver o que se passa, é que nem um nem outro, às tantas já nem atinam com o método para o discurso...
(shame on me)
:(
Não se apoquente, Lady Kina.
EliminarTanto um como o outro, estão bem e recomendam-se. Até porque se não podem dissociar.
Com quinze palavrinhas, apenas, voltaram em grande estilo.
Um mimo, um encanto. Smile. :)
(e já nos fez saber, além, que nem só de relva alimenta ambos, também há vinho! fico mais descansada)
EliminarEstimado Tio Pipoco.
ResponderEliminarHoje, fiz uma descoberta importante:- para apreendermos todo o significado de um bom texto, precisamos de o saborear, lentamente, deglutindo cada palavra como se fosse um raro ingrediente, que enriquece um prato exótico, tornando-o num divino manjar dos deuses.
Reli, atentamente, esta sua tentativa de reunir os seus dilectos leitores para uma troca de ideias acerca de um tema importantíssimo neste mundo de frívolas aparências e sobrevalências do ter, em detrimento do ser.
... a culpa é destes tempos em que competimos no único campeonato que interessa, o campeonato de termos uma vida melhor que toda a gente....
Alguém pegou nesta frase e a debateu com todo o significado e valor, que ela contém?...Mea culpa...mea culpa...eu distraída pecadora me confesso. Não da vã futilidade, mas do fútil alheamento provocado por uma invernosa tarde de Domingo...
Fique descansado, estimado Don Pipoco, não foi por culpa sua que não ficamos aqui, saudavelmente entretidos, num Domingo em fim de tarde.
O tema contém muito para nos entreter; assim nós o quiséssemos entender...
Com consideração e estima,
desta que muito o admira:
Maria Antonieta
Aparência é também conteúdo. e.g., tendo-me detido cinco minutos no mais recente livro do JRS, em livraria de superfície comercial, reparei que o autor traduz o calão dos diálogos para inglês. Trata-se de personagens norte americanas, é verdade. Mas esta selectividade bacoca de quem pensa que um leitor pode sentir-se melindrado pelo uso de calão é, muito além de aparência, conteúdo.
ResponderEliminarTivesse eu dinheiro. Duas toneladas para a lareira, na presença dos órgãos de comunicação social, da malograda Erc, do sr PR, do "domingo é nosso", ou como diabo se chama a coisa, em arraial de freguesia, com presunto, bolo rei e vinho do porto três velhotes.
Deus! Atribuí-me o euromilhões, por favor! O totobola não chega...
Onó que feitio! Velho rezingão pseudo-parido-intelectual (de meia malga). Que embirração/atracção que o impele a visitar livrarias de superfícies comerciais para espreitar lenha para a lareira, perdão, fogueira lá da freguesia. Ganhasse eu o prémio e comprava-lhe o camarote e outro boneco assim idoso e bolorento de ideias para lhe fazer companhia e coro no refrão. Da sua anónima deliciosa com votos de boas festas, seu piromano embirrento. (Desta vez vou ler a ver se o corrector não o faz rir, que lhe assenta muito melhor o semblante carrancudo).
EliminarCarrancudo?! Eu, o Onónimo?! A minha deliciosa amiga vai dizer-me que aprecia as obras do JRS, salvo seja, fora do aconchego da lareira?
EliminarVenha, minha deliciosa anónima, e traga um chicote e uma amiga também.
Onó, Onó então? sadomasoquismo não faz parte das minhas fantasias e com as minhas amigas só partilho momentos fúteis, que toda a gente sabe que são os homens, de preferência gays, os melhores amigos das mulheres (logo a seguir ao óbvio cão).
EliminarLer José Rodrigues dos Santos só assim a espreitar (mmm voyeur?) numa superfície comercial infestada de gente aos encontrões não é de facto boa ideia. Depois acontece-lhe ficar assim refilão. Vá, confesse, até se lembrou de mim lá no Continente. Deixe o apartado, que lhe envio a obra inteira e a mantinha e depois marcamos aqui a tertúlia.
Ah, a desilusão...
EliminarA minha cara não aprecia algumas das mais fantásticas coisas da vida.
Ora, ora! É óbvio que foi esta nossa pequena diatribe que me levou ao livro do JRS. Aquilo nas mãos queima os olhos. A obra completa?! Mil vezes o chicote!
A propósito, se lhe oferecer um livro gratuito em formato digital acerca de um primeiro contacto (para não fugir ao tema da última coisa do JRS), mas em bom, mesmo bom, a minha um pouco menos deliciosa amiga, que considera que três já são uma multidão e desconsidera o prazer do chicote, promete ler as primeiras 21 páginas?
ahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahah
Eliminar"Aquilo nas mãos queima os olhos"
ahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahah
"desconsidera o prazer do chicote"
ahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahah
ahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahah
Prometo ler todas as páginas, Onó. Primeiro leio e depois comento, que isso de comentar o que não se leu é tão blasé.
EliminarO meu adorável amigo embirrento pode sempre encarar como tortura e entregar-se aos livros do José Rodrigues dos Santos enquanto grita de prazer. Um belíssimo desafio sadomasoquista, han?
Dia 19 de Dezembro, ano 2017, já caiu uma noite terrivelmente escura, (mentira, há candeeiros com luz cor de laranja e polvilhamento de luzes natalícias).
ResponderEliminarVenho ver se Pipoco terá contado mais uma história que só Pipoco poderá contar, e cá continua o post que faz parte daqueles que são bons para ficar aqui por uns dias. Acontece que, hoje, está a apetecer-me contar-lhe uma coisa de valor, a minha ambição imagina-o até perto de comover-se, e então penso, por exemplo, onde jantei ontem? Ai que foi num centro comercial. Com isto, o que conseguiria, sem sombra de dúvida, seria um esgar de horror. Não, isto do jantar, que nem me passe pela cabeça escrever.
O que poderá ser, então? Como poderei provocar alguma comoção num Blogger assim majestático?
Pensa, Cláudia, pensa... Já sei! Já sei como vou arrancar-lhe uma quase imperceptível expressão de aprovação ...Estou a ler "Ensaio sobre a cegueira". Então, hum?
Está bem, maravilhoso mesmo, seria se conseguisse fazer já aqui uma associação deste livro com música e com um dos sítios onde se janta, desses que as pessoas também utilizam como arma de arremesso em competições de status, mas não vou esbardalhar-me agora quase no fim do comentário)
Ruben, fazes-me um favor? O Tio também deve andar particularmente assoberbado, quando o vires, dá-lhe um abraço por mim.
Também acho que se é para mentir é em grande, cá mentiras miudinhas não interessam a ninguém!
ResponderEliminarEste blogue parece que está a pedir um post novo, muito ou pouco natalício.
ResponderEliminarAté podia ser um sobre os variados problemas das mulheres, que estão sempre aí na calha e desses já não há há atrasado - o duplo "há" saiu sem querer. Ou por querer: mas um postezinho, vá lá.
Oh, Tio, afinal o que se passa consigo?
ResponderEliminarAnda a blogosfera inteira em polvorosa, sem saber o que lhe aconteceu, e o Tio não vem cá dizer por onde anda ou quanto tempo vai manter-se ausente e calado? Isso não se faz...:(
Esteja onde estiver, em Madrid, Barcelona, ou numa estância de desportos de Inverno, na Suiça, deixo já os meus votos de um FELIZ NATAL.
E, claro, o meu abraço.
Tudo bem que ah e tal e coiso, e já sei que não sei quê não sei que mais e assim, mas pronto, que quer, não sou ainda um pão de alho, por isso me incluo na multidão anónima que clama pelo seu regresso, blasé ou o caralho, mas venha lá dizer-nos qualquer coisinha. Em não podendo ou não querendo, ou ambas, ou o caralho, nós gostamos de si na mesma (não é, Gina?), por isso tome lá e não diga que vai daqui: - Feliz Natal! ou o caralho.
ResponderEliminar:)
Ehehehehehe
EliminarRealmente...tanta desconsideração é de perder a compostura...
(a Gina também já foi de férias natalícias. Só fiquei eu, e, pelos vistos, a Lady Kina.)
:)
LooooooooooooL
EliminarTá a ver ao que se sujeita sem precisão nenhuma, Tio?
Foi tudo de férias natalícias, Lady Kina.
(Até a Gina)
Só fiquei eu e a menina.
Anyway, Feliz Natal para todos.
:)
Feliz Natal, Toninha!
EliminarOlá, olá!
Eliminar(é sim, Kina, é, é)
Isto de o Pipoco não atualizar o blogue há tanto, mas tanto, tempo quase me fez esquecer da sua - sempre tão apreciada, bis nisso - presença pla blogosfera.
Feliz Natal, que ainda vou a tempo :)
Votos de boas festas, tio Pipoco. Espero que se encontre bem e feliz. E já agora,que apareça por cá para sabermos que ainda respira. Com o frio que tem feito, o peso dos 70 nos brônquios não é para brincadeiras.
ResponderEliminarFeliz Natal, para o meu caro, para a minha Lady, para a deliciosa anónima, para todos os companheiros de labuta.
ResponderEliminarTrago à deliciosa anónima o prometido, e há muito devido, presente desta época de festividades.
De Peter Watts, gratuito, disponível no site do próprio: Blindsight
Para quem apreciar ficção especulativa inconformista, simbolicamente ansiforme, sem condescendência, que, acima de tudo, respeita a inteligência do leitor. Alerto que não agradará a lareiras que só se satisfazem com mais de meio milhar de páginas. Enfim, também Borges.
Se a cara deliciosa não gostar - não, não necessita ler o livro do início ao fim para formular uma opinião; se assim fosse quase ninguém tinha opinião acerca da Bíblia, do Cidade de Deus, do Infinite Jest, e sabe lá Nossa Senhora que mais -, dou-me por vencido e quase prometo ler o último do JRS, A Coisa que veio do espaço, ou lá como se chama o interminável bocejo.
Abraço!
e beijinhos para as Meninas
Obrigada, querido palavroso Onónimo, por tão inesperado presente!!...
EliminarUm beijo para o cavalheiro.
Feliz 2018.
Festas felizes, Pipoco!
ResponderEliminarTjio Pipoco, cadê ocê?
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