A meditação faz-me aceitar o que não posso mudar e usufruir do momento, aceitar que uma estadia de pouco mais de seis horas na ilha se possa transformar numa estadia de cinco dias e quatro noites, aceitar que a bagagem de mão que era inicialmente um portátil e um livro inclua agora escova de dentes e roupa interior nova, mais duas camisas e um par de calças e uns ténis, tudo acondicionado numa mala novinha em folha, aceitar que as reuniões de Lisboa sejam agora sessões de trabalho com o mar em fundo, uma Coral na mão, os óculos de sol como melhores amigos, aceitar que a quarta-feira em Madrid seja afinal no Caniçal, aceitar que o Funchal está com sol e sem uma brisa e que no aeroporto, a menos de quinze quilómetros, o vento seja fortíssimo, aceitar que os aviões das low-cost aterrem e que levem os seus Clientes (parece que são passageiros, mas não, são Clientes) de barco para Porto Santo e os aviões da TAP sejam cancelados logo na origem (e sendo cancelados logo em Lisboa e no Porto não apanham as janelas de oportunidade no Funchal), é aceitar que o fim de semana prolongado em Londres seja afinal outra coisa qualquer, é aceitar que a Madeira nestes dias é uma espécie de Coreia do Norte, de onde não se sai nem se entra, é aceitar que não há Funchal-Faro ou Funchal-Porto ou Funchal-Manchester, ou Funchal-Sidney que me valha.
(filhos da puta, que servicinho de merda proporcionam aos Clientes, que desprezo pelas pessoas, esquecendo que estas pessoas pensarão dez vezes antes de voar de novo na TAP, que estas pessoas dirão a centenas de pessoas, potenciais visitantes da Madeira, que não venham, que escolham antes as Canárias ou outra coisa qualquer, que aqui nunca se sabe)
Mas há sempre o Jaquet, para ajudar a mitigar a espera.
ResponderEliminarQuem o leia, fica com a impressão que o Funchal o entediou, apesar do mar, sol e da Coral, fico em cuidados...
ResponderEliminarTudo tem um propósito e talvez estivesse a precisar de um tempo sozinho!
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